A displasia coxofemoral é uma desordem do desenvolvimento da articulação coxofemoral canina, é uma das afecções ortopédicas mais usuais e acomete mais freqüentemente raças de grande porte. A análise objetiva da locomoção do cão através do sistema de baropodometria (Tekscan®) propicia informações sobre as forças de reação do solo que podem ser usadas para estudar membros com função normal e anormal. O objetivo deste presente estudo foi avaliar objetivamente a locomoção de cães displásicos e compará-la com a locomoção de cães normais. Para tanto foram formados 2 grupos, o grupo I composto por 10 cães hígidos das raças Rottweiler e Golden Retriever, após avaliação clínica e radiográfica, e o grupo II, formado por 20 animais adultos com evidência clínica e radiográfica de displasia coxofemoral, encaminhados ao Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais do HOVET FMVZ/USP. Os animais foram conduzidos sobre a plataforma de baropodometria, ao passo, do lado esquerdo do condutor a uma velocidade constante, semelhante entre os 2 grupos. Foram registradas 20 passagens para a formação do banco de dados das forças máximas verticais, impulsos verticais, e tempo de apoio dos membros torácicos e pélvicos dos cães com DCF e o mesmo para cães hígidos. Cinco passagens válidas foram utilizadas para análise estatística. Entre os cães as forças foram normalizadas de acordo como o peso corpóreo e expressas em porcentagem (%) de peso corpóreo (%PC). A média de tempo de apoio para membros torácicos e pélvicos do grupo I foi de 0,442 segundos ±0,09, e de 0,437 segundos ± 0,088, respectivamente. Nos animais do grupo II os valores foram 0,482 segundos ±0,002 para membros torácicos e 0,451 segundos ±0,006 para membros pélvicos. No grupo I a força pico vertical (FPV) e Impulso Vertical (IV) para membros torácicos foram de 44,03%PC ± 4,7 e 12,52 %PC/s ± 4,04, respectivamente e de 27,87%PC ± 4,5 e 7,88 %PC/s ± 2,9 para membros pélvicos. No grupo II os valores da FPV e IV para membros torácicos foram de 44,04%PC ± 6,7 e 13,08%PC/s ± 4,5, respectivamente. Para membros pélvicos o valor da média da FPV foi de 21,75%PC ± 5,7 e o valor da média do IV foi de 6,3%PC/s ± 2,7. Quando foi realizada a comparação estatísitca entre os valores de tempo de apoio para membros torácicos e pélvicos, FPV e IV de membros torácicos e pélvicos entre o grupo I e o grupo II houve diferença significante (P=0.062) apenas nos valores da FPV de membros pélvicos, sendo menor em cães displásicos. Isso indica uma menor força de apoio nos membros pélvicos dos animais portadores de DCF, durante a locomoção. Com esses resultados formou-se um banco de dados de valores de cães displásicos conduzidos ao passo que poderá servir em futuras avaliações de vários modelos de tratamento para displasia coxofemoral. / Hip dysplasia is a developmental disorder of the coxofemoral joint. The disease is one of most common orthopedics diseases and it is more common in large breed dogs. The objective gait analysis of the dog with pressure walkway measurement systems provided information about ground reaction forces that is used to study limbs with normal and abnormal function. The purpose of this study was to evaluate objective gait analysis of the dog with hip dysplasia and to compare with healthy dogs locomotion. Prior to study the dogs were put in 2 groups. Group I - composed for 10 healthy dogs after clinical and radiographic evaluation. Group II -formed for 20 dogs with hip dysplasia determined on the basis of results of complete physical and radiographic evaluation of the hip joints. The dogs were examined at the Small Animal Surgery Service - HOVET - FMVZ/USP. The animals were handled across force platform, at the walk, on the left side of the handler, at a constant speed. Twenty trials were recorded to database formation of peak vertical forces (PVF), vertical impulses (VI) and stance phase of forelimbs and hind limbs of the dogs with hip dysplasia and the same to healthy dogs. Five valid trials were obtained for statistical analysis. Among dogs, ground reaction forces were normalized and expressed as percentage of body weight (%BW). The average of stance phase for forelimbs and hind limbs of group I was 0,442 s ± 0,09, e 0,437s ± 0,088, respectively. In group II the values were 0,482 s ± 0,002 for forelimbs and 0,450 s ± 0,006 for hind limbs. In group I, the peak vertical force (PVF) and vertical impulse (VI) for forelimbs were 44,03%BW ± 4,7 and 12,52 %BW/s ± 4,04, respectively, and 27,87%BW ± 4,5 and 7,88 %BW/s ± 2,9 for hind limbs. In group II, the values of PVF and VI for forelimbs were 44,04%BW ± 6,7 e 13,08%BW/s ± 4,5,respectively. For hind limbs the average value of PVF 21,75%BW ± 5,7 and the average of VI was 6,3%BW/s ± 2,7. Peak vertical force was significantly decreased in hind limbs of group II when compared with group I (p=0.062). The other values of stance phase, PVF e VI for fore and hind limbs had no statistical difference. These values indicated decreased loading function in hind limbs of dogs with hip dysplasia, during the locomotion. The database of dogs with hip dysplasia, at the walk, was formed with these results and can be used in futures evaluations of various models of treatment for hip dysplasia.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-28052008-142722 |
Date | 19 March 2008 |
Creators | Oliveira, Renata Moris Domenico |
Contributors | Matera, Julia Maria |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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