Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2017-01-24T03:07:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
343430.pdf: 4663729 bytes, checksum: 1bc37d8cc8078b099bb323f046d235c7 (MD5)
Previous issue date: 2015 / O adoecimento físico e mental dos trabalhadores, vítimas das constantes reestruturações e precarização dos processos e relações nos ambientes de trabalho, geram preocupação, especialmente com o sofrimento causado. Este adoecimento vem agravando-se em consequência da competição e concorrência mundial exacerbadas ? todas as empresas querem produzir mais, lucrar mais, em menor tempo e com menor custo, exercendo pressão sobre os trabalhadores e as trabalhadoras para que produzam em ritmo alucinado, além dos seus limites físicos e mentais. Marx já no século XIX alertava: é a mais-valia a qualquer custo, sem se importar com a dignidade dos trabalhadores. Esta condição humana de falta de dignidade e liberdade afetou a construção da identidade social dos trabalhadores e, em termos históricos, alcança a potencialização da alienação no estágio atual do capitalismo. Vivenciamos o capitalismo biocognitivo, que afeta de forma significativa o mundo do trabalho, a saúde e a segurança dos trabalhadores. O fenômeno social do adoecimento dos trabalhadores aponta contradições e conflitos sociais, e, no caso das ciências humanas, que estão atentas a como os fatos se apresentam, por que e para que, tornam-se questões interessantes para compreensão e explicação de fenômenos que se relacionam com os destinos dos trabalhadores na vida em coletividade. Relações de resistência são urgentes, pois os trabalhadores vivenciam situações contraditórias diante da pressão e do assédio moral que sofrem. A prática da liberdade é colocar-se no limite e a verdade é tensão entre o limite e a possibilidade. Spinoza sugere um caminho, que é desenvolver a potência de ação através da afetividade, pois os seres humanos têm a necessidade de encontrarem-se uns com os outros para conservar e expandir sua potência, para a autopreservação. Arendt, Foucault, Agamben, Piketty, Mézsáros e Holloway sugerem tarefas possíveis e desejáveis para o resgate da política, para o exercício da resistência, para a potência do ser e para a construção de um direito e sociedade mais justos.<br> / Abstract : Physical and mental illness affect workers, victims of constant restructuring and casualization of processes and relationships in the workplace, raise concerns, especially when they cause suffering This illness is worsening as a result of competition and heightened global rivalry - all companies want to produce more, earn more, in less time and at lower cost, putting pressure on workers and working to produce in hallucinating rhythm, in addition to their physical and mental limits. Marx in the nineteenth century warned, that value must be added at any cost, regardless of the dignity of workers. This human condition of lack of dignity and freedom affected the construction of workers' social identity and, in historical terms, reaches the potentiation of disposal at the present stage of capitalism. The experience of bio cognitive capitalism, which significantly affects the world of work, health and safety of workers. The social phenomenon illness of workers points contradictions and social conflicts, and in the case of the human sciences, which are aware of how the facts are presented, the why and what for become interesting questions for understanding and explanation of phenomena that are related to the fate of workers in their community life. Resistance relations are urgent, because workers experience contradictory situations on pressure and bullying suffering. The practice of freedom is put on the edge and the truth is a tension between the limit and the possibility. Spinoza suggests a way, which is to develop the power of action through affectivity, because humans have a need to meet up with each other to maintain and expand their power for self-preservation. Arendt, Foucault, Agamben, Piketty, Mézsáros and Holloway suggest possible and desirable tasks to the rescue of politics, for the exercise of resistance to the power of being and for the construction of a right and fairer society.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/172540 |
Date | January 2015 |
Creators | Bevian, Elsa Cristine |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Assmann, Selvino José, Reis, Daniela Muradas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 474 p.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0021 seconds