Orientador: Claudio Lucio Rossi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-25T17:20:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: O diagnóstico da toxoplasmose aguda adquirida é, freqüentemente, baseado na detecção de anticorpos específicos IgM anú-T.gondii e/ou elevação significativa dos títulos de anticorpos IgG. Entretanto, a elevada ocorrência de altos títulos de IgG anti-T. gondii em pessoas sadias e a persistência, em alguns casos, dos anticorpos IgM por muito tempo após infecção com o parasita pode dificultar a interpretação dos resultados dos testes sorológicos quando se suspeita de toxoplasmose aguda. Em nosso primeiro estudo, são apresentados os resultados da detecção de anticorpos específicos da classe IgA e da determinação da avidez dos anticorpos IgG em amostras seqüenciais de soros de um paciente apresentando níveis significativos de anticorpos IgM anú-T.gondii durante sete anos após o início dos sintomas clínicos da toxoplasmose. Os anticorpos IgA foram quantificados por uma técnica de ELISA de captura (ETI-TOXOK-A). O paciente ainda apresentou um resultado positivo (>10 UA/ml) em uma amostra de soro coletada dois anos após o inicio das manifestações clínicas. A avidez dos anticorpos IgG foi determinada com o sistema Falcon assay screening test (F.A.S.T.®) - ELISA, utilizando somente uma diluição da amostra de soro. índices de avidez compatíveis com uma infecção aguda foram encontrados nas amostras de soros obtidas durante os cinco primeiros meses após o início dos sintomas clínicos. O objetivo do segundo estudo foi avaliar vários marcadores sorológicos para o diagnóstico da toxoplasmose aguda adquirida, tais como a detecção de anticorpos IgA e IgE anti-T. gondii, o teste de aglutinação diferencial (AC/HS) e os testes baseados na determinação da avidez dos anticorpos IgG. Foram testadas, num total de 64 amostras de soros, 31 amostras de soros de pacientes com infecção adquirida recentemente e 33 amostras de soros de pacientes com infecção crônica. Os anticorpos IgA foram quantificados por meio de dois "kits" de ELISA de captura (Platelia® Toxo-IgA e ETI-TOXOK A) e um "kit" de ELISA automatizado (IMx Toxo-IgA). Níveis de anticorpos IgA compatíveis com infecção recente foram detectados em todas as amostras de soros dos pacientes com toxoplasmose aguda, com os três "kits". Por outro lado, a análise das amostras de soros dos 33 pacientes com toxoplasmose crônica mostrou que níveis significativos de anticorpos IgA podem ser detectados com alta freqüência durante a fase crônica da infecção, com os três "kits". Anticorpos IgE anti-T. gondii foram detectados, pela técnica de imunocaptura-aglutinação (ISAGA), em 26 (84%) dos 31 pacientes com toxoplasmose aguda e em duas amostras de soros de pacientes com toxoplasmose crônica coletadas mais de um ano após o início das manifestações clínicas. Vinte e nove (94%) dos 31 pacientes com infecção aguda e 15 (45%) dos 33 pacientes com infecção crônica apresentaram, no teste AC/HS, um padrão compatível com toxoplasmose aguda. A avidez dos anticorpos IgG anti-T. gondii foi determinada por dois métodos diferentes. Um dos métodos, utilizando o "kit" comercial Platelia Toxo-IgG, foi baseado na titulação de cada amostra de soro e cálculo dos títulos, com e sem o tratamento com uréia, em relação a um valor de "cut-off" definido. No outro método, utilizando o sistema F.A.S.T.- ELISA, foi feita apenas uma única diluição da amostra de soro, e foram comparadas as absorbâncias das reações na presença e ausência de uréia. Todas as 31 amostras de soros de pacientes com infecção aguda apresentaram índices compatíveis com toxoplasmose aguda pelo método de titulação, ao passo que, com o método de diluição única, 4 destas amostras apresentaram resultados duvidosos, mostrando que o método de titulação das amostras foi mais sensível para o diagnóstico de infecção recente. Resultados semelhantes foram obtidos no grupo de 33 pacientes com toxoplasmose crônica pelos dois métodos; apenas uma amostra de soro apresentou um índice de avidez não compatível com a fase crônica, pelo método de titulação. Os resultados obtidos no presente estudo mostraram que os marcadores sorológicos, atualmente utilizados para o diagnóstico da toxoplasmose aguda adquirida, possuem limitações significativas. Nossos dados sugerem que a determinação da avidez dos anticorpos IgG anti-Z gondii, principalmente pelo método de titulação das amostras de soros, pode ser bastante útil para um diagnóstico mais confiável do estágio em que se encontra a infecção, nos pacientes que apresentam níveis significativos de anticorpos IgM. / Abstract: The diagnosis of acute acquired toxoplasmosis has been frequently based on the detection of specific IgM antibodies and on the demonstration of a significant increase in specific IgG antibodies titers. However, the prevalence of high Toxoplasma IgG antibody titers among normal subjects and the sustained persistence, in some persons, of specific IgM antibodies have complicated the interpretation of serological tests when acute toxoplasmosis is suspected. In our first study, we report the detection of specific IgA antibodies and the determination of the avidity of Toxoplasma-specific IgG in sequential serum samples from a patient exhibiting significant levels of specific IgM antibodies for seven years after the onset of the clinical symptoms of toxoplasmosis. Anti-T.gondii IgA was quantified by an antibody capture ELISA (ETI-TOXOK-A). The patient still had a positive IgA result (> 10 AU/ml) in a serum sample taken two years after the beginning of the clinical manifestations. The IgG avidity was determined by a single serum dilution method, using the Falcon assay screening test (F.A.S.T.®) - ELISA system. Avidity indices compatible with an acute infection were found only in serum samples taken during the first five months after the onset of the clinical symptoms. The purpose of the second study was to assess the usefulness of newer serological markers, such as the detection of specific IgA and IgE antibodies, the differential agglutination (AC/HS) test using formalin and acetone-fixed tachyzoites of T. gondii and the determination of the avidity of Toxoplasma-specific IgG, in the diagnosis of acute acquired toxoplasmosis. Sixty-four serum samples, 31 from patients with a recently acquired Toxoplasma infection and 33 from patients with chronic toxoplasmosis, were tested. Anti-Z gondii IgA was measured by two antibody capture ELISA tests (ETI-TOXOK-A and Platelia® Toxo IgA) and an automated direct ELISA (IMx® Toxo IgA). The three kits detected antibody levels compatible with a recent infection in serum samples of all patients with acute toxoplasmosis. On the other hand, the analysis of serum samples from 33 patients with chronic toxoplasmosis revealed that significant levels of IgA may be detected with a high frequency by the three kits during the chronic phase of infection. IgE antibodies detected by ISAGA were present in 26 (84%) of 31 patients with acute toxoplasmosis and in serum samples from two subjects with chronic infection taken more than one year after the beginning of the clinical symptoms of infection. Twenty-nine (94%) of 31 patients with a recent Toxoplasma infection and 15 (45%) of 33 subjects with chronic toxoplasmosis had an AC/HS pattern compatible with acute toxoplasmosis. The avidity of Toxoplasma IgG was evaluated by two methods. One method was based on titration of each serum sample and calculation of the titers, in the absence and presence of urea, in relation to a defined cut-off value. In the other method, a single serum dilution was used and the absorbances of the reactions in the presence and absence of urea were compared. The titration method was more sensitive for diagnosing a recent primary Toxoplasma infection: All 31 serum samples from patients with acute toxoplasmosis had avidity indices compatible with acute toxoplasmosis by the titration method whereas with the single dilution method serum samples from four patients had equivocal results. In the 33 patients with chronic toxoplasmosis, similar results were obtained with the two avidity methods; only one serum sample had a non compatible avidity value with the titration method. The results obtained in the present study show that the current serological markers used for diagnosing acute acquired toxoplasmosis have significant limitations. Our data suggest that the determination of the avidity of Toxoplasma-specific IgG, mainly by the titration method, in patients with detectable IgM antibodies could permit a more efficient diagnosis of the stage of infection by T gondii. / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/308743 |
Date | 25 July 2018 |
Creators | Suzuki, Lisandra Akemi |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Rossi, Claudio Lucio, 1950- |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 77p., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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