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Diálogos com o Oriente: psicanálise e Zen, dois métodos para além do sentido - a dimensão do ato / Dialogue with the East: psychoanalysis and Zen, two methods beyond the meaning - the dimension of the act

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Previous issue date: 2015-03-13 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / We can find in the work of Jacques Lacan several references to Zen Buddhism, which are, however, little explored by researchers in Psychoanalysis. Considering such references relate to important elements of Lacanian theory, we seek to locate them in Lacan's texts, specifically in his seminars and writings. At the same time, we also seek to understand historically the emergence of Zen Buddhism in the East and which were its main philosophical and methodological principles, searching in anthropologists texts, in texts of other scholars of the East as well as in texts by Zen Buddhist authors. This made it possible to identify the possible similarities and differences between Lacanian psychoanalysis and Zen Buddhism. The elements that stood out in this study were those concerned with the method of the Lacanian clinical analyst and the Zen master method. Thus, we see the similarities between the transmission method of Lacanian Psychoanalysis and the method used by Buddhist Zen masters in their transmission. Both cherish for a language that breaks the Aristotelian logic, both stand as non-dualistic (but with their respective specificities) and both cherish for an emptying of the "I" (also with their respective specificities). We also observed differences between both methods, such as the specificity of the analytical Act regarding to Nirvana as an "end" that Zen Buddhism aims. Zen, as a school of Buddhism, would propose to its practitioner reach a state of "no longer desire" or "do not give in to his/her desire"; while in psychoanalysis is understood that "not to want" is not possible for it being a constituent factor of the subject as a missing being , and therefore the end of the analysis is given by the accountability and the empowerment of the subject facing a jouissance wich he was subjected to. The specificity of the analytical act stipulates that the subject remains barred, divided, not being refunded the small object "a", and not being taken as part of a whole or a not barred big Other (A). The pass, or act of completion of an analysis, has as specific feature being what qualifies the analysand to occupy the analyst place / Podemos encontrar na obra de Jacques Lacan diversas menções ao Zen Budismo, mas que são
pouco exploradas pelos pesquisadores em Psicanálise. Considerando que essas menções
dizem respeito a elementos importantes da teoria lacaniana, buscamos localizá-las nos textos
de Lacan, especificamente em seus seminários e escritos. Concomitantemente, também
buscamos compreender historicamente o aparecimento do Zen Budismo no Oriente e quais
seus principais princípios filosóficos e metodológicos em textos de antropólogos, em textos
de outros estudiosos do Oriente, bem como em textos de autores do próprio Zen. Isso
possibilitou identificar as possíveis semelhanças e diferenças entre a Psicanálise de Lacan e o
Zen Budismo. Os elementos que se destacaram nesta pesquisa foram os que diziam respeito
ao método do analista clínico lacaniano e o método do mestre Zen. Assim, verificamos as
semelhanças entre o método de transmissão da Psicanálise lacaniana e o método utilizado
pelos mestres Zen budistas em sua transmissão, que ambos prezam por uma linguagem que
quebra a lógica aristotélica, ambos se colocam como não-dualistas (mas com suas respectivas
especificidades) e ambos prezam por um esvaziamento do eu (também com suas respectivas
especificidades). Também observamos as diferenças entre ambos os métodos, tal como a
especificidade do Ato analítico em relação ao Nirvana enquanto um fim a que visa o Zen
Budismo. O Zen, como escola de Budismo, proporia ao seu praticante chegar a um estado de
não mais desejar ou ceder de seu desejo ; enquanto que em Psicanálise se entende que
não desejar não é possível por ser um fator constituinte do sujeito enquanto ser faltante, e
sendo assim o fim de análise se dá pela responsabilização e pelo empoderamento do sujeito
perante um gozo que antes o assujeitava. A especificidade do ato analítico preconiza que o
sujeito permanece barrado, dividido, não sendo restituído do objeto pequeno a, e nem sendo
tomado como parte de um todo ou de um grande Outro não barrado (A). O passe, ou ato de
conclusão de uma análise tem como especificidade ser o que qualifica o analisante a ocupar o
lugar de analista

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/17095
Date13 March 2015
CreatorsMoutinho, Luciana
ContributorsPacheco Filho, Raul Albino
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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