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A PRODUÇÃO CAMPONESA E O MONOPÓLIO DO TERRITÓRIO PELO CAPITAL: ESPACIALIDADES DISTINTAS NA EXTRAÇÃO DA ERVA-MATE NA REGIÃO DA FLORESTA COM ARAUCÁRIA DO PARANÁ

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Previous issue date: 2008-06-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present work aim to propose a comprehension about the peasantry production on the Araucaria Forest region of Parana nowadays, precisely the one known as Faxinal System. The Faxinais peasantry organization consolidated on the half part of the XIXth century, when the economical activity of the mate herb production started to increase on the state. Among this period, several manufacturing industrial units started to appear next to the coast and around the city of Curitiba. Those industries used to obtain from those peasants the mate herb primary manufactured as raw material to feed their production faced to overseas market. Due to this activity crisis, during the dacade of 1930, provoked by the increase of the mate herb production in Argentina, the biggest market for the brazilian mate herb, those faxinais communities started to orginize into several cooperatives. The mate cooperatives on the region lasted till the half of the 80`s, when a new crisis took place, this time provoked by the closure of the uruguaian market. Whe the mate herb production reestarded its productin with significative levels, the mate herb industries decided to realocate their manufacturing plants. This time, together with the raw material on the Center-south of Parana. From this time on, those factories did no obbtained the pimary manufactured mate herb from the peasants anymore, but the green leaf for the total manufacturing inside the industrial process. This way, it was retired from peasantry hands the possibility of the obbtainance of income. With the accsition of the green leaf and not primary manufactured, the mate herb industrial capital finds a possibility of reproduction in peasantry lands through the territory monopolization. This way, distincts spatialities are been created on the Faxinals territory. Through the process of fighting and resistance on their land, the Faxinais do not dissolve and keep reproducting as peasants till nowadays. / O presente trabalho tem por finalidade propor uma compreensão sobre a produção camponesa na região da Floresta com Araucária do Paraná na atualidade, mais precisamente aquela inserida nos moldes do Sistema Faxinal. A organização camponesa dos Faxinais consolidou-se em meados do século XIX, quando a atividade econômica de produção da erva-mate tomou grandes proporções no estado. Neste período surgiram no litoral e nos arredores de Curitiba várias unidades industriais de beneficiamento da erva-mate. Essas indústrias adquiriam desses camponeses a erva-mate primariamente beneficiada como matéria prima para alimentar a sua produção, voltada para o mercado externo. Com a crise dessa atividade, na década de 1930, devido ao aumento da atividade ervateira na Argentina, que era o maior mercado para o mate brasileiro, essas comunidades de Faxinais começaram a se organizar em torno de cooperativas. As cooperativas do mate na região perduraram até meados da década de 1980, quando veio uma nova crise, provocada pelo fechamento do mercado uruguaio. Quando a produção do mate retomou seus níveis significativos, as indústrias ervateiras optaram por uma realocação das suas plantas fabris. Agora junto à matéria prima, no Centro-sul do Paraná. A partir desses momento, as fábricas passaram a adquirir dos camponeses não mais erva-mate beneficiada de forma artesanal em suas comunidades e sim a folha verde para o beneficiamento total dentro do processo industrial. Dessa forma, retirou-se das mãos dos camponeses a possibilidade da obtenção de renda. Com a aquisição da folha verde e não da beneficiada, o capital industrial ervateiro encontra possibilidades de se reproduzir em terras camponesas por meio da monopolização do território. Dessa forma, distintas espacilalidades acabam sendo criadas em território faxinalense. Por meio do processo de luta e resistência na terra, os Faxinais não se dissolvem e continuam se reproduzindo como camponeses até os dias atuais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.uepg.br:prefix/504
Date16 June 2008
CreatorsBarreto, Marcelo
ContributorsSahr, Cicilian Luiza Löwer, Cunha, Luiz Alexandre Gonçalves, Paulino, Eliane Tomiasi
PublisherUNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA, Programa de Pós Graduação Mestrado em Gestão do Território, UEPG, BR, Gestão do Território : Sociedade e Natureza
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG, instname:Universidade Estadual de Ponta Grossa, instacron:UEPG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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