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As relações capital/trabalho no período 94/99

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. / Made available in DSpace on 2012-10-19T12:39:25Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Análise da exploração da força de trabalho na indústria brasileira sob a óptica marxista. Para identificar as atuais condições em que ocorre a exploração capitalista partiu-se do estudo dos conceitos sobre a exploração capitalista, definidos por Marx, e como aconteceu o processo de evolução das relações capital/trabalho na história da exploração capitalista. Essa sustentação teórica permite analisar como a indústria brasileira se comportou frente ao processo da atual etapa de acumulação de capital - a globalização -, bem como as transformações impostas à classe trabalhadora. A exploração da força de trabalho no Brasil é diferente da processada nos países desenvolvidos, pois aqui verifica-se uma superexploração da força de trabalho caracterizada pela negação do pagamento de parte do trabalho necessário ao trabalhador para recompor a sua força de trabalho, intensificação do trabalho e pelo prolongamento da jornada de trabalho. Observa-se, assim, na definição de Marini, um capitalismo sui generis. Além do levantamento teórico a pesquisa também mostra uma análise do setor metalúrgico no Brasil, com vistas a provar que na prática os conceitos teóricos estudados se revelam, ou seja, com a análise foi possível observar a partir das greves levantadas no período 94-99 que o trabalhador brasileiro vive sob as condições capitalistas de superexploração. As causas de greves que se revelaram mais intensas são os atrasos nos pagamentos de salários o que caracteriza um dos elementos da superexploração, pois se nega ao trabalhador a condição de recompor a sua força de trabalho. A partir dos dados levantados sobre o setor, no período analisado, observa-se que houve crescimento, bem como um importante incremento nos índices de produtividade resultante não só da intensa implementação de novas tecnologias, como também da intensificação do trabalho, o que caracteriza a mais valia relativa, uma das modalidades dos processos da superexploração. De outra forma, quando se analisa a jornada de trabalho, percebe-se que esta recebeu um incremento de horas extras em detrimento do nível de pessoal ocupado na produção, caracterizando um aumento da mais valia absoluta. Neste sentido foi possível observar que as relações capital/trabalho na indústria brasileira, realizam-se com base não só na exploração da força de trabalho, mas também na superexploração. A superexploração da força de trabalho brasileira é uma modalidade de exploração própria do capitalismo dependente.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/82194
Date January 2001
CreatorsRossatto, Giovana Maria
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Ouriques, Nildo Domingos
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format133 f.| grafs., tabs. +
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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