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Residência médica : a lógica de um processo de formação

Trata-se de um estudo exploratório, que através de revisão bibliográfica e análise de respostas obtidas por questionário, incursiona por um assunto ainda pouco estudado em nosso meio. São analisados aspectos sociais, culturais e econômicos que influenciam a escolha de uma especialidade médica, conhecida por Residência Médica, por parte de estudantes do sexto ano de duas faculdades de Medicina, em Porto Alegre e região metropolitana, no Rio Grande do Sul. Na confecção do questionário foram constituídas cinco grandes áreas de possível influência sobre os alunos, denominados: Tecnicismo/Biologicismo, Remuneração, Altruísmo/Ideologias, Influência Acadêmica e Influência Familiar. Entre os objetivos, correlacionou-se as opções mais pretendidas pelos alunos com as diretrizes e prioridades do MEC para a Residência Médica, bem como foram sugeridas propostas para contribuir no debate de aperfeiçoamento curricular e nas estratégias de maximização dos esforços de qualificação profissional nos espaços de formação e atuação médica. Responderam ao questionário 164 alunos do sexto ano da UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e ULBRA – Universidade Luterana do Brasil. Verificou-se que as áreas mais generalistas da Medicina, são menos pretendidas, em detrimento às áreas de subespecialização, sendo apresentada uma análise sobre este quadro. Existe uma tendência de predomínio de mulheres no curso médico, sendo que as especialidades de Cirurgia e Traumatologia /Ortopedia estão significativamente associadas com homens, enquanto que Pediatria, Medicina Interna e Pediatria estão associadas com mulheres. Encontrou-se uma associação positiva entre ter menos de vinte e cinco anos de idade e optar por Cardiologia ou Radiologia, bem como ter pais com nível superior e renda entre 11 e 20 salários mínimos e optar por Otorrinolaringologia. A grande maioria dos alunos (>96%) são brancos, solteiros e não possuem filhos. Conclui-se que são necessários mais esforços, por parte das instituições governamentais, para atrair a atenção dos jovens médicos, para a área da Atenção Primária. / This is an exploratory study that, through a bibliographic review and the analysis of answers obtained by questionnaire, sees into a subject that is still poorly studied in our sphere. We analyze the social, cultural and economic factors that influence the choice of a medical specialty, known as Medical Residency, by students who attend the sixth year in two Medical schools in Porto Alegre and its metropolitan region, in Rio Grande do Sul. Five major areas of possible influence on the students have been established when we conceived the questionnaire, which were: Technicism/Biologicism, Remuneration, Altruism/Ideologies, Academic Influence and Family Influence. Among the objectives, the most desired options by the students were correlated to the guidelines and priorities of MEC (Ministry of Education and Culture) for Medical Residency, and suggestions have been made as a contribution to the debate about curricular improvement and strategies for maximizing the efforts of professional qualification in the medical training and practicing spaces. One hundred and sixty-four students attending the sixth year on UFCSPA – Federal University of Health Sciences of Porto Alegre – and ULBRA – Lutheran University of Brazil – have answered the questionnaire. It has been noticed that the more generalist areas of Medicine are the least desired, to the detriment of the subspecialization areas, therefore an analysis on this scenario is presented. There is a tendency of women predominance in medical school, and the Surgery and Traumatology/Orthopedics specialties are significantly associated with men, whereas Pediatrics and Internal Medicine are associated with women. We found a positive association between being less than 25 years old and opting for Cardiology or Radiology, as well as having parents with higher education and income between 11 and 20 minimum wages and opting for Otorrinolaringology (ENT). The vast majority of students (> 96%) is white, unmarried and has no children. We conclude that further efforts by government institutions to attract the attention of young doctors to the Primary Care area are needed.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/30944
Date January 2010
CreatorsMuller, Paulo Roberto
ContributorsMoreira, José da Silva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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