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Recorrência no tratamento cirúrgico da atresia coanal congênita / Recurrence in choanal atresia surgery

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Previous issue date: 2010-02-24 / Desde o primeiro relato de tratamento cirúrgico da atresia coanal congênita em meados do século XIX, diferentes acessos e técnicas foram descritos. Entretanto, ainda não há consenso na literatura a respeito da técnica ideal para o tratamento desta mal formação. A principal complicação do tratamento desta mal formação é a reestenose. As estatísticas dos índices de reestenose variam na literatura de 9% a 36%, com uma média de 4 a 6 reoperações por paciente. Os principais procedimentos cirúrgicos usam os acessos transnasais (endoscópico ou microscópico) e transpalatinos. Apesar disto, a escolha entre os dois acessos e também o uso de procedimentos auxiliares como, moldes, dilatações e mitomicina C permanecem controversos. Previamente, descrevemos uma técnica transnasal endoscópica para a correção da atresia coanal congênita que utiliza retalhos de mucosa de septo nasal e da parede faríngea da atresia que dispensa uso de moldes ou tampões no pós operatório. Nesta técnica, utilizamos cola de fibrina para a fixação dos retalhos que protegem as áreas ósseas cruentas. Assim, a reparação tecidual local é mais rápida e a possibilidade de reestenose é menor. Outros autores também publicaram resultados satisfatórios do tratamento da atresia coanal com diferentes técnicas de confecção de retalhos por via transnasal endoscópica. Entretanto, ainda não há consenso na literatura sobre as vantagens do uso de retalhos na cirurgia da atresia coanal para a prevenção de recorrências. Devido à controvérsias na literatura, quanto à melhor opção de tratamento destes casos, é preciso buscar evidência que oriente a tomada de decisão pela cirurgia que ofereça o menor índice de recorrência no tratamento da atresia coanal congênita. Com este objetivo, estudamos os resultados de uma série de 21 pacientes operados pela nossa técnica, para o tratamento cirúrgico da atresia coanal congênita, acompanhados por 6 mêses à 10 anos. Estes resultados foram analizados com os de outros autores selecionados por revisão sistemática da literatura. Foi realizado estudo destes dados com o objetivo de determinar a significância dos retalhos na diminuição do índice de recorrências. A análise estatística dos dados mostrou que a possibilidade de reestenose das técnicas com retalhos foi de 9,25% portanto, bem inferior aos 30,02% daquelas que não os utilizam. A taxa de sucesso de 90,75%, com uso de retalhos, também supera os 69,98% calculados para as técnicas quedispensam sua utilização. A chance de reestenose com a proteção dos retalhos é 23,7% do risco das técnicas sem retalhos, considerando o intervalo de confiança de 95%(IC95% [0,1370;04120]) e p<0,001. Estes resultados devem ser interpretados ressalvando-se as limitações de qualidade metodológica dos estudos disponíveis na literatura atual para a inclusão de seus dados nesta análise. Entretanto, apesar destes serem os únicos com que no momento podemos contar, eles corroboram os resultados isolados dos diferentes autores que utilizam retalhos para a correção cirúrgica da atresia coanal congênita os quais mostram que suas cirurgias proporcionam menores índices de reestenose. / Since the first report of surgical treatment, in the middle of the XIX century, different techniques and approaches have been described. However, there is still no consensus in the literature as to the ideal technique for managing this malformation. The main complication of surgeries for treatment of this malformation is choanal restenosis. The statistics of the indexes of restenosis vary in the literature from 9% to 36%, with an average of 4-6 re-operations per patient. The main surgical techniques use transnasal (endoscopic and microscopic) and transpalatal approaches. The choice between transnasal and transpalatine approaches and also whether to use stents or not in the postoperative period still remains controversial in the surgical management of choanal atresia. We previously described a new endoscopic technique for surgical correction of choanal atresia that eliminates the use of nasal stents or packing. The transeptal endoscopic approach we proposed and used in our series of 21 patients makes it possible to fashion flaps from the septal, nasal and pharyngeal mucosa of the atretic plates in order to cover the raw areas. These flaps were fixed with fibrin glue, dispensing with the need to use stents or nasal packing in all cases in this series. Excessive scar tissue, which is a frequent cause of synechia, was not observed, perhaps because there were practically no areas without mucosal flap protection. Due to conflicting data in the current literature, regarding the best surgical options, evidence is sought to orient decision making in choosing the best surgical technique for the treatment of congenital choanal atresia that will result in lower rates of restenosis. For this objective, we analised a serie of 21 pacients operated on using our technique with a follow up from 6 months to 10 years. These results were analyzed in comparison with those of other authors, selected by a systematic review of the literature. A statistical analysis was done with the objective of determining if the use of flaps fashioned from mucosa, as part of the surgical correction, diminished the number of recurrences. The statistical analysis showed that the possibility of failure of the flap techniques was 9.25% compared to 30.02% of those that did not use them. The success rate with the use of flaps was 90.75% compared to 69.98% without the use of flaps. The odds ratio of 0.2376 (IC95%[0.1370;0.4120]) confirmed that the chance of surgical failure of techniques with the use of flaps was 23.76% of that of the risk to those without the use of flaps. There is a statistical significance between low rates of failures and use of the flaps.These results should be interpreted considering the limitations in the quality of the studies due to the lack of availability of controlled, randomized and blind trials, as would be normally required for more valid statistical evidence. However, we can consider that they corroborate a general impression from different authors, which show that the use of mucosal flaps provides more successful surgery in the treatment of congenital choanal atresia. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/10017
Date24 February 2010
CreatorsCedin, Antonio Carlos [UNIFESP]
ContributorsUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Pignatari, Shirley Shizue Nagata [UNIFESP]
PublisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format74 p.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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