A dissertação examina a relação entre conhecimento e sensação, sensação e pensamento, ser e perceber segundo Protágoras, Platão e Aristóteles, com o objetivo de mostrar o que é a percepção segundo o paradigma sofístico e o platônico e, por fim, qual é o lugar da tese aristotélica sobre a percepção diante desses dois paradigmas. Como resultado da investigação, temos que, para Aristóteles, diferentemente de Protágoras, a sensação não é responsável por todos os julgamentos, nem por discriminar todos objetos cognoscíveis; também para Aristóteles e diferentemente de Platão, o extremo oposto não é verdadeiro, a saber, que a sensação não discrimina seus próprios objetos. Conhecimento e sensação, portanto, não devem ser idênticos ou distintos de modo absoluto, nem o ser é absolutamente ser percebido, nem o ser percebido é absolutamente indeterminado, mas, para Aristóteles, o ser é, em parte, percebido e determinado pela faculdade perceptiva e, em parte, conhecido pelo intelecto. A dissertação, deste modo, pretende elucidar como o ser é conhecido pela percepção segundo Aristóteles, tratando assim de um ponto extremamente controverso, a saber: como a sensação discrimina seus próprios objetos sem a intervenção do pensamento, se tal discriminação resume-se apenas em processos fisiológicos ou é também uma atividade da alma e, se é também uma atividade da alma, em que sentido a alteração física ocorrida no corpo, conjuntamente com uma certa atividade da alma, constituem a percepção. / The dissertation investigates the relation between knowledge and perception, perception and thought, to be and to perceive according to Protagoras, Plato and Aristotle with the objective to show what is perception according to the sofistic and to the platonic paradigm and, finally, what is the place of the aristotelian thesis of perception in relation to these two paradigms. As a result of the investigation, we conclude that, for Aristotle, and differently from Protagoras, the perception is not responsable for all judgments, neither is responsable to discriminate all cognitive objects. Furthermore, for Aristotle and differently from Plato, the extreme opposite is not true, i.e., that perception does not discriminate its own objects. Knowledge and perception, therefore, must not be absolutely identical or distinct, neither the being is absolutely being perceived, neither the being perceived is absolutely indeterminated. However, according to Aristotle the being is, somehow, perceived and determinated by the perceiving faculty, and, somehow, known by the intelect. In this way, the dissertation intends to clarify how perception knows the being according to Aristotle by treating a very controversial point: how perception discriminates its own objects without the thought\'s intervention, if this discrimination is strictly a physiological process or is also an activity of the soul, and if it is also an activity of the soul, in which way the body\'s physical alteration conjoined with a certain activity of the soul constitute perception.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-10012008-114644 |
Date | 14 November 2006 |
Creators | Aggio, Juliana Ortegosa |
Contributors | Zingano, Marco Antonio de Avila |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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