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ESCOLA BILÍNGUE PARA SURDOS: CONSTITUIÇÃO DE PRÁTICAS QUE CONFIGURAM UM ESPAÇO BILÍNGUE

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Previous issue date: 2017-05-26 / Trata-se de problematizar a educação inclusiva na proposta bilíngue para surdos. O objetivo baseia-se nas tensões que surgem entre as práticas bilíngues e as políticas que as constituem, focando não só o papel do educador, do intérprete, do instrutor, mas também do aluno surdo no contexto escolar. A proposta desta pesquisa é tecer considerações acerca do que se tem feito em termos práticos, como também do que se pretende no contexto de políticas públicas e nos registros de práticas escolares em uma escola municipal bilíngue. Nesse processo, analisam-se os documentos Declaração de Salamanca (1994); Educação que nós surdos queremos (1999); Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei nº 10.436, de
24 de abril de 2002, sobre a Língua Brasileira de Sinais, entre outros. A partir das teorizações de Michel Foucault e autores que dialogam com ele, procura-se
desenvolver uma reflexão baseada em uma análise genealógica, olhando o passado como possibilidade para entender os aspectos do presente e utilizando os conceitosferramentas como as noções de governamento e in/exclusão para analisar os dados produzidos. Nesse sentido, entende-se a surdez como situada pelo viés cultural e a educação bilíngue como uma proposta pedagógica que considera a condição linguística e cultural do aluno surdo. O trabalho investiga essas práticas por meio de uma pesquisa qualitativa e dos princípios de uma abordagem tipo etnográfica. Para a coleta de dados, utilizam-se instrumentos como observação em sala, questionários abertos, atividades de sala de aula, além da percepção das práticas que facilitam a inclusão de alunos surdos em uma proposta bilíngue. A análise de dados mostra que as disputas ideológicas entre surdos e ouvintes vêm influenciando as políticas linguísticas na área da surdez, sendo necessária uma reflexão sobre os mecanismos
de controle possivelmente exercidos sobre esses sujeitos, para que se governem a identidade e a diferença surda, bem como os surdos sejam sujetivados e conduzidos para uma participação produtiva no mundo contemporâneo, por meio da Língua de Sinais, da cultura surda e da formação bilíngue.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/8603
Date26 May 2017
CreatorsDRUMOND, A. H.
ContributorsPADILHA, A. M. L., TEIXEIRA, K. C., VICTOR, S. L., MACHADO, L. M. C. V.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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