Neste trabalho nos debruçamos sobre um fenômeno emergente no Brasil e no mundo: os casais que não desejam ter filhos. Nosso objetivo foi discutir seus discursos a respeito deste tema problematizando o imperativo social que lhes
ordena que tenham filhos. A dissertação se constitui por dois artigos. No primeiro, teórico, procuramos, através de um percurso histórico bibliográfico, investigar o significado atribuído ao ter filhos do século XVI até os dias atuais.
Constatamos que ao longo dos séculos os discursos que se dirigiram à família foram modificados, gerando normas a serem seguidas com o intuito de trazer, prioritariamente, retorno financeiro para o Estado. Apesar disso, fica claro que
movimentos de resistência sempre caminharam lado a lado com tais normatizações, partindo dessas normas no sentido de problematizá-las. O segundo artigo foi consequência de um estudo empírico com casais que não tinham filhos e não pretendiam tê-los. Os resultados apontaram casais que
travam uma batalha constante com o discurso normatizador. Concluímos que é possível que os casais que não desejam ter filhos façam parte de um movimento de resistência- mas, ao mesmo tempo, se constituam em relação a ele- estando dentro e fora, à margem sim, mas sendo essa margem aquilo que os delimita, possibilitando o surgimento do novo a partir da diferença e da repetição / In this study we will analyze an emerging phenomenon in Brazil and in the world, the couples who do not wish to have children. Our objective was to discuss their discourse about this theme having in mind the social imperative that orders them to have children. The dissertation constitutes itself by two articles: In the first, which is theoretical, we search, through a historical bibliographic pathway, to investigate the meaning of having children from the 16th century until our actual days. We found that within the centuries the
speeches that were conducted to the family were transformed creating rules that had to be obeyed with the intention of giving, primarily, financial profit for
the state. Nevertheless, it is clear that resistance movements always walked side by side with those rules having as objective to surpass them. The second article was a consequence from an empirical study with couples that did not haven children and also did not pretend to have. The results pointed out that these couples are in a constant struggle against the ruling speech. We
concluded that it is possible that the couples who do not wish to have children become a part of the resistance movement, but, at the same time, it may constitute in relation to them, if they are inside and outside, a margin, but this margin is what delimits them and, in the difference and repletion enables the emergence of the new
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:unicap.br:448 |
Date | 22 October 2011 |
Creators | Marília Rique de Souza Brito Dias |
Contributors | Maria Cristina Lopes de Almeida Amazonas, Luciana Leila Fontes Vieira, Carmem Lúcia Brito Tavares Barreto, Karla Galvão Adrião |
Publisher | Universidade Católica de Pernambuco, Mestrado em Psicologia Clínica, UNICAP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNICAP, instname:Universidade Católica de Pernambuco, instacron:UNICAP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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