[pt] Esta pesquisa aproxima as relações entre a ciência Geográfica e as imagens, a partir da representação da cidade de Los Angeles em três obras fílmicas: Los Angeles - Cidade Proibida (1997); Crash - No limite (2004); e Blade Runner: O caçador de Andróides (1983). A concepção encaminhada aqui objetiva analisar a segregação socioespacial da cidade de Los Angeles representada em três temporalidades distintas: no primeiro momento, analisarei a Los Angeles do pós-II Guerra Mundial, ambientada na década de 1950 pelo filme Los Angeles - Cidade Proibida; o segundo corresponde à cidade contemporânea, marcada pelas confusões ideológicas nascidas no pós 11 de setembro representada em Crash - No Limite; por último, em uma perspectiva de cidade imaginada pela ficção-cientifíca e ambientada em projeções de futuro, apresento Blade Runner, ambientando na Los Angeles no ano de 2019. Os três filmes escolhidos para atravessar a(s) leitura(s) de representação da cidade de Los Angeles foram objeto de uma notável galeria de interpretações (livros, dissertações, teses acadêmicas e ensaios) no campo das ciências humanas e da filosofia. Tais contribuições despertaram o desejo do autor de participar do debate. É imperioso destacar que não há uma maneira exclusiva de olhar e interpretar qualquer que seja a representação ou concluir sobre o que ela exprime exatamente. Defende-se que as representações visuais são essencialmente mais uma interpretação do que uma gravação, ou uma cópia, do objeto presente na realidade concreta, deve-se questionar a maneira como elas, em vários instantes, moldam e reelaboram interpretações diversas do mesmo objeto. Em consonância com o exposto, distante de exibirem regras ou padrões fixos de funcionamento do real, representações são permeadas por convenções, ideias coletivamente aceitas ou questionadoras, sobre realidades que estão em constante movimento. / [en] This research approaches the relations between Geographic science and the images from the representation of the city of Los Angeles in three films: L.A. Conditional (1997); Crash (2004); and Blade Runner (1983). The conception that I will address here aims to analyzing the sociospatial segregation the city of Los Angeles represented in three distinct temporalities: Firstly I will analyze the Los Angeles of the post-World War II set in the 1950s by the movie - L.A. Conditional; the second analyzes corresponds to the contemporary city marked by the ideological confusion emerged in the post - 9/11 represented in Crash; Finally, in a city perspective imagined by science-fiction and set in future projections, I present Blade Runner setting Los Angeles in the year 2019. The three films chosen to cross the city of Los Angeles reading (s) were the subject of a remarkable gallery of interpretations (books, dissertations, theses and essays) in the field of humanities and philosophy. Such contributions have aroused the author s desire to participate in the debate. It is essential to point out that there is no exclusive way of looking at and interpreting whatever it is the representation nor conclude about what it expresses exactly. It is argued that visual representations are essentially more an interpretation than a recording, or a copy, of the object present in the concrete reality, one must question the way in which they, at various instants, shape and rework different interpretations of the same object. As set out above, far from displaying rules or fixed patterns of functioning of the real, representations are permeated by conventions, collectively accepted or questioning ideas, about realities that are in constant motion.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:48865 |
Date | 01 July 2020 |
Creators | RAFAEL CORREIA NEVES |
Contributors | JOSE BORZACCHIELLO DA SILVA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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