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"Aprendizado de máquina semi-supervisionado: proposta de um algoritmo para rotular exemplos a partir de poucos exemplos rotulados"

A fim de se utilizar algoritmos de Aprendizado de Máquina para tarefas de classificação, é admitida a existência de um conjunto de exemplos rotulados, conhecido como conjunto de treinamento, o qual é utilizado para o treinamento do classificador. Entretanto, em casos reais, esse conjunto de treinamento pode não conter um número de exemplos suficientemente grande para se induzir um bom classificador. Recentemente, a comunidade científica tem mostrado um grande interesse em uma variação dessa abordagem de aprendizado supervisionado. Essa nova abordagem, conhecida como aprendizado semi-supervisionado, assume que, juntamente com o conjunto de treinamento, há um segundo conjunto, de exemplos não rotulados, também disponível durante o treinamento. Uma das metas do aprendizado semi-supervisionado é o treinamento de classificadores quando uma grande quantidade de exemplos não rotulados está disponível juntamente com um pequeno conjunto de exemplos rotulados. A motivação para o aprendizado semi-supervisionado deve-se ao fato que, em muitas aplicações do mundo real, conjuntos de exemplos não rotulados são facilmente encontrados ou muito baratos para serem coletados, quando comparados aos conjuntos de exemplos rotulados. Um outro fator é que exemplos não rotulados podem ser coletados de forma automática enquanto os rotulados necessitam de especialistas ou outros custosos recursos de classificação. Os exemplos não rotulados podem ser utilizados de diversas maneiras. Neste trabalho é explorado um mecanismo no qual os exemplos não rotulados podem ser utilizados para melhorar tarefas de classificação e é proposto um algoritmo semi-supervisionado, denominado k-meanski, o qual viabiliza o uso de exemplos não rotulados em aprendizado supervisionado. A técnica utilizada pelo algoritmo proposto está baseada em duas premissas. A primeira delas é que os exemplos tendem a se agrupar naturalmente em clusters, ao invés de se distribuirem uniformemente no espaço de descrição dos exemplos. Além disso, cada exemplo do conjunto inicial de exemplos rotulados deve estar localizado perto do centro de um dos clusters existentes no espaço de descrição de exemplos. A segunda premissa diz que a maioria dos exemplos nos clusters pertencem a uma classe específica. Obviamente, a validade dessas premissas é dependente do conjunto de dados utilizado. O algoritmo k-meanski funciona bem nos casos em que os dados estão em conformidade com ambas as premissas. Entretanto, caso elas sejam violadas, a performance do algoritmo não será boa. São mostrados experimentos utilizando conjuntos de dados do mundo real, escolhendo-se aleatoriamente exemplos desses conjuntos para atuarem como exemplos rotulados.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-12102003-140536
Date11 August 2003
CreatorsMarcelo Kaminski Sanches
ContributorsMaria Carolina Monard, Alneu de Andrade Lopes, Edson Emílio Scalabrin
PublisherUniversidade de São Paulo, Ciências da Computação e Matemática Computacional, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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