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Previous issue date: 2011-04-29 / Family violence is an international phenomenon, victimizing, among others, primarily women and children. The child may be the target of abuse (direct violence) and/or being exposed to marital violence (indirect violence). Women are the preferential victim of marital aggression. Such factors are serious risk factor for any stage of development. The objectives of the present study were: 1) conducting a longitudinal study to investigate the events over time (four years) of families living with violence, in order to: a) determine the impact of family violence on children's school performance; b) identify risk and protective factors present in the current context of family violence, and c) identifying a history of victimization of the father and his views on family violence (Study 1); and 2) implementing and evaluating an intervention program to teach parenting skills to mothers who are victims of domestic violence, and whose children were also victimized (Study 2). Participants in Study 1 were 18 adolescents, 17 mothers and 12 fathers. The adolescents were assessed at school and responded to the Parenting Styles Inventory (IEP), presented a sample of their school notebook and Report Card in terms of Math and Portuguese grades, as well as producing an essay in terms of a particular drawing as analysis of their writing skills. Mothers and fathers were assessed in their respective homes, answering a semi-structured interview. The data obtained from the longitudinal study (Study 1) revealed that most families overcame two serious risk factors which had ceased: family violence and the use of alcohol or drugs. In terms of domestic violence, the cessation of violence against women was statistically significant, a positive outcome, which also means the end of the exposure of children to marital aggression. The condition of poverty in the families has remained over time. Except for one adolescent, all others attended school, which in this study served as a protective factor. More than half of youngsters maintained or improved their school performance. In Study 2, these 17 mothers participated of an intervention program called Project Parceria (Partnership), consisting of 16 weekly sessions conducted in the homes of participants. Mothers filled an Evaluation Sheet Daily of their sense of well-being and of maternal competence. The intervention program was evaluated in three stages: pre-intervention, post intervention and followup. In addition, for the evaluation of the intervention mothers answered the following instruments: Parenting Styles Inventory (IEP), The Inventory of Child Abuse Potential (CAP), and the Strengths and Difficulties Questionnaire for Children (SDQ). The intervention program had total attendance by mothers, which is unusual, considering the vulnerability profile of these families. The data that evaluated the program indicated favorable results, especially regarding the IEP and SDQ, as the increase in scores from pre-intervention to post-intervention, for such instruments was statistically significant. In conclusion, despite the crystallization of risk factors, family, social and/or school resources have acted as facilitators of resilience. The study showed that it is possible and feasible to conduct intervention with vulnerable families with psychosocial risk. Implementation of other longitudinal studies is suggested, as well as the replication of the intervention program. / Sabe-se que a violência intrafamiliar é um fenômeno internacional, vitimizando, dentre outras pessoas, prioritariamente, crianças e mulheres. A criança pode ser alvo do abuso (violência direta) e/ou estar exposta à violência conjugal (violência indireta). A mulher é a vítima preferencial da agressão conjugal. Trata-se de um grave fator de risco para qualquer fase do desenvolvimento. Os objetivos deste trabalho foram: 1) realizar um estudo longitudinal para investigar as vicissitudes ao longo do tempo (quatro anos), de famílias que convivem com a violência intrafamiliar, para, a) verificar o impacto da violência intrafamiliar no desempenho escolar dos filhos; b) identificar fatores de risco e fatores de proteção presentes no contexto marcado pela violência intrafamiliar e c) identificar história de vitimização do pai e sua concepção sobre violência intrafamiliar (Estudo 1) e, 2) aplicar e avaliar um programa de intervenção para ensinar habilidades maternas a mães que convivem com a violência intrafamiliar, isto é, vítimas de violência conjugal e cujos filhos eram vitimizados (Estudo 2). Participaram do Estudo 1, 18 adolescentes, 17 mães e 12 pais. Os adolescentes foram atendidos na escola e responderam ao Inventário de Estilos Parentais (IEP); apresentaram o caderno escolar e o Boletim Escolar para o registro dos conceitos nas disciplinas de Português e de Matemática e elaboraram uma redação sobre um desenho para a análise da escrita. As mães e os pais foram atendidos nas respectivas casas, respondendo uma entrevista semiestruturada. Os dados obtidos com o estudo longitudinal (Estudo 1) revelaram que para a maioria das famílias dois graves fatores de risco tinham cessado, violência e o uso de álcool ou droga. Quanto à violência intrafamiliar, a cessação da violência contra a mulher foi estatisticamente significativa, resultado favorável, que implica, também, no fim da exposição do filho à agressão conjugal. A condição de pobreza das famílias se manteve ao longo do tempo. Com exceção de um adolescente, os demais permaneciam na escola, que no presente estudo atuou como fator de proteção. Mais da metade dos adolescentes mantive ou melhorou o desempenho escolar. No Estudo 2, essas 17 mães participaram de um programa de intervenção, denominado Projeto Parceria; consistindo de 16 sessões semanais conduzidas nas casas das participantes. As mães preenchiam a Ficha de Avaliação Diária semanalmente, para o registro diário de bemestar e senso de competência materna, assim, a cada encontro recebiam uma ficha nova e devolviam a antiga preenchida. O programa de intervenção foi avaliado em três momentos: pré-intervenção, pós-intervenção e follow-up. Para a avaliação da intervenção as mães responderam aos seguintes instrumentos: Inventário de Estilos Parentais (IEP), Inventário de Potencial de Abuso Infantil (CAP) e Questionário de Capacidades e Dificuldades da Criança (SDQ). O programa de intervenção teve total adesão das mães, o que não é comum, considerando o perfil das mães e vulnerabilidade das respectivas famílias. Os dados obtidos com os instrumentos que avaliaram o programa indicam bons resultados, em especial, quanto ao IEP e SDQ, pois o aumento nos escores da pré-intervenção para a pós-intervenção, para esses instrumentos foi estatisticamente significativo. Conclui-se que apesar da cristalização dos fatores de risco, os recursos da família e/ou da escola atuaram como facilitadores de resiliência. O estudo revelou que é possível e viável fazer intervenção famílias vulneráveis e risco psicossocial. Sugere-se a realização de outros estudos longitudinais e a reaplicação do programa de intervenção, que teve possibilidade de sucesso.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/2884 |
Date | 29 April 2011 |
Creators | Pereira, Paulo Celso |
Contributors | Williams, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque |
Publisher | Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação Especial, UFSCar, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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