CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A sÃndrome mielodisplÃsica (SMD) Ã caracterizada por citopenias perifÃricas,
defeitos na hematopoese, aumento da apoptose intramedular e risco de transformaÃÃo
para LMA. VÃrios avanÃos tÃm sido realizados para o entendimento da patogÃnese da
SMD e hà evidÃncias de que a falha na medula Ãssea que ocorre na SMD seja mediada
pela ativaÃÃo anormal da sinalizaÃÃo do sistema imune inato. Os fatores reguladores de
interferon (IRF-Interferon Regulatory Factor) formam uma famÃlia de fatores de
transcriÃÃo que possuem um papel central na regulaÃÃo de respostas imunes,
diferenciaÃÃo e proliferaÃÃo de cÃlulas hematopoÃticas, regulaÃÃo do ciclo celular,
apoptose e oncogÃnese. Acredita-se que os IRFs possam ter um papel importante da
patogÃnese da SMD. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o perfil de
metilaÃÃo e expressÃo dos genes dos IRFs em cÃlulas da medula Ãssea (MO) de
pacientes com SMD. A partir de amostras de 119 pacientes com diagnÃstico de SMD
foi realizado o estudo da expressÃo gÃnica, por PCR em tempo real e da metilaÃÃo por
QMSP (quantitative methilation specific PCR) dos nove membros da famÃlia dos IRFs.
A expressÃo dos genes IRF2, IRF3, IRF7 e IRF8 foram diferentes entre cÃlulas de MO
de pacientes com SMD e indivÃduos saudÃveis (p=0,002; 0,002; 0,028 e 0,016,
respectivamente). Um maior nÃvel de expressÃo do IRF1 foi associado a pacientes com
medula hipocelular (p=0,018). Os genes IRF3, IRF7 e IRF8 foram associados a
pacientes com citopenias no sangue perifÃrico (p= 0,028; 0,001; 0,008,
respectivamente). Por outro lado, a metilaÃÃo dos IRF1, IRF2, IRF3, IRF6 e IRF8 foi
associada a caracterÃsticas de maior risco em SMD, tais como, formas avanÃadas,
cariÃtipo desfavorÃvel, citopenias, blastos acima de 5% e com categorias de alto risco
estabelecidas pelo IPSS, R-IPSS e WPSS. A anÃlise multivariada revelou que pacientes
com maior expressÃo do IRF3 apresentaram maior sobrevida global (p=0,001),
enquanto os pacientes com uma maior expressÃo do IRF5 apresentaram 5,4 mais
chances de evoluir para LMA (p<0,001 IC95%=1.098-26.829) e 9 vezes mais chance de
vir a Ãbito (p=0,001; IC95%=2,39-32,69). Ambiguamente, pacientes com o IRF5
metilado possuÃam 4 vezes mais chance de vir a Ãbito (p=0,041; IC95%=1,066-20.192).
Podemos concluir que a expressÃo e a metilaÃÃo dos IRFs podem ter grande impacto
prognÃstico nessa doenÃa. A expressÃo do IRF3 Ã um marcador de prognÃstico
favorÃvel, enquanto a expressÃo e a metilaÃÃo do IRF5 sÃo marcadores de prognÃstico
desfavorÃvel em SMD.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:10381 |
Date | 20 July 2015 |
Creators | Juliana Cordeiro de Sousa |
Contributors | Ronald Feitosa Pinheiro, Silvia Maria Meira MagalhÃes, MARIA DE LOURDES LOPES FERRARI CHAUFFAILLE, Carolina Barbara Belli, Lorena Lobo de Figueiredo Pontes |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicas, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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