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Educação Ambiental no ensino em alternância: contribuições da Escola Família Agrícola de Jaguaré na construção do paradigma socioambiental

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Previous issue date: 2017-04-07 / A questão ambiental é fundamental para a sociedade, pois o planeta e seus habitantes dependem da relação estabelecida com a natureza. A origem da Educação Ambiental está nos movimentos Ecológicos que contestavam a sociedade capitalista industrial de consumo na década de 1960. Assim como a Educação Ambiental, a Educação do Campo surge dos movimentos sociais, da mobilização da sociedade civil contra um modelo econômico excludente e degradador. No bojo da Educação do Campo nasce a Escola do Campo que vem em defesa de uma educação que assuma seu papel social contemplando os ideais e necessidades do povo camponês. Seguindo essas vertentes, a pesquisa teve o objetivo de avaliar as contribuições que a Escola Família Agrícola de Jaguaré oferece para a concretização da Educação Ambiental Crítica, Transformadora e Emancipatória especificando (1) as dimensões pedagógica, institucional e socioambiental na qual está inserida; (2) quais são as propostas curriculares para a Educação Ambiental na EFA; (3) e as contribuições históricas e atuais do ensino em alternância para a formação socioambiental das comunidades do campo. Adotou-se o método de pesquisa qualitativa do tipo etnográfica, investigando as ações realizadas na Escola Família Agrícola de Jaguaré. Participaram da pesquisa estudantes, professores/monitores, diretor e ex-alunos da escola respondendo as entrevistas semiestruturadas. Os resultados da investigação apontam que grande parte dos produtores rurais utiliza técnicas convencionais de produção, incluindo o agrotóxico, o que acarreta em prejuízos ao ambiente. Em contrapartida, a Escola Família Agrícola de Jaguaré tem investido na conscientização socioambiental desde seus primórdios na escola e comunidade para que sejam minimizados os impactos acarretados por esse tipo de manejo. Além disso, almeja-se a formação integral de jovens agricultores que trabalhem com consciência e responsabilidade ambiental. Os desafios apontados são a falta da participação familiar nas lutas pelos interesses do campo, na valorização da educação de seus filhos, principalmente no reconhecimento técnico do trabalho na propriedade da família. Percebeu-se também o desinteresse de muitas comunidades e órgãos públicos em adotar medidas que valorizem a manutenção do meio socioambiental. Além disso, o pouco investimento que é feito por órgãos públicos na Escola Família Agrícola, por ser uma instituição filantrópica, também minimiza as potencialidades do ensino. Os resultados sinalizam a necessidade de maiores investimentos e reconhecimentos institucionais, além da realização de atividades que permitam a aproximação da escola às propriedades que ainda encontram resistência quanto ao uso de práticas sustentáveis.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/8381
Date07 April 2017
CreatorsCOELHO, F. T.
ContributorsMANCIO, D., PRADO, G. M., SANTOS, F. N.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Ensino na Educação Básica, Programa de Pós-Graduação em Ensino na Educação Básica, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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