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Mapeamento participativo em um contexto de conflito territorial : a experiência com a população indígena da Chapada do Á, Anchieta-ES-Brasil

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license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / CAPES / A pesquisa trata da experiência de mapeamento participativo com uma comunidade autoidentificada indígena, da etnia Tupiniquim. A comunidade em questão é a Chapada do Á, município de Anchieta (ES), que se encontra num contexto de conflitos territoriais decorrente das tentativas de implementação de empresas siderúrgicas na região. Visando contribuir com um instrumento que pudesse ampliar as possibilidades de mobilização da comunidade para suas lutas, desenvolvemos junto à mesma uma experiência de mapeamento participativo, que também serviu como base para discutir questões de caráter metodológico. Lançamos mão de relatos orais para compreender o contexto no qual se insere a comunidade, bem como o processo de constituição da identidade territorial. E, a partir da revisão da literatura, sistematizamos discussões sobre conceitos fundamentais da geografia requeridos para a análise e sobre o mapeamento participativo. Concluímos que um dos principais obstáculos para o desenvolvimento da prática de mapeamento participativo é o fator tempo, pois este influencia em outros âmbitos fundamentais às atividades participativas, como o estabelecimento de confiança, a participação dos atores em si e o desvelamento das relações de poder e o treinamento dos participantes para o uso das ferramentas, principalmente de SIG. Além disso, o papel da facilitação também influencia fortemente nos pontos citados, em especial à participação de diferentes grupos dentro de uma comunidade. Atenção maior deve ser dada às etapas iniciais do mapeamento participativo e destacamos aqui uma maior necessidade de se refletir a legenda, exercício que deve perdurar ao longo do processo. Por outro lado, a prática
de mapeamento participativo abre espaço para a troca de conhecimento tradicional e se configura como uma arena para discussão sobre o território. Por fim, compreendemos que o mapeamento participativo, quando utilizadas ferramentas da cartografia tradicional, pode afetar a compreensão espacial dos participantes de comunidades tradicionais, no entanto, os reinsere em mapas estatais vazios. / The research investigates the participatory mapping experience with a community selfidentified indigenous, Tupiniquim ethnicity. The community in question is Chapada do Á, municipality of Anchieta (ES), which is in a context of territorial disputes arising from the attempts to implement steel companies in the region. To contribute with an instrument that could expand the possibilities of community mobilization for their struggles we developed with them a participatory mapping experience, which also served as the basis to discuss
methodological issues. We used oral histories to understand the context in which the community is inserted as well as the process of constitution of territorial identity. From the literature review we systematize discussions about fundamental geography concepts required for analysis and about participatory mapping. We conclude that a major obstacle to the development of participatory mapping practice is time, as it influences other key areas to participatory activities such as confidence-building, stakeholder participation and the unveiling of the power relations and the training of participants for the use of tools, mainly GIS. In addition, the role of facilitation also strongly influences the points mentioned above, in particular the participation of different groups within a community. Greater attention should be paid to the initial stages of
participatory mapping and we highlight here a greater need to reflect the legend, an exercise that should take place throughout the process. On the other hand, the participatory mapping practice makes room for the exchange of traditional knowledge and turn into an arena for discussions of the territory. Finally, we understand that participatory mapping when making the use of traditional cartography’s tools can affect the spatial understanding of traditional communities’ participants, however, also reinsert them in ‘empty’ state maps.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/2048
Date04 December 2014
CreatorsRoquette, Maria Elisa Tosi
ContributorsMcCall, Michael Keith, Matos, Sonia Missagia, Novaes, André Reyes, Girardi, Gisele
PublisherMestrado em Geografia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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