Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Departamento de Economia, Programa de Pós-Graduação em Economia, 2012. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-09-18T12:56:05Z
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2012_CristianeSoares.pdf: 1811075 bytes, checksum: 9de73be30195354dac3e905f25d0e550 (MD5) / Desde quando foi publicado, em 1979, o modelo de Thirlwall tem se confirmado como importante teoria para explicar o crescimento dos países. Na versão original, o autor chega ao resultado de que a taxa de crescimento consistente com o equilíbrio do balanço de pagamentos, dada pela razão entre a taxa de crescimento das exportações e a elasticidade-renda da demanda por importações, é um bom preditor da taxa de crescimento da economia. A evidência empírica tem dado suporte a esse resultado que se convencionou chamar de Lei de Thirlwall. Entretanto, o modelo tem passado por algumas revisões, cujas extensões têm contribuído para dar um caráter mais realista ao mesmo e condizente com as estratégias de desenvolvimento desequilibrado e/ou desigual. Uma dessas novas abordagens foi introduzida por Araújo e Lima (2007) que, a partir do arcabouço pasinettiano, deriva a versão multissetorial da Lei de Thirlwall. Por ser uma abordagem recente, existem poucos estudos que abordam o assunto no contexto empírico. Nesse sentido, seguindo uma abordagem estruturalista, o presente estudo analisa a LT multissetorial para o caso brasileiro a partir de duas bases de dados: uma trimestral, cujas exportações estão desagregadas de acordo com as categorias de uso e fator agregado e outra anual, que está organizada por setores de acordo com os níveis de intensidade tecnológica. No caso da primeira base, para a estimação das elasticidades, são utilizadas as técnicas econométricas de cointegração e de vetor auto-regressivo com defasagens distribuídas e mecanismo de correção de erro; para a segunda, se utiliza a técnica de estimação em painel. Mais do que confirmar sua validade, destacamos ainda outros aspectos do modelo multissetorial como a questão da causalidade; o impacto diferenciado do câmbio nos setores, o que de certa forma interfere na estrutura produtiva e a inserção brasileira no comércio internacional como, por exemplo, no contexto dos BRICS. Analisamos também o processo de desindustrialização no Brasil numa perspectiva teórica e empírica. Assim como ressaltam McCombie e Thirlwall (1994), há uma forte relação entre o desenvolvimento sob restrição externa do setor industrial e da economia como um todo, sendo a primeira lei de Kaldor o componente que faz essa conexão. Nesse sentido, inicialmente buscamos testar as três leis de Kaldor para avaliar em que medida a indústria nacional tem sido o motor de crescimento. Posteriormente, aplicamos a metodologia de Rowthorn e Ramaswamy (1999) com o intuito de identificar os principais determinantes da desindustrialização no caso brasileiro. Os resultados indicaram que o País não tem seguido um modelo de crescimento impulsionado pelas exportações e que a política cambial tem afetado negativamente a produção industrial que, somado ao cenário externo de elevação dos preços das commodities, tem favorecido as exportações de produtos primários em detrimento da exportação de produtos manufaturados. Além do efeito do câmbio sobre a estrutura produtiva e pauta exportadora, concluímos que o país apresenta ainda uma elevada elasticidade da demanda por produtos industrializados, configurando uma desindustrialização precoce e que as principais fontes da desindustrialização estão associadas à queda nos preços relativos e à redução da taxa de investimento. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Since Thirlwall’s model was first published, in 1979, it has been confirmed as an important theory to explain economic growth. According to the original version, the result shows that the growth rate consistent with balanced trade, given by the ratio between export growth rate and income elasticity of demand for imports, is a good predictor for the actual economic growth rate. Empirical evidence has supported this result, which has been known as Thirlwall's Law. However, the model has been reviewed and re-interpreted in a context of unbalanced and/or uneven development, which has given it a more realist feature. One of these new approaches was introduced by Araujo and Lima (2007) that, from the Pasinettian framework, derives the multi-sector version of Thirlwall's Law. Being a recent approach, there are few studies that address the subject in the empirical context. In this vein, according to the structuralist approach, we analyze the multi-sector Thirlwall's Law for the Brazilian case from two databases: the first shows quarterly data, whose exports are disaggregated according to categories of use and aggregate factor and the second shows annual data organized by sectors according to different levels of technological intensity. To estimate the elasticities, we adopt the techniques of cointegration and vector autoregressive distributed lags (ARDL) with error correction mechanism (ECM) in case of the first database and panel data techniques for the second one. More than confirm its validity, we point out yet other aspects of the model, such as causality relations, the effects of real exchange rate (RER) in the sectors, which somehow interferes in the production structure and the inclusion of Brazil in the international trade, for instance, in the context of BRICS. We also analyze the process of de-industrialization in Brazil according to the theoretical and empirical approach. As emphasized by McCombie and Thirlwall (1994), there is a strong relationship between development in the industrial sector and the economy as a whole in the context of BPC, which is determined by the first law of Kaldor. In this vein, initially we test the three laws of Kaldor to assess the extent to which the domestic industry has been the engine of growth. After, we apply the methodology of Rowthorn and Ramaswamy (1999) in order to identify the main determinants of de-industrialization in the Brazilian case. The results show that the country does not have followed a model of export led growth and the exchange rate policy has negatively affected the industrial production which, coupled with the external environment of rising commodity prices, has favored exports of primary products followed by a reduction on exports of manufactured products. Beyond the effects of real exchange rate on the structure of production and export, we conclude that the country still has a high elasticity of demand for industrial products, setting an early de-industrialization. And the main sources of de-industrialization are associated with the falling in the relative prices and the reduction of the investment rate.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/11214 |
Date | 16 May 2012 |
Creators | Soares, Cristiane |
Contributors | Teixeira, Joanílio Rodolpho |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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