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Biomarcadores de Progressão Tumoral em Carcinoma Epidermóide da Cavidade Bucal

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Previous issue date: 2017-02-16 / Atualmente têm-se a necessidade da implementação de abordagens terapêuticas específicas e individualizadas para os pacientes com carcinoma epidermóide (CE) da cavidade bucal, e a construção de painéis de biomarcadores de progressão tumoral e prognóstico. Células neoplásicas apresentam certa autonomia quanto a sua ativação, o que leva à superexpressão de ciclina D1 e redução do tempo de duração da fase G1, levando ao aumento da proliferação tumoral. Este trabalho teve por objetivo analisar a expressão da ciclina D1 em CE da cavidade bucal e sua aplicabilidade como biomarcador de progressão tumoral e prognóstico. Realizou-se um estudo analítico longitudinal com a inclusão de amostras biológicas, dados clínicos e de seguimento de 115 pacientes com CE da cavidade bucal. As lâminas histológicas confeccionadas e coradas pelo método de hematoxilina e eosina foram analisadas quanto à gradação tumoral, padrão de infiltrado linfocitário tumoral, padrão de invasão tumoral, invasão vascular, linfática e perineural. Realizou-se a validação das lâminas de tissue microarray (TMA) e a análise da expressão nuclear da ciclina D1 em células tumorais de CE da cavidade bucal (front e porção mediana), displasia e epitélio adjacente ao tumor, por meio da avaliação da lâmina de TMA corada pela técnica de imunohistoquímica foi categorizada em alta (> 140) e baixa (≤ 140). Para as associações entre as variáveis estudadas, o teste Qui- Quadrado e Exato de Fisher foram utilizados, sendo considerados significantes valores de p ≤ 0.05. As curvas de sobrevida foram calculadas através do modelo de Kaplan-Meier com índice de confiança igual a 95% ajustados pelo modelo de Regressão multivariado de Cox, com p ≤ 0, 2 (SG) e p ≤ 0, 1 (SLD). Nossos resultados mostraram correlação entre a alta contagem de TIL e as variáveis tamanho do tumor primário T1/T2 (p = 0,001) e estadiamento inicial I/II (p = 0,005); já a menor contagem de TIL foi associada ao tabagismo (p = 0,026). O padrão de invasão tumoral do tipo IV mostrou associação com tumores T3/T4 (p = 0,006) e estádios II/IV (p = 0,028). A invasão perineural mostrou correlação com tumores T1/T2 (p = 0,035). A superfície tumoral apresentou alta expressão de ciclina D1 em 49% dos casos, porém não foi observada significância com as variáveis analisadas. A redução da SG foi relacionada com o tamanho do tumor (p = 0,000) e o
acometimento linfonodal (p = 0,001), sendo confirmadas, pela análise multivariada (p
= 0,004; p = 0,066). A SLD exibiu associação com o hábito etilista (p = 0,048), fato comprovado pela análise multivariada (p = 0,078), em que indivíduos não etilistas recidivaram em menor tempo. Conclui-se com o estudo que a expressão da ciclina D1 não mostrou ser um bom marcador de progressão tumoral e prognóstico. Uma vez que, sua expressão está mais associada ao início da tumorigênese, e a maior ocorrência de estadiamento clínico avançado, neste estudo, explicaria a falta de correlação entre a expressão da proteína com as características clínico-patológicas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/7105
Date16 February 2017
CreatorsDAMASCENO, T. C. D.
ContributorsBATISTA, A. C., PANETO, G. G., ZEIDLER, S. L. V. V.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Biotecnologia, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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