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Éche o que hai! Um estudo sobre os dativos interacionais galegos / Éche o que hai! A study on the Galician interactional datives.

Enquanto pronomes que vão além da codificação dos participantes de um evento denotado pelo verbo, os dativos interacionais codificam os interlocutores de uma interação no evento de fala. O objetivo desta pesquisa é descrever os processos semântico-pragmáticos envolvidos no uso dos dativos interacionais galegos. Para isso, baseei-me nos estudos de Jakobson (1936), Janda (1988, 1993), Langacker (1987, 2008), Wierzbicka (1988), entre outros, para descrever o processo de conceitualização de um evento marcado pelo caso dativo, definir um protótipo para o caso dativo e descrever algumas de suas extensões semânticas partindo do modelo teórico da Gramática Cognitiva (Langacker, 1987, 1991, 2008), da Teoria dos Protótipos (Rosch, 1973, 1978, 1999) e das discussões sobre extensões semânticas via processos de metáfora e metonímia (Lakoff, 1897; Lakoff e Johnson, 1980; Evans e Green, 2006). Os dados utilizados nesta pesquisa vieram de corpora informatizados, o TMILG Tesouro Medieval Informatizado da Lingua Galega e o TILG Tesouro Informatizado da Lingua Galega, e de gravações e anotações feitas de interações com falantes de galego. A partir desses dados, foi elaborada uma pesquisa on-line para verificar as possibilidades de usos e interpretações dos dativos interacionais. Esta dissertação mostra duas funções dos dativos interacionais: o dativo interacional de interesse e o dativo interacional de solidariedade. Ambos mapeiam a relação semântica do caso dativo para a esfera do ato de fala e se referem aos interlocutores da interação, mas o fazem de forma diferente. Enquanto o dativo de interesse indica a afetação indireta ou uma avaliação sobre o evento narrado, o dativo de solidariedade atua como um convite para o destinatário se envolver com o conteúdo do enunciado (Janda, 1988, 1993; Maldonado, 1994; Álvarez, 1997; Fried, 2011). Ao utilizar os dativos interacionais, o falante estabelece relações entre um dos interlocutores e o evento narrado. Desse modo, os pronomes dativos também podem ser marcadores de (inter)subjetividade que selecionam um participante da fala como um colaborador ou um compartilhador de opinião (Traugott, 2009; Haddad, 2013). / As pronouns that go beyond the codification of participants in an event denoted by a verb, interactional datives encode the interlocutors of an interaction in the speech event. The main goal of this thesis is to describe the semantic-pragmatic processes involved in the use of Galician interactional datives. To do so, I have employed the works of Jakobson (1936), Janda (1988, 1993), Langacker (1987, 2008), Wierzbicka (1988), among others, in order to describe the process of conceptualizing an event marked by the dative case, to define the prototype associated with the dative case and to describe some of its semantic extensions, based on the Cognitive Grammar framework (Langacker, 1987, 1991, 2008), Prototype Theory (Rosch, 1973, 1978, 1999), and discussions on semantic extensions through metaphor and metonymy (Lakoff, 1897, Lakoff and Johnson 1980, Evans and Green, 2006). The data under analysis are from TMILG Medieval Treasury Computerized of Galician Language and TILG Treasury Computerized of Galician Language, and from recordings and notes collected in interactions with Galician native speakers. An online reading test was developed as to verify the possibilities of uses and interpretations of interactional datives. In this thesis, I claim the functions of Galician interactional datives are twofold: the interactional dative of interest and the interactional dative of solidarity. Both functions map the semantic relationship of the dative case onto the sphere of the speech act and refer to the interlocutors of the interaction, but in rather different ways. While the dative of interest indicates indirect affectation or an evaluation of the narrated event, the dative of solidarity acts as an invitation for the addressee to get involved with the content of the utterance (Janda, 1988, 1993, Maldonado, 1994; Álvarez, 1997; Fried, 2011). In using interactional datives, the speaker establishes a relationship between one of the interlocutors and the narrated event. In this way, dative pronouns can also be considered (inter)subjectivity markers, which select a speech participant as a collaborator or opinion sharer (Traugott, 2009; Haddad, 2013).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-19022018-125000
Date22 August 2017
CreatorsCecilia Farias de Souza
ContributorsEvani de Carvalho Viotti, Rosário Alvarez Blanco, Xoán Carlos Lagares Diez, Thomas Daniel Finbow
PublisherUniversidade de São Paulo, Lingüística, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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