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Formas de ser um, de ser só : modos de sentir da dramaturgia brasileira contemporânea

Tomamos o trabalho de três dramaturgos brasileiros contemporâneos, a saber: Newton Moreno, Fernando Bonassi e Roberto Alvim e suas respectivas peças Dentro, Três cigarros e a última lasanha (em coautoria com Victor Navas) e Pinokio na tentativa de apreender/identificar, a partir de uma perspectiva de análise estética e histórica, o que seria a nossa contemporaneidade, entendida aqui nos termos do que o teórico britânico Raymond Williams, principal referência de nosso estudo, chamou de estrutura de sentimento: um conteúdo de experiência e de pensamento que, histórico em sua natureza, encontra formalização nas obras de arte. É a partir de uma análise que tencione as formas ou convenções dramatúrgicas criadas por cada um dos autores de nosso corpus, inclusive os desvios que operam em relação ao modelo aristotélico-hegeliano de drama, e o conteúdo histórico-social que se precipita nessas formas, orientado, segundo o entendimento de Fredric Jameson, pelas dinâmicas do capitalismo enquanto sistema econômico vigente, que buscamos identificar, ainda que em termos imprecisos, o que seria a nossa contemporânea estrutura de sentimento. Amparam a nossa análise, em sua perspectiva formal, os estudos mais recentes sobre a poética do drama moderno e contemporâneo, que têm em Jean-Pierre Sarrazac seu principal organizador. Assim, buscamos compreender estética e historicamente os dramaturgos propostos e suas dramaturgias, guiando-nos pelo pensamento dos teóricos citados; e, como objetivo último, nos lançamos na tentativa de discernir a estrutura de sentimento dominante de nossa época e suas relações com as estruturas dramatúrgicas criadas no nosso presente histórico. / We take the work of three contemporary Brazilian dramatists: Newton Moreno, Fernando Bonassi and Roberto Alvim and their respective plays Dentro, Três cigarros e a última lasanha (co-authored with Victor Navas) and Pinokio with the intend to see/identify, from an aesthetic‟s and historic‟s perspective of analysis, what is our contemporaneity, here understood by what the Britain theoretical Raymond Williams, our study‟s main reference, calls structure of feeling: a content of experience and thought which, historical in its own nature, it‟s embodied in art. From an analysis which puts in tension the dramaturgical forms or conventions created by each one of our corpus‟ authors, including the shifts they operate in Aristotelian-Hegelian drama standard, and the historical and social content that decants in these forms, guided, according to the Fredric Jameson‟s understanding, by the capitalist‟s dynamic as the present economic system, we intend to identify, even if in inaccurate terms, what is our contemporary structure of feeling. Support our analysis, in its formal perspective, the recent studies about modern and contemporary drama poetic, which have in Jean-Pierre Sarrazac its main organizer. Thus, we intend to understand aesthetically and historically the dramatists proposed and their dramaturgies, guiding ourselves by the above theoretical‟s thought; and, last but not at least, we throw ourselves in the attempt of distinguish the structure of feeling dominant in our time and its relations with the dramaturgical structures created in our historical present.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/122538
Date January 2015
CreatorsBrito, Nayara Macedo Barbosa de
ContributorsMassa, Clovis Dias
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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