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UMA PROFESSORA POMERANA E SUA COMUNIDADE

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Previous issue date: 2016-07-22 / Esta dissertação está vinculada à linha de pesquisa Cultura Currículo e Formação de Educadores do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e foi desenvolvida de forma articulada ao Grupo de Pesquisa (CNPq) Culturas, Parcerias e Educação do Campo. A investigação foi realizada na comunidade de Alto Santa Maria, município de Santa Maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo/Brasil, onde se deu o processo de socialização docente da professora Marineuza Plaster Waiandt. Investigaram-se as lutas pelo direito social à educação escolar em uma Comunidade Tradicional Pomerana (Decreto nº 6.040/2007). Entre outros aspectos, analisa-se a comunidade a partir do conceito de resistência de Freire (1996), que consiste basicamente em não se calar diante de situações de negação de direitos. Com relação à educação escolar, os resultados apontam para os benefícios de a professora se autoidentificar como membra do
Povo Tradicional Pomerano. Quando isso ocorre, favorece-se o processo educativo possibilitando a construção de uma Educação para e com a Comunidade (BUBER, 1987). Assim, discute-se o processo de construção e manutenção das relações dessa professora com aquele contexto social, bem como o que isso representa para as lutas coletivas em favor da educação na comunidade. Com base na abordagem qualitativa em educação (LUDKE e ANDRÉ, 1986; FICHTNER et al, 2013), a entrevista narrativa traz benefícios à pesquisa no sentido de buscar junto à comunidade e à professora os dados para aprofundamento de análise sobre o problema central dos estudos realizados: como se constrói a relação profissional da professora pomerana dentro da sua comunidade tradicional? Em relação às noções de conflito, luta pela educação e definição de Comunidade Tradicional, buscam-se bases teóricas em Brandão (2003; 2012); para a definição de comunidade, conta-se
com contribuições de Buber (1987); com Paulo Freire (1996; 1999; 2005), discutimos o conceito de relação, compreendido como diálogo. Pode-se afirmar que a conquista de professores/as pomeranos/as na comunidade foi o resultado da luta coletiva dos pomeranos/as pelo direito à educação escolar. A comunidade promove resistências à escola padronizada pelo Estado e busca incessantemente uma educação que atenda aos interesses campesinos. A comunidade dispensa atenção especial aos anos iniciais de escolarização, destacando o/a professor/a bilíngue português/pomerano como fator relevante para socialização das crianças ao ambiente escolar.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/8586
Date22 July 2016
CreatorsKOELER, E.
ContributorsULRICH, C. B., LEITE, J. L., Gerda Margit Schutz Foerste, FOERSTE, E.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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