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Alodinia em pacientes com cefaleia em salvas e migrânea.

Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-04-07T13:48:44Z
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Previous issue date: 2012-08-24 / A dor é entendida como a manifestação de um dano real ou potencial que
ameaça a integridade do indivíduo na dimensão física e na emocional. O seu
significado e relevância são dados pela ressonância emocional que aquilata a
graduação do sofrimento, em indivíduos diferentes, ou no mesmo em diferentes
momentos. Atrelada a essa compreensão subjetiva da dor, existe ainda um
fenômeno de sensação de dor causada por estímulos indolores, denominado
alodinia, que é bastante prevalente em pacientes com migrânea. A cefalalgia é
provavelmente a face mais comum da dor, de modo que sua prevalência foi de
95,3% em mulheres e de 90,8% em homens em um estudo epidemiológico de
1989 de Linet e Stewart. Neste grupo de cefalalgias são encontradas duas
entidades que chamam a atenção: a migrânea por ser a segunda cefalalgia
mais prevalente, e a primeira maior responsável por levar o paciente ao
consultório, e a cefaleia em salvas, por sua intensidade tamanha. O objetivo
deste estudo foi avaliar se a alodinia é um fenômeno relevante, prevalente nas
cefaleias primárias. Esta pesquisa foi dividida em duas etapas: a primeira
consistiu em uma revisão de literatura que possibilitou a realização de dois
artigos de revisão, intitulados: Pathophysiology of allodynia and primary
headaches, a review e Allodynia in cluster headache patients: a review e um
artigo original com o título de: Allodynia in migraine patients during inter critical
period. No artigo original, foram avaliados 31 pacientes pelo mesmo
neurologista de janeiro a março de 2012, com idades entre 19 e 46 anos,
sendo 8 com migrânea sem aura (MSA) , 1 homem e 7 mulheres, e 23 com
migrânea com aura (MCA), sendo 1 homem e 22 mulheres, de acordo com os
critérios da Sociedade Internacional de Cefaleia, publicados em 2004. Foram
utilizados os questionários PROCEFALEIA e o de avaliação de Alodínia. Cada
paciente foi submetido a um completo exame físico e neurológico. Utilizou-se
ainda na avaliação de alodínia um monofilamento SEMMES (10 g/cm2), e de
tubos de ensaio com água a 10°C e a 50°C aos dermátomos V1, V2 e V3 do
nervo trigêmeo, direito e esquerdo, e C5, C6, L3 e L5, direitos e esquerdos.
Utilizou-se o Teste Exato de Fisher. Os artigos de revisão apresentaram uma
prevalência relevante de alodinia em migranosos, e indeterminada em
pacientes com cefaleia em salvas. No artigo original, observou-se uma
associação relevante de alodínia aos pacientes com migrânea (38%) e também
uma maior associação aos pacientes MSA (75%) comparados aos MCA
(26,09%), p = 0,0316. Considerando todos os dados analisados, é possível
concluir que a alodinia seja uma entidade clínica relevante e prevalente em
migranosos e que, muitos dos seus mecanismos sejam compartilhados pela
cefaleia em salvas e pela migrânea e, especificamente, mais prevalente na
migrânea sem aura.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12705
Date24 August 2012
CreatorsLeite, Elder Machado
ContributorsValença, Marcelo Moraes
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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