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Competitividade da viticultura regional e brasileira: uma análise setorial e comparativa com produtores mundiais / Competitiveness of regional and braziliam viticulture: a sectoral analysis with world producers

O setor agrícola brasileiro gera saldos positivos à balança comercial do Brasil, e a fruticultura segue no mesmo ritmo. Dentre as frutas produzidas no Brasil, a uva é uma das que mais impactam na balança comercial, tendo em vista que é amplamente exportada e importada. Este cenário só se tornou possível com a abertura de mercado na década de 90, e, assim, o Brasil pôde se tornar mais competitivo no mercado nacional e internacional. A competitividade é importante para a economia, seja de um país, de um setor ou de uma empresa. No presente trabalho, então, foi realizada uma análise setorial da competitividade da viticultura, fundamentada na produtividade, nos aspectos tecnológicos e no ambiente institucional. Para a análise regional brasileira foi utilizada a técnica de triangulação na metodologia deste trabalho: pesquisa qualitativa (entrevista com produtores das principais regiões produtoras de uva de mesa do Brasil); análise estatística por meio de Modelos Lineares Generalizados de dados secundários (preço nas regiões produtoras de uva de mesa) obtidos no banco de dados do Cepea; e análise documental (com base nas legislações, regras e outros documentos disponíveis). A partir disso foi constatado que o Vale do São Francisco (BA/PE) é a região brasileira mais competitiva, visto que investe mais em tecnologia, tem gestão empresarial (enquanto as outras são marcadas pela agricultura familiar) e consegue se sobressair nas questões de comercialização. Além disso, no Brasil, o ambiente institucional, de um modo geral, não gera grandes vantagens competitivas para nenhum produtor de uva - a exceção são as fortes cooperativas do Nordeste. Para a análise da competitividade internacional, além da análise documental com vistas ao comércio internacional, foram feitas estatísticas descritivas com dados de preço, produção, produtividade, exportação, importação e consumo aparente de uva de mesa do Brasil, Chile e Itália. Os dados foram obtidos nos bancos de dados do IBGE, MDIC, Odepa, Eurostat e USDA. No geral, Chile e Itália têm ambiente institucional mais forte que o Brasil para o comércio internacional de uva de mesa. Mesmo assim, a competitividade internacional brasileira cresceu nos últimos anos frente a Chile e Itália. Assim, pode-se concluir que mesmo com ambiente institucional desfavorável, tanto no mercado interno quanto no externo, o Brasil conseguiu avançar na competitividade entre os anos analisados neste trabalho. Isso se deve, sobretudo, aos investimentos ocorridos na principal região brasileira - o Vale do São Francisco. / The Brazilian agribusiness generates profits to the trade balance of Brazil, and the fruit sector follows the same rhythm. The table grape is one of the fruits that impact the trade balance, because it is widely exported and imported. This scenario was only possible to the market opening in the 90s, and thus Brazil was able to become more competitive in domestic and international markets. Competitiveness is important to the economy, whether of a country, of a sector or a company. Thus, a sectorial analysis of the viticulture competitiveness was conducted, based on productivity, technological and institutional environment. In this research, it was used triangulation technique in the methodology to conduct the Brazilian regional analysis: qualitative research (interview with producers of the main producing regions of table grape of Brazil); statistical analysis using Generalized Linear Models of secondary data (price of table grape) obtained in Cepea database; and documental analysis (based on the laws, rules and other documents available). Based on this, it was found that the São Francisco Valley (BA/PE) is the most competitive region in Brazil. This region invests more in technology, has business management (while the others regions are tagged by family farmers) and stands out in the marketing. In addition, in Brazil, the institutional environment, in general, does not generate competitive advantages for grape growers - the exception is the strong cooperatives located in Northeast. The international competitiveness was conducted by descriptive analysis of statistics - price, production, productivity, export, import and apparent consumption of table grape in Brazil, Chile and Italy. Also, a documental analysis of international trade was conducted. Data were obtained from the IBGE, MDIC, Odepa, Eurostat and USDA databases. Overall, Chile and Italy have a stronger institutional environment to international trade of table grapes than Brazil. Anyway, the Brazilian international competitiveness has increased in recent years compared to Chile and Italy. Thus, it can be concluded that even with unfavorable institutional environment, both domestically and external, Brazil was able to advance in competitiveness during the years analyzed in this work. This is mainly attributed to the investments occurred in the main Brazilian table grape region - São Francisco Valley.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-17112015-142147
Date08 October 2015
CreatorsJulião, Letícia
ContributorsFeldmann, Paulo Roberto
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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