Orientador: Heloisa Gagheggi Ravanini Gardon Gagliardo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T23:22:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A institucionalização é considerada uma medida de proteção às crianças que se encontram em condição de risco e vulnerabilidade social. No entanto, o afastamento da família e as condições oferecidas pelos abrigos podem interferir no desenvolvimento físico e emocional saudável. Durante a primeira infância ocorre um intenso desenvolvimento de habilidades e aquisição de conhecimentos essenciais para os avanços desenvolvimentais. Considerando que nesse período, há significativa interação entre as características biológicas e as experiências ambientais, que intervirão no desenvolvimento da criança, este estudo teve por objetivo descrever o perfil de crianças institucionalizadas e o seu desenvolvimento. Para atender esse propósito, definiu-se como objetivos específicos: caracterizar as crianças; caracterizar o contexto institucional; e avaliar o desenvolvimento de crianças de 2 a 24 meses de idade. Delineou-se como estudo seccional e descritivo. Os sujeitos da pesquisa constituíram dois grupos: a) três coordenadores institucionais; b) 16 crianças na faixa etária entre 2 e 24 meses, de ambos os sexos, nascidas a termo ou pré-termo, e que estavam institucionalizadas em abrigos há mais de dois meses. Aos coordenadores institucionais foram aplicados dois questionários, elaborados especificamente para o estudo. O primeiro levantou dados referentes às características institucionais e o segundo sobre as características pessoais das crianças, complementado por consulta aos prontuários institucionais. Para avaliação do desenvolvimento infantil foi utilizado o roteiro da "Vigilância do desenvolvimento da criança de 2 meses a 2 anos de idade", proposto pelo Manual para Vigilância do Desenvolvimento Infantil no Contexto da Atenção Integrada das Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). Os dados levantados foram registrados em planilhas do programa Microsoft Excel, cujos resultados foram apresentados em tabelas e quadros. Os resultados mostraram que em relação às características pessoais das 16 crianças participantes, a média de idade foi de 10,38 meses, 62,5% era do sexo feminino e 68,8% era da cor branca. Muitas crianças apresentaram problemas de saúde ao nascer e no momento da coleta de dados. O principal motivo de institucionalização foi a violência doméstica (negligência) e grande parte das crianças estava institucionalizada desde o primeiro mês de vida. A maioria das crianças com problemas de saúde ao nascer eram filhas de mães usuárias de substância psicoativa durante a gestação ou prematuras. Verificou-se que todos os três abrigos eram compostos por uma equipe técnica multiprofissional e ofereciam atividades lúdicas de caráter pedagógico. O resultado da avaliação infantil apontou que 50% das crianças participantes apresentou possível atraso no desenvolvimento, sendo a linguagem a área com maior defasagem. Alerta para as crianças maiores de 12 meses, que foram as que apresentaram pior desempenho. Ao considerar o histórico pregresso e o contexto da criança institucionalizada, destaca-se a importância da qualidade do cuidado, a fim de minimizar os fatores de risco oferecidos pelo ambiente e contribuir para a promoção do seu desenvolvimento / Abstract: Institutionalization is considered a measure of protection to children who are in a vulnerable condition, however, the separation from family and the shelter¿s conditions may interfere with a child¿s healthy development. During infancy there is intense skill development and knowledge acquisition essential to developmental advances. During this period there is a significant interaction between biological characteristics and environmental experiences that impacts child development. This study aims to describe the institutionalized children profile and their development. In order to elaborate on this topic, specific objectives were established, such as: to characterize children; to characterize the institutional context; and to evaluate the child¿s development between ages 2 and 24 months old. It is outlined as a cross-sectional and descriptive study. The study consists of individuals in two groups: a) three institutional directors, and b) 16 institutionalized children aged between 2 and 24 months old. The first lifted data is from institutional characteristics and the second about the children¿s characteristics, complemented by checking their institutional files. The script of "Child Development Vigilance from 2 Months to 2 Years Old", proposed by the Manual for Child Development Vigilance in the Context of Integrated Management of Childhood Illnesses was used to evaluate the children¿s development. The data collected was registered in Microsoft Excel, whose results were presented in tables and charts. The results showed that in relation to the personal characteristics of the 16 participating children, the average age was 10.38 months, 62.5% were female and 68.8% were caucasian. Many children had health problems at birth and at the time of data collection. The main reason for institutionalization was domestic violence (negligence) and most of the children were institutionalized since the first month of life. Most children with health problems at birth were children of psychoactive substance users during pregnancy or were premature. It was found that all the shelters were composed of a multidisciplinary technical team and offered ludic activities with pedagogical characteristics. The result of evaluation indicated that 50% of the participating children had possible developmental delay, with language being the area with greatest lag. Greatest risk was shown in children older than 12 months, who exhibited the worst performance. Considering the past history and the context of institutionalized child, this study highlights the importance of quality of care in order to minimize the risk factors provided by the environment and contribute to the promotion of development / Mestrado / Interdisciplinaridade e Reabilitação / Mestra em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/309627 |
Date | 26 August 2018 |
Creators | Favilla, Marcela, 1986- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Gagliardo, Heloisa Gagheggi Ravanini Gardon, 1958-, Françoso, Maria de Fatima de Campos, Vitta, Fabiana Cristina Frigieri de |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 83 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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