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Mapas dissidentes: proposições sobre um mundo em crise (1960-2010) / Dissenting maps: propositions on a world in crisis (1960-2010)

Esta tese é uma investigação sobre um conjunto de mapas e diagramas produzidos por artistas e ativistas entre as décadas de 1960 e 2010, a partir de diferentes contextos de transformação social, política e econômica em momentos de crise, de conflito e de formas potenciais de resistência. Através de documentos como catálogos, manifestos, artigos, fotografias, documentários, obras de arte, reproduções de mapas e entrevistas, a pesquisa realiza uma análise sobre esse conjunto de mapeamentos desenvolvidos por três gerações de artistas. No primeiro capítulo, este trabalho examina os jogos e mapas realizados nos anos 1960 e 1970 pelo sueco-brasileiro Öyvind Fahlström (1928-1976) durante as tensões geopolíticas da Guerra Fria (1947-1991) e as mudanças estruturais e organizacionais do capitalismo global na década de 1970. No segundo capítulo, a tese discute a obra do norte-americano Mark Lombardi (1951- 2000), artista que, durante a década de 1990, procurou mapear com suas estruturas narrativas redes internacionais de poder e transações financeiras obscuras envolvendo bancos, governos e elites dominantes da sociedade neoliberal. O terceiro capítulo trata das práticas de contracartografia conduzidas entre os anos 1990 e 2010 pelos coletivos de arte ativista Bureau dÉtudes (França), Counter-Cartographies Collective (Estados Unidos) e Iconoclasistas (Argentina). Com base nas articulações entre arte contemporânea, ativismo político e cartografia crítica, a tese considera que os mapeamentos realizados por esses artistas-ativistas trazem experiências importantes de produção de conhecimento e contribuem para a visualização das relações de poder no mundo contemporâneo, opondo-se também aos mapas supostamente imparciais, objetivos e naturalizantes do mundo guiados por interesses corporativos, militares e governamentais. / This thesis is an investigation on a series of maps and diagrams produced by artists and activists between the 1960s and the 2010s, in different social, political and economical contexts of change and crisis, conflict and potential forms of resistance. Through the analysis of documents, catalogs, manifestos, articles, photographs, documentaries, art works, reproductions of maps and interviews, the research approaches mappings developed by three generations of artists. The first chapter examines the games and maps created in the 1960s and 70s by the Swedish- Brazilian artist Öyvind Fahlström (1928-1976), during the geopolitical tensions of the Cold War (1947-1991) and the structural and organizational changes in global capitalism in the 1970s. The second chapter discusses the works of the American artist Mark Lombardi (1951-2000), who, during the 1990s, has tried to map international power networks and obscure financial transactions involving banks, governments, and neoliberal elites, using narrative structures. The third chapter addresses counter-cartography practices developed between the 1990s and 2010s by activist art collectives Bureau dÉtudes (France), Counter-Cartographies Collective (United States) and Iconoclasistas (Argentina). Based on the interrelations between contemporary art, political activism and critical cartography, the thesis considers that the mappings produced by this activists-artists are important experiences of producing knowledge and visualizing power relations in the contemporary world, creating an opposition to supposedly neutral and objective maps created according to corporate, governmental and military interests.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-15042014-100630
Date21 February 2014
CreatorsMesquita, André Luiz
ContributorsSilva, Marcos Antonio da
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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