[pt] Esta pesquisa concentra-se no jingle, contextualizado no universo musical como prática publicitária no Brasil, trazendo suas origens históricas, sua presença no rádio e na televisão, descrevendo as transformações vividas pelos meios que impactaram a sua recepção. Tem como objetivo geral refletir sobre a utilização do jingle, como prática publicitária, ainda nos dias de hoje, mesmo com o surgimento de novos formatos e mudanças de hábitos de consumo de mídias, destacando as digitais. Como objetivos secundários, intenciona constatar a utilização simbólica dos jingles como memorabilia – ou seja, um artefato digno de ser lembrado ou que já está guardado na memória pela sua relevância na vida de quem o registra – e referenciar o YouTube como um espaço difusor e articulador de memória afetiva do jingle, demonstrando a integração da memória com a música. Como objeto da cultura material, o jingle é abordado com o apoio de Igor Kopytoff e, na perspectiva da memória, são trazidos os teóricos Joël Candau, Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Pierre Nora e Aleida Assmann. Por meio dos depoimentos dos informantes, conecta o jingle como trilha sonora de experiências de memória afetiva das gerações dos anos 1950 a 2000, propondo uma arquitetura da experiência de memória. A pesquisa de campo se desenrola em três momentos, realizando primeiramente uma análise interpretativa dos comentários de canais selecionados no YouTube que trazem vídeos sobre jingles antigos e memoráveis, de forma a consolidar esta mídia social como espaço de mediação da memória afetiva da publicidade. Em um segundo momento, faz um levantamento quantitativo exploratório, amostragem por conveniência, para verificar se a memória afetiva evocada pelos jingles é geracional ou um fenômeno que transcende as relações simbólicas entre os grupos. Por fim, no terceiro momento, traz as entrevistas em profundidade realizadas com publicitários e produtores musicais, que comprovam ainda a presença do jingle como prática publicitária. Os resultados do campo consideram que a recepção do jingle sofreu mudanças com o advento das novas mídias, porém este ainda possui a sua força, sendo o YouTube o espaço articulador dessas memórias. Revelam ainda que os acessos digitais dos mais diversos públicos evocam lembranças de experiências afetivas, comprovando a força de memorabilidade do artefato jingle. / [en] This research focuses on the jingle, contextualized in the musical universe as an advertising practice in Brazil, bringing its historical origins, its presence on radio and television, describing the t ransformations experienced by the media that impacted its reception. The main purpose of it is to reflect on the use of the jingle, as an advertising practice, even today, even with the emergence of new formats and changes in media consumption habits, highlighting the digital ones. As secondary objectives, it intends to verify the symbolic use o f jingles as memorabilia that is, an artifact worth remembering or that is already kept in memory for its relevance in the lives of those who record it and to reference YouTube as a diffuser and articulating space affective memory of the jingle, demons trating the integration of memory with music. As an object of material culture, the jingle is approached with the support of Igor Kopytoff and, from the perspective of memory, theorists Jo e l Candau, Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Pierre Nora and Aleida Assmann are brought. Through the informants testimonies, it connects the jingle as a soundtrack of affective memory experiences of generations from the 1950s to 2000, proposing an architecture of the memory experience. The field research takes place in t hree stages, firstly performing an interpretive analysis of the comments of selected YouTube channels that bring videos about old and memorable jingles, in order to consolidate this social media as a mediator of the affective memory of advertising. In a se cond moment, it makes an exploratory quantitative survey, sampling for convenience, to verify if the affective memory evoked by jingles is generational or a phenomenon that transcends the symbolic relationships between groups. Finally, in the third moment, it brings the in depth interviews carried out with advertisers and music producers, which also prove the presence of the jingle as an advertising practice. The results of the field consider that the reception of the jingle has undergone changes with the a dvent of new media, but it still has its strength, with YouTube being the articulating space for these memories. They also reveal that digital access from the most diverse audiences evoke memories of affective experiences, proving the strength of the jing le artifact s memorability.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:54604 |
Date | 10 September 2021 |
Creators | KATIA CHRISTIAN ZANATTA MANANGAO |
Contributors | TATIANA OLIVEIRA SICILIANO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.0024 seconds