O desenvolvimento urbano recente produziu cidades que frequentemente são inconsistentes com os princípios do crescimento sustentável. Devido ao alto índice de urbanização, ocorrem problemas recorrentes de mobilidade, poluição, carência de áreas verdes e altos custos de infraestrutura. Nesse contexto, a verticalização, tanto para o alto quanto o aproveitamento de espaços subterrâneos, tem o potencial de desenvolver cidades mais compactas e eficientes, reduzindo distâncias devido à maior concentração das funções. Em Porto Alegre, existem propostas em discussão que trazem o uso do subsolo como alternativa, a exemplo de inúmeros projetos pelo mundo onde os espaços subterrâneos são, muitas vezes, considerados atrativos e qualificados pela população. O grande limitador da utilização desses locais é a dificuldade de levar ao subsolo as condições de conforto ambiental e psicológico equivalentes às da superfície, principalmente em relação à forma como a luz é utilizada. Por isso, este trabalho visa levantar a percepção da iluminação em espaços subterrâneos de uma amostra da população de Porto Alegre, com objetivo de verificar o potencial de atratividade desses espaços no contexto local Utilizando a metodologia de estudo de campo, foram selecionadas três passagens subterrâneas na cidade para coletar dados sobre a percepção de uma amostra de usuários - homens ou mulheres, entre 15 e 65 anos - escolhidos de forma aleatória. O estudo considerou variáveis como iluminância, dimensões e revestimentos dos espaços, bem como o tempo de percurso dos usuários. Os dados foram organizados e analisados utilizando os softwares Microsoft Excel 2007, Word Art 2017 e Sigma Plot 13. A pesquisa concluiu que, alinhado com o encontrado na revisão da literatura, os espaços subterrâneos em Porto Alegre são percebidos como locais com características muito negativas. Apesar disso, a maioria dos usuários relatou não sentir falta de contato com o exterior e não se sentir enclausurada, possivelmente pelo fato de as estações serem locais pouco profundos e de fácil acesso à superfície. O estudo de como iluminar subsolos em clima subtropical ainda é incipiente, e espera-se, com este trabalho, ampliar o conhecimento sobre como os usuários de Porto Alegre percebem esses lugares, estimulando a criação de subsolos atraentes e que valorizem a iluminação, fator indispensável para a saúde e bem-estar. / Recent urban development has produced cities that are frequently inconsistent in regard to the principles of sustainable growth. Due to the high level of urbanization, problems pertaining to mobility, pollution, lack of green area and high infrastructure costs are frequent. In this context, verticalization – regarding the use of both elevated and underground spaces – has the potential of developing cities that are more compact and efficient, reducing distances due to a higher concentration of functions. In the city of Porto Alegre, Brazil, there are many proposals currently being discussed that address the use of the underground as an alternative, in light of countless projects around the world in which underground spaces are often considered attractive and valued by the population. The use of these spaces is greatly limited, however, by the difficulty of bringing to the underground the environmental and psychological comfort conditions that are equivalent to those of the surface, especially in relation to how light is employed. Therefore, this work aims to survey the perception of lighting in underground spaces of a sample of Porto Alegre’s population, with the objective of verifying the attractiveness potential of these spaces in the local context. Using a field study methodology, we selected three underground passages in the city in order to collect data on the perception of a sample of male or female users, aged 15 to 65 and chosen at random The study took into account variables such as illuminance, dimensions and protective layers of these spaces, as well as the journey time of the users. The data were organized and analyzed using Microsoft Excel 2007, Word Art 2017 and Sigma Plot 13. The study concluded that, aligned to the results reported in the literature, the underground spaces of Porto Alegre are perceived as having very negative aspects. Nonetheless, most users related not feeling any lack of contact with the outside space and not feeling trapped, possibly because the underground stations are not very deep places and with easy access to the surface. The subject of how to provide lighting to underground spaces in a subtropical climate is still incipient, and we hope, with this study, to contribute to the knowledge of how Porto Alegre’s users perceive these places, fostering the creation of attractive underground spaces and the valuing of lighting, which is essential to human health and wellbeing.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/180898 |
Date | January 2018 |
Creators | Franz, Eliane Cristina |
Contributors | Martau, Betina Tschiedel |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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