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Foto-assemblage / Photo-assemblage

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / FOTO-ASSEMBLAGE consiste em nomenclatura sugestionada para definir os trabalhos que tenho produzido a partir da junção de fotografias digitais. As elaborações e fundamentações desses trabalhos representam também o cerne das pesquisas que resultaram na presente dissertação. Em princípio, o termo foto-assemblage haveria de referir-se a questões técnicas ou formais dessa prática. Contudo, ao desenvolver as pesquisas alguns procedimentos acabaram por determinar certas nuances que revelaram aspectos comuns também em seus e conteúdos. Como resultado de construções artísticas juntando fotografias desde 2009, cheguei às composições sintéticas aqui apresentadas, construídas a partir de duas fotografias. Aventei o nome foto-assemblage por observar nas imagens resultantes ressalvas que as distinguiriam de certas convenções atribuídas à ideia de fotografia. Ao mesmo tempo, as referidas imagens proporiam um possível desdobramento ao entendimento de assemblage enquanto técnica artística. Ainda que não seja uma regra, fotografias revelam imagens de momentos. Em sua relação com a compreensão humana de tempo ou espaço, fotografias quase sempre contêm instâncias mínimas. Fotografias, contudo, podem ser também compreendidas como uma contração de um percurso de tempo. Toda imagem fotográfica pode ser assimilada como resultante de determinados acontecimentos anteriores e mesmo tida como elemento gerador de conseqüências futuras. Seguindo esse entendimento, o que proponho com a foto-assemblage é que essa lide com segmentos de tempo ou de espaço contidos numa mesma imagem. Essas fotografias originárias ganhariam uma nova atribuição, sendo retiradas de seu contexto original, serviriam de balizas do percurso de tempo ou espaço suprimido e subjetivado entre elas. Poeticamente, eventos ocorridos entre as fotografias originárias estariam contidos nas imagens produzidas. O termo assemblage foi incorporado às artes a partir de 1953, por Jean Dubuffet, para descrever trabalhos que seriam algo mais do que simples colagem. A ideia de assemblage se baseia no princípio de que todo e qualquer material ou objeto colhido de nosso mundo cotidiano pode ser incorporado a uma obra de arte, criando um novo conjunto, sem que perca seu sentido original. Esse objeto é arrancado de seu uso habitual e inserido num novo contexto, tecendo laços de relação com os demais elementos, construindo narrativas num novo ambiente, o da obra. Na ideia da foto-assemblage, entretanto, é sugerido uso das imagens fotográficas originárias não como objetos que estariam em um mundo cotidiano, mas sim como imagem na concepção do que seria uma entidade mental. Adoto como que uma visão mágica onde as imagens originárias e básicas estariam numa outra dimensão, num plano bidimensional, não manipulável por nós habitantes da tridimensionalidade. Nesse ambiente imaginário ou não, as fotografias são assentadas consolidando a foto-assemblage. Quando a foto-assemblage se concretiza, se corporifica numa mídia, sendo impressa para uma contemplação, ai então, passaria a integrar nosso mundo tridimensional. O resultado poderia ser admitido como um híbrido, uma terceira coisa, a partir de duas que já não se dissociam mais no ensejo de uma compreensão estética. Ao final da dissertação, apresento experiências práticas que resultaram em quatro séries de imagens em foto-assemblage. Cada série enfatiza aspectos peculiares do que denomino paisagem expandida, representando percursos de tempo, espaço ou trajetos entre o mundo concreto e mundos do inconsciente. / PHOTO-ASSEMBLAGE consists on nomenclature to define the work that I have produced from the junction of digital photographs. The elaboration and justification of these works also represent the core of the research that resulted in this dissertation. In principle, the term photo-assemblage would refer to formal or technical issues this practice. However, research to develop some procedures ultimately determine certain nuances that reveal common aspects and also in their content. As a result of joining constructions artistic photographs since 2009, I came to the synthetic compositions presented here, constructed from two photographs. I suggested name photo-assemblage by observing the resulting images caveats that distinguish certain conventions attributed to the idea of photography. At the same time, these images would propose a possible unfolding to the understanding of assemblage as artistic technique. Although it is not a rule, photographs show images of times. In its relation to the human understanding of time and space, photographs almost always contain instances minimal. Photographs, however, can also be understood as a contraction of a course of time. Every photographic image can be assimilated as a result of certain events before and even seen as an element that generates future consequences. Following this understanding, what I propose with the photo-assemblage is that it deals with segments of time or space contained in the same picture. These photographs originating win a new award, being removed from their original context, serve as beacons of travel time or space and deleted subjectivizing between them. Poetically, events originating from the photographs would be contained in the images produced. The term assemblage to the arts was built as from 1953 by Jean Dubuffet to describe works that would be something more than simple collage. The idea of assemblage is based on the principle that any material or object drawn from our everyday world can be incorporated into a work of art, creating a new set without losing its original meaning. This object is torn from its habitual use and placed in a new context, weaving bonds of relationship with the other elements, constructing narratives in a new environment, the work. In view of photo-assemblage, however, is suggested use of photographic images as objects originating not they would be in an everyday world, but as the design image of what a mental entity. I adopt it as a magical sight where the images originate, basic, would be in another dimension, a two-dimensional plane, we can not be manipulated by the inhabitants of three-dimensionality. In this "environment" imaginary or not, pictures are settled consolidating photo-assemblage. When the photo-assemblage materializes, is embodied in media, being printed for contemplation there would then integrate our three-dimensional world. The result could be admitted as a hybrid, a third thing from two no longer dissociate more opportunity in an aesthetic understanding. In the concluding stages of dissertation, practical experiences that resulted in four sets of images in photo-assemblage. Each one emphasizing peculiar aspects of what I title "expanded landscape", reproducing images that contain paths of time, space or paths between the concrete world and unconscious worlds

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:3089
Date08 April 2013
CreatorsEduardo Mariz Corrêa da Costa
ContributorsCristina Adam Salgado Guimarães, Marcelo Gustavo Lima de Campos, Mauricio Lissovsky
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Artes, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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