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O dilema do crit?rio em Hegel : uma cr?tica a K. Westphal e uma proposta de aproxima??o com R. Chisholm

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Previous issue date: 2015-03-17 / This work intends to contribute to the discussion that occurs in analytic philosophy on the epistemology of Hegel, investigating the Dilemma of the criterion based on the interpretation of Hegelian response to it made by Westphal and suggesting possibilities of dialogue from the approach with the Chisholm. The Dilemma of the criterion relates to the arguments of Sextus Empiricus on the impossibility of deciding whether there is or not a Criterion of truth. The argument support that there is a circularity between demonstration and criterion, which branches to the contradictory requirement that the criterion is conditioned and unconditioned, and is based on the application of skeptical Trilemma of Agrippa. We agree with Westphal that Hegel faces the Dilemma of criterion to propose to verify the legitimacy of different conceptions of knowledge without presupposing a concept of knowledge as a criterion. However we consider his approach ambiguous to identify criteria that have been borne by Hegel. These criteria defined the coherence in pragmatic, internal and reflexive dimensions. In addition, Westphal points to several assumptions not shown in Hegel: a realism that assumes that coherence is only possible if there is correspondence, a trust in the capabilities and cognitive dispositions of consciousness, the idea of a common culture to unite the figures of consciousness, the readers of Phenomenology and Hegel himself and a teleological view of history. These theses are not integrated with fallibilism that Westphal attributes to Hegel and at the same time, they did not solve the Dilemma of criterion. These theses are interesting, also for its critical potential, but we believe that the essence of Hegel's response to the Dilemma of the criterion is in its immanent approach of justification that it is expressed in the Phenomenology in two methodological perspectives: phenomenological exposure and the dialectical phenomenology. This contains three steps: auto exposure of ontological and epistemological assumptions, reductio ad absurdum and determinate negation. All Phenomenology?s assumptions are submitted to an attempted reductio ad absurdum, and what all they assume is shown as absolute knowledge. This notion contains the elimination of the scission between knowledge and object and, with it, the scission between truth and justification, which underlies to transcendent approach to justification, presupposed by the Dilemma of the criterion and the epistemological approaches. Hegel's answer to the Dilemma of the criterion thus assumes an exhaustive reduction to absurd of all transcendent approaches and the legitimacy of the demonstration by refutation. From this, we propose some points of contact between the approach of Hegel and the Chisholm. Firstly, this author has a very restricted view of the nature of the criteria, which could be extended from Hegel's vision. Second, both Chisholm as his critics use forms of immanent approach that could be better respected, including their relationship with skepticism by a dialogue with Hegel. Third, the potential implicit in the Hegelian approach to knowledge could be further exploited through contact with the theoretical and language resources available in contemporary analytic epistemology. / Este trabalho pretende contribuir com a discuss?o que ocorre na filosofia anal?tica sobre a epistemologia de Hegel, investigando o Dilema do crit?rio a partir da interpreta??o que Westphal faz da resposta hegeliana a ele e sugerindo possibilidades de di?logo a partir da aproxima??o com a abordagem de Chisholm. O Dilema do crit?rio diz respeito aos argumentos de Sexto Emp?rico sobre a impossibilidade de decidir se h? ou n?o um crit?rio de verdade. O argumento sustenta que h? uma circularidade entre demonstra??o e crit?rio, decorrente da exig?ncia contradit?ria de que o crit?rio seja condicionado e incondicionado, e baseia-se na aplica??o do Trilema c?tico de Agripa. Concordamos com Westphal que Hegel enfrenta o Dilema do crit?rio ao propor-se verificar a legitimidade de diferentes concep??es de conhecimento sem pressupor um conceito de conhecimento como crit?rio. Mas consideramos sua abordagem amb?gua, ao identificar crit?rios que teriam sido assumidos por Hegel. Esses crit?rios definiriam a coer?ncia nas dimens?es pragm?tica, interna e reflexiva. Al?m disso, Westphal aponta diversos pressupostos n?o demonstrados em Hegel: um realismo que sup?e que a coer?ncia s? ? poss?vel se h? correspond?ncia, uma confian?a nas capacidades e disposi??es cognitivas da consci?ncia, a tese de uma cultura comum a unir as figuras da consci?ncia, os leitores da Fenomenologia e o pr?prio Hegel e uma vis?o teleol?gica de hist?ria. Essas teses n?o se integram com o falibilismo que Westphal atribui a Hegel e, ao mesmo tempo, tornam n?o resolvido o Dilema do crit?rio. Consideramos essas teses interessantes, inclusive pelo seu potencial cr?tico, mas acreditamos que o essencial da resposta hegeliana ao Dilema do crit?rio est? em sua abordagem imanente da justifica??o, que na Fenomenologia expressa-se em duas perspectivas metodol?gicas: a exposi??o fenomenol?gica e a fenomenologia dial?tica. Esta cont?m tr?s passos: autoexposi??o dos pressupostos ontol?gicos e epistemol?gicos, redu??o ao absurdo e nega??o determinada. Todos os pressupostos da Fenomenologia s?o submetidos a uma tentativa de redu??o ao absurdo, e o que todos eles pressup?em evidencia-se como saber absoluto. A no??o de saber absoluto cont?m a elimina??o da cis?o entre saber e objeto e, com ela, da cis?o entre verdade e justifica??o, que subjaz ? abordagem transcendente da justifica??o, pressuposta pelo Dilema do crit?rio e pelas abordagens epistemol?gicas. A resposta hegeliana ao Dilema do crit?rio, assim, pressup?e uma redu??o ao absurdo exaustiva de todas as abordagens transcendentes e a legitimidade da demonstra??o por refuta??o. A partir disso, propomos alguns pontos de contato entre a abordagem de Hegel e a de Chisholm. Em primeiro lugar, esse autor tem um ponto de vista bastante restrito sobre a natureza dos crit?rios, que poderia ser alargado a partir da vis?o de Hegel. Em segundo lugar, tanto Chisholm como seus cr?ticos utilizam formas da abordagem imanente que poderiam ser mais bem conceituadas, inclusive em sua rela??o com o ceticismo, mediante um di?logo com Hegel. Em terceiro lugar, a potencialidade impl?cita na abordagem hegeliana do conhecimento poderia ser mais bem explorada atrav?s do contato com os recursos te?ricos e lingu?sticos dispon?veis na epistemologia anal?tica contempor?nea.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.pucrs.br:tede/5922
Date17 March 2015
CreatorsGaboardi, Ediovani Antonio
ContributorsLuft, Eduardo
PublisherPontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia, PUCRS, Brasil, Faculdade de Filosofia e Ci?ncias Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-1441514414422910841, 600, 600, 600, 1531447313960029988, -672352020940167053

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