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Desenvolvimento de competências gerenciais em uma empresa brasileira em processo de internacionalização: uma abordagem fenomenológica

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Previous issue date: 2008-09-18 / The aim of this phenomenological/interpretative study was to understand and interpret the essence of managers experiences in developing competencies in a brazilian company doing international business. The intention was to highlight which meaning these managers give to the challenges faced in the global markets and how they transform these meanings at work. The objective was also to investigate the learning process that support the competencies development required for performance, and
explore the importance of their professional experiences lived for the success of their work. A phenomenological approach was used based on Sandberg (2000) proposal that considers the competence a result of the meaning each professional gives to the work. It was analyzed the seven managers experiences in a brazilian national food company during the process of internationalization. The lived experiences reported by the managers are exclusives but this study could identify similarities in the speeches, and in summary the professionals develop their abilities to work in a foreign country through
(a) their professional lived experiences in business, because no managers had formal training, courses or other initiatives lead by the company. It was important what has been lived and experienced in a foreign country, the adaptation, language and culture challenges faced which were used as learning for the international performance. Moreover, (b) the manner how each person drove their life history and professional career course, their personal battles and efforts were fundamental for a successful performance in international business , to confront a completely new environment and overcome unfamiliar situations. The results demonstrated that the essence of becoming competent in a foreign country happens in a gradual way, step by step. The passage for a phase of discomfort is the condition to get the second phase of reflection and comparison with the native country, until reach the phase of adaptation and assimilation, when the managers start to give efficient answers to cultural dilemmas. Immersed in a new culture, the work and the manager role get different meanings. Being competent in your native country does not mean being competent in a foreign
country. The professionals starts a change process due to the interaction with other social groups, they become more critics and are able to improve the managerial view and develop the capacity to face a diversity of situations. The competence development process happens through a internal process of reflection and self-mobilization after facing a new reality of work, clients, process, business, etc. The learning that supports the competence is the ability to understand the other, what makes possible to interpret e give meaning to their ways of thinking and acting. This comprehension provides a behavior change in the managers to feel accepted and inserted in a new context. The ability to understand what is hidden, to interpret attitudes and behaviors through the
time, takes the manager over new competencies to give answers to the problems faced, to obtain respect and credibility. And moreover, win professional self-esteem and selfconfident to have a better performance in the managerial role in foreign countries. / Trata-se de um estudo fenomenológico/interpretativista que teve por objetivo apreender e interpretar a essência da experiência dos gestores em desenvolver competências para atuar no exterior. A intenção foi descobrir qual o significado que atribuem a estes desafios impostos na conquista de mercados globais e de que forma este significado foi se traduzindo em ação nas suas práticas de trabalho. Buscou-se observar, também, os processos de aprendizagem que deram suporte para o desenvolvimento das competências desses gestores. Para atingir este objetivo recorreu-se a abordagem
interpretativista/fenomenológica dos estudos de competências, considerando, sobretudo, o modelo de Sandberg (2000), para quem a competência é decorrente do significado que o trabalho tem para o trabalhador. Sendo assim, foram analisadas as experiências vividas por sete gestores brasileiros no processo de internacionalização de uma empresa de alimentos nacional. Apesar de cada experiência vivida pelos gestores ser única, podese identificar as invariantes dos discursos, o que permitiu distinguir que, em linhas gerais, os profissionais desenvolvem as habilidades para atuar no exterior por meio de: (a) suas experiências profissionais vividas no dia-a-dia dos negócios, já que nenhum
deles passou por processos dirigidos de formação como treinamentos, cursos ou outro tipo de iniciativa mais formal por parte da empresa. Foram, sobretudo, suas vivências no exterior, o enfrentamento dos desafios da adaptação, da língua e da cultura que serviram como fonte primária de aprendizado para o seu desempenho internacional. Além disso, (b) suas histórias de vida e trajetória profissional, isto é, a maneira como cada individuo conduziu a sua experiência, suas batalhas pessoais e esforços, exerceu influência nas condições necessárias para ser bem sucedido no exterior, quando tiveram que enfrentar um ambiente totalmente novo e superar os desafios impostos por situações que não são familiares. Os resultados revelaram que a essência do fenômeno de tornar-se competente no exterior acontece de forma gradativa e evolutiva. A passagem por uma fase de desconforto inicial é condição para ir para a segunda fase de reflexão e comparação sobre as diferenças com o país de origem, até atingir a etapa de adaptação e assimilação, em que os gestores começam a aprender a dar respostas eficientes aos dilemas culturais vivenciados. Imersos em uma nova cultura, o trabalho e a função de gestor adquirem outros significados. Ser competente no seu país de origem não significa ser competente num país estrangeiro. A convivência com outros grupos sociais faz com que os profissionais iniciem um processo de mudança e tornem-se mais críticos, capazes
de desenvolver uma visão mais ampla da função gerencial, o que os capacita a conviver com uma diversidade de situações. O desenvolvimento de competências acontece,
portanto, por um processo interno de auto-mobilização e reflexão frente a uma nova realidade de trabalho, clientes, processos, negócios e etc. A aprendizagem que dá suporte à competência é a de entender esse outro, o que permite interpretar e dar significado aos seus modos de pensar e agir. Essa compreensão impulsiona uma mudança no comportamento dos gestores para que sejam aceitos, compreendidos e inseridos no novo contexto. A capacidade de entender o que está oculto, de decifrar atitudes e comportamentos ao longo do tempo, leva não só o gestor a adquirir competências para dar respostas aos problemas enfrentados, ganhar respeito e credibilidade, mas a conquistar uma auto-estima profissional e autoconfiança para desempenhar melhor a sua função gerencial em terras estrangeiras.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.mackenzie.br:tede/716
Date18 September 2008
CreatorsLisboa, Maria Silvia do Amaral
ContributorsBrunstein, Janette, Godoy, Arilda Schmidt, Espósito, Vitória Helena Cunha
PublisherUniversidade Presbiteriana Mackenzie, Administração de Empresas, UPM, BR, Administração
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie, instname:Universidade Presbiteriana Mackenzie, instacron:MACKENZIE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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