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A encenação de La Celestina por Ziembinski: o clássico de Fernando de Rojas no Brasil do regime militar / La Celestina play, by Ziembinski: Fernando de Rojas classical work in Brazil during the militar government

La Celestina, como ficou conhecida a Tragicomedia de Calisto e Melibea, de Fernando de Rojas, é uma obra fundamental da cultura hispânica. Devido a sua forma essencialmente dramática, já foi adaptada para o palco em inúmeros países e em diferentes épocas. No Brasil, entre os anos de 1969 e 1970, ocorreram três diferentes montagens profissionais de La Celestina. Este estudo procura analisar a encenação ocorrida em São Paulo, sob direção de Ziembinski, partindo do texto adaptado por Eudinyr Fraga e do material histórico coletado durante a pesquisa. Também procura estabelecer um diálogo com as duas outras encenações ocorridas em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Além disso, esse trabalho identifica e analisa o interesse dos encenadores brasileiros em montar o clássico espanhol no contexto brasileiro do regime militar, partindo da hipótese de que essas encenações poderiam significar uma opção estética de atuação política frente à repressão vivida no regime militar. Nesse sentido, foram considerados o contexto histórico-social e as opções estéticas que direcionavam o fazer artístico daquela época como essenciais para estabelecer as relações de significados do objeto estudado. No caso da montagem paulista de La Celestina, verificou-se um propósito político claramente definido que procurou levar aos palcos, por meio de uma encenação audaciosa e crítica, a questão da falta de liberdade política, da repressão e da luta de classes. Isso permitiu incluir a peça de Ziembinski no conjunto das manifestações estéticas de resistência ao regime militar brasileiro. / La Celestina, as it is known the Tragicomedy of Calisto and Melibea, by Fernando de Rojas, is a fundamental work of Hispanic culture. Due to its essentially dramatic style it has been already adapted in many countries and in different times. During 1969 and 1970, three different professional performances of La Celestina took place in Brazil. The objective of this study is to analyze the performance done in São Paulo, under the direction of Ziembinski, based upon the adapted text written by Eudinyr Fraga and the historical material collected during the research. Also it aims at establishing a dialogue with the two other performances occurred in Porto Alegre and Rio de Janeiro. Besides it this paper identifies and analyzes the Brazilian artists interest in producing the classic Spanish play in the Brazilian context of military dictatorship, setting forth the hypothesis that those performances could signify an aesthetics of political action in opposition to the repression lived during the military dictatorship. In this sense, it was taken into account the social-historical context and the aesthetics options that directed the artistic doing of those times as essential facts to establish the relationships of meanings in the studied object. In the case of the performance of La Celestina in São Paulo, it is noticeable a political purpose clearly defined, which wants to bring to the stages, by means of an audacious and critical play, the questions regarding the lack of political freedom, the repression and the class struggle. This allowed to include Ziembinski\'s play in the group of the aesthetics manifestations in resistance to Brazilian military dictatorship.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-05022010-165909
Date20 January 2010
CreatorsDulciane Torres Lins
ContributorsMario Miguel Gonzalez, Maria Silvia Betti, Ana Lucia Trevisan Pelegrino
PublisherUniversidade de São Paulo, Letras (Língua Espanhola e Literaturas Espanholas e Hispano-Americana), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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