Return to search

DIÁLOGOS INTERCULTURAIS NA LITERATURA INDÍGENA CONTEMPORÂNEA: UMA PERSPECTIVA BAKHTINIANA

Made available in DSpace on 2017-07-21T20:49:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Silvely, Brandes.pdf: 1475137 bytes, checksum: d7f970eabead0b01c166c0d4237deca3 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the past years, especially after the approval of the law 11.645/08 which made obligatory the discussions about African, indigenous and afro Brazilian culture and history in the schools throughout the country, the literature written by indigenous people in Portuguese, is gaining space on the shelves of libraries and bookstores around the country. Due to the unfamiliarity with this literature, to the prejudices related to indigenous productions and even the lack of resources and support from the book publishers to the indigenous writers, a broader acknowledgment of indigenous literature is not seen in academic discussions, and little has been worked in schools about this literature. Therefore, this master`s degree dissertation is, from the language studies of the Bakhtin circle, and the discussions about hybridity and interculturality, brought by Garcia Canclini (2015) and Janzen (2005), to reflect on this indigenous literature written in the Portuguese language as a literature which is fruit of intercultural dialogues and which reveals and promotes intercultural dialogues, considering that in the works of indigenous literature the relationships between indigenous and non-indigenous, between the modern and the traditional, are present. For such, are analyzed the dialogical relations, the presence of other enunciations, in the works O Saci Verdadeiro (2000) and Ajuda do saci (2006), from Olivio Jekupé, Metade cara, Metade Máscara (2004) from Eliane Potiguara, Sehaypóry, o livro sagrado do povo Saterê-Mawé (2007) from Yaguarê Yamã, and Todas as vezes que dissemos adeus (1994) from Kaka Werá Jecupé. These works are considered as practices of social literacy, as links in the chain of verbal communication. In conclusion, I was able to realize that indigenous literature is in relationship with other indigenous and non-indigenous enunciations and that in the literature, these enunciations are being responded and anticipated. I believe this view to the intercultural dialogues in the indigenous literature contributes to the teacher who intends to work indigenous history and culture looking to these intercultural relations starting from the contemporaneous indigenous voices. May also contribute so this literature gains more space in academic discussions. / Nos últimos anos, principalmente após a aprovação de lei 11.645/08, que tornou obrigatórias discussões sobre cultura e história africana, afro-brasileira e indígena nas escolas de todo o país, a literatura escrita por indígenas em língua portuguesa vem ganhando espaço nas prateleiras das bibliotecas e livrarias do país. Devido ao pouco conhecimento dessa literatura, aos preconceitos com relação às produções indígenas e até mesmo à falta de recursos e apoio de editoras por parte dos escritores indígenas, um maior reconhecimento da literatura indígena ainda não é percebido nas discussões acadêmicas e pouco se tem trabalhado com esta literatura nas escolas. Desta forma, a proposta desta dissertação de mestrado é, a partir dos Estudos da Linguagem do Círculo de Bakhtin e das discussões sobre hibridismo e interculturalidade trazidas por Garcia Canclini (2015) e Janzen (2005), refletir sobre a literatura indígena escrita em língua portuguesa como uma literatura que é fruto dos diálogos interculturais e que revela e promove o diálogo intercultural, uma vez que nas obras de literatura indígena as relações entre os indígenas e não indígenas, entre o moderno e o tradicional, estão presentes. Para tanto, são analisadas as relações dialógicas, a presença de enunciados outros, nas obras O saci verdadeiro (2000) e Ajuda do saci (2006), de Olívio Jekupé, Metade cara, Metade Máscara (2004), de Eliane Potiguara, Sehaypóry, o livro sagrado do povo Saterê-Mawé (2007), de Yaguarê Yamã e Todas as vezes que dissemos adeus (1994), de Kaka Werá Jecupé. Essas obras são pensadas como práticas sociais letradas, como elos na cadeia da comunicação verbal. Como resultados, pude perceber que a literatura indígena está em relação com outros enunciados indígenas e não indígenas e que nas obras estes enunciados estão sendo respondidos e antecipados. Acredito que este olhar para os diálogos interculturais na literatura indígena contribui com o professor que pretende trabalhar história e cultura indígena olhando para as relações interculturais a partir das vozes indígenas da contemporaneidade. Pode contribuir, também, para que esta literatura ganhe maior espaço nas discussões acadêmicas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.uepg.br:prefix/1494
Date17 March 2017
CreatorsBrandes, Silvely
ContributorsTorquato, Cloris Porto, Castro, Gilberto de, Pacheco, Keli Cristina
PublisherUNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA, Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem, UEPG, BR, Linguagem, Identidade e Subjetividade
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG, instname:Universidade Estadual de Ponta Grossa, instacron:UEPG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds