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Previous issue date: 2013-08-02 / Introdução: O Serviço social entra oficialmente para o rol de profissões da saúde com a resolução do ministério da saúde nº 218/97. Esse reconhecimento da profissão perpassa um processo histórico, marcado pelas condições históricas nas quais a saúde pública se desenvolveu no Brasil e pelo reconhecimento social da profissão. Dentro da intervenção do Serviço Social na saúde, encontramos um novo campo de atuação que é o da nefrologia, uma atuação que, nos centros de Terapia Renal Substitutiva (TRS), possui um respaldo legal, sendo um reconhecimento da importância dos assistentes sociais na composição das equipes mínimas de atenção ao usuário com Doença Renal Crônica (DRC) em TRS. A associação entre fatores socioeconômicos e incidência e prevalência de DRC está bem determinada na literatura. Indubitavelmente, a etnia é o fator social mais estudado no que diz respeito à incidência e prevalência da DRC. Apenas recentemente, fatores educacionais têm sido abordados com relação à DRC, analisando a importância do autoconhecimento da patologia e a melhora dos desfechos. Um problema frequentemente abordado é a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, tanto em países desenvolvidos, com modelos de sistemas de saúde que não são universais, como nos Estados Unidos, quanto em países em desenvolvimento, com populações com baixo nível socioeconômico, como o Brasil. Fatores como o gênero também tem sido abordados em poucos estudos, com mulheres tendo maior incidência de DRC. Quando avaliamos a influência desses mesmos fatores na progressão da DRC, há apenas escassos e fragmentados estudos que avaliam a questão, e vemos claramente que os estudos que avaliam a progressão da DRC abordam prioritariamente fatores biológicos. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil social dos usuários com doença renal crônica pré-dialítica nos estágios 3, 4 e 5, como também avaliar o impacto das variáveis socioeconômicas na progressão da DRC pré-dialítica nos estágios estudados. Usuários e Métodos: Foi feito um estudo de coorte retrospectivo, período de acompanhamento de janeiro de 2002 a dezembro de 2009. As variáveis analisadas foram sociodemográficas, clínicas e laboratoriais. Os critérios de inclusão: usuários com mais de 18 anos de idade, DRC estágios 3A, 3B, 4 e 5, acompanhados por mais de três meses. Análise Estatística: Os usuários foram divididos de acordo com a vulnerabilidade social (VS). Para calcular a VS, foram utilizadas três técnicas estatísticas em seqüência, análise fatorial, análise de cluster (Cluster) e análise discriminante. Os dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais foram avaliados para cada grupo de VS. Foi realizada uma análise descritiva dos dados, expressos em média ± desvio padrão, mediana ou percentagem, de acordo com a característica da variável. Para avaliar a normalidade, utilizamos o teste de Kolmogorov-Smirnov. Diferenças entre os grupos foram analisadas pelo teste t para amostras independentes ou o teste de Wilcoxon para as comparações não-paramétricas. Um teste de χ2 foi usado para variáveis categóricas. A sobrevida foi analisada com curvas de sobrevida de Kaplan-Meier. O desfecho foi mortalidade ou iniciar a terapia renal substitutiva (TRS), analisadas por uma regressão de Cox. Resultados: Foram avaliados 209 usuários, acompanhados por um período de 7 anos, 29,4% foram classificados como vulneráveis. Não observamos diferença na mortalidade entre os usuários vulneráveis e não vulneráveis (log rank: 0,23), o que também ocorreu quando o resultado foi TRS (log rank: 0,17). No modelo de regressão de Cox, risco relativo (RR) e intervalo de confiança (IC) para o impacto da VS sobre a mortalidade, não ajustado foi RR: 1,87 (IC: 0,64-5,41) e, após RR ajustado: 1,47 (C1: 0,35-6,0). Quando analisamos o impacto da VS em TRS, observamos o R RR não ajustado: 1,85 (IC: 0,71-4,8) e RR ajustado: 2,19 (CI :0.50-9 0,6). Conclusão: A VS não apresentou impacto nos desfechos óbito e TRS. O acesso aos cuidados de saúde, no Brasil, apesar de suas características universais, tem barreiras sociais no acesso ao tratamento especializado. Acreditamos que os usuários passaram pelas barreiras sociais impostas para o
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acesso a cuidados especializados (viés de seleção). Nosso estudo apresenta limitações, já que não nos permite comprovar a eficácia de uma intervenção interdisciplinar, uma vez que o desenho do estudo adotado (coorte retorspectiva) não nos permite avaliar o impacto da aborgadem interdisciplinar, pois a coleta dos dados ocorreu após a intervenção da equipe.No entanto, o presente estudo é o primeiro a avaliar a VS em usuários com DRC em pré-diálise, por um período de acompanhameto de sete anos. / Introduction: The Social Work officially enter the ranks of health professions with the resolution of the Ministry of Health No. 218/97. This recognition of the profession goes through a historical process marked by the historical conditions in which public health was developed in Brazil and the social recognition of profession. Inside Social Service Health, found a new playing field that is nephrology, a performance that, in the centers of Renal Replacement Therapy (RRT), has a legal backing, and a recognition of the importance of social workers in the composition teams minimal attention to patient with Chronic Kidney Disease (CKD) in TRS. The association between socioeconomic factors and incidence and prevalence of CKD is well established in the literature. Undoubtedly, the ethnicity is the most studied social factor with regard to the incidence and prevalence of CKD. Only recently, educational factors have been addressed with respect to CKD, analyzing the importance of self-pathology and improves outcomes. An issue often discussed is the difficulty of access to health services, both in developed countries, with models of health systems that are not universal, as in the United States and in developing countries with populations with low socioeconomic status, as Brazil. Factors such as the genre has also been addressed in a few studies, with women having higher incidence of CKD. When we evaluated the influence of these same factors in the progression of CKD, there is only scarce and fragmented studies evaluating the issue, and we see clearly that studies evaluating the progression of CKD deal primarily biological. The aim of this study was to characterize the social profile of users with chronic kidney disease pre-dialysis stages 3, 4 and 5, as well as assess the impact of socioeconomic variables on the progression of CKD pre-dialysis stages studied. Patients and Methods:: We conducted a retrospective cohort study, follow-up period from January 2002 to December 2009. The variables were sociodemographic, clinical and laboratory. Inclusion criteria: users over 18 years of age, CKD stages 3A, 3B, 4 and 5, accompanied by more than three months. Statistical Analysis: The users were divided according to social vulnerability (SV). To calculate the VS, we used three statistical techniques in sequence, factor analysis, cluster analysis (Cluster) and discriminant analysis. The demographic data, clinical and laboratory data were evaluated for each group of VS. We performed a descriptive analysis of the data, expressed as mean ± standard deviation, median, or percentage, according to the characteristic of the variable. To assess normality, we used the Kolmogorov-Smirnov test. Differences between groups were analyzed by t test for independent samples or the Wilcoxon test for nonparametric comparisons. A χ2 test was used for categorical variables. Survival was analyzed with survival curves of Kaplan-Meier. Cox regression was performed to examine the impact of SV on the outcomes. Results. We evaluated 209 patients cared for a period of 7 years, 29.4% were classified as vulnerable. There were no differences in mortality among the vulnerable and non-vulnerable users (log rank: 0.23), which also occurred when the result was TRS (log rank: 0,17). In the Cox regression model, hazard ratio (HR) and confidence interval (CI) for the impact of VS on mortality was not adjusted HR: 1.87 (CI: 0.64 to 5.41) and after adjusted HR: 1.47 (C1: 0.35 to 6.0). When we analyze the impact of VS on TRS, observe the HR and CI, unadjusted HR: 1.85 (CI: 0.71 to 4.8) and adjusted HR: 2.19 (CI:0.50-9 0.6) . Conclusion: VS showed no impact on mortality outcomes and TRS. Access to health care in Brazil, despite its universal features, have social barriers in access to specialized treatment. We believe that users spent by social barriers imposed for access to specialized care (selection bias). Our study has limitations, as it does not allow us to prove the effectiveness of an interdisciplinary intervention, since the method adopted (retrospective cohort) did not allow us to evaluate the impact of an interdisciplinary approach, because data collection occurred
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after the intervention team. However, the present study is the first to evaluate the VS in users with CKD pre-dialysis, for a follow-up period of seven years.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1419 |
Date | 02 August 2013 |
Creators | Tirapani, Luciana dos Santos |
Contributors | Fernandes, Natália Maria da Silva, Pinheiro, Hélady Sanders, Bastos, Marcus Gomes, Arbex, Sandra Hallack, Grincenkov, Fabiane Rossi dos Santos |
Publisher | Universidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira, UFJF, Brasil, Faculdade de Medicina |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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