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Bangüês, engenhos centrais e usinas: o desenvolvimento da economia açucareira em São Paulo e a sua correlação com as políticas estatais (1875-1941) / Sugar cane plantations, central sugar mills and manufactories: the sugar economy development in the state of São Paulo and the public policies between 1875-1941

Este estudo pretende contribuir para as análises sobre a agroindústria açucareira e alcooleira no estado de São Paulo. Nosso enfoque principal serão as políticas estatais voltadas para o setor realizadas no período entre 1875-1941. Em 1875, o Governo Imperial aprovou a lei nº. 2687, que tinha como objetivo modernizar a produção açucareira do país. Esse decreto garantia os juros para todas as companhias que construíssem Engenhos Centrais. Esse sistema baseava-se na separação da agricultura e da fábrica. Porém, na Província de São Paulo, a maioria desses engenhos centrais faliu. Apesar disso, os engenhos centrais criariam as bases para a introdução das usinas. Assim, a Primeira República incentivaria a solução defendida por muitos produtores de açúcar e técnicos dos antigos engenhos centrais: as usinas. Retomar-se-ia então o velho sistema de unidade agrícola e industrial, com o aumento sempre crescente da produção da cana própria e a independência em relação ao fornecedor de cana. A produção açucareira na Primeira República foi marcada pela grande instabilidade dos preços do açúcar e pelo surgimento de importantes grupos de comerciantes e refinadores. A grande queda nos preços (1929-1930) solidificou a idéia geral da necessidade de controlar a produção dos estados para evitar a superprodução. É devido a esse contexto, o poder que foi dado ao Estado para intervir no setor canavieiro a partir da Revolução de 1930. Em 1933, foi criado o IAA, principal expoente da intervenção estatal. Concluiremos nosso trabalho em 1941, ano da declaração do Estatuto da Lavoura Canavieira, um dos mais importantes decretos voltados para a proteção dos fornecedores, que estavam perdendo progressivamente as suas terras para os usineiros. / This study intends to contribute for the analyses on the sugar and ethanol industry in the state of São Paulo. Our main purpose will be to understand the states policies directed to this sector, specifically between 1875-1941. Law 2.687 of 1875, was meant to develop central sugar mills and authorized the government to provide funds to all companies which built these mills utilizing the most advanced machinery and production methods. This system was based on a separation of agriculture and manufacturing. However, in the Province of São Paulo, most of these central sugar mills went bankrupt. Despite these setbacks, this system created the technological basis for the introduction of modern mills. The old system of agricultural and industrial units would be retaken by the steady increase of sugar cane production and suppliers independence. The sugar production in the First Republic Period was marked by great instability in sugar prices and the appereance of important commercial and refiner groups. The great fallin prices (1929-1930) solidified the general idea that control over the production was necessary to avoid overproduction. Due to such context, the state was given power to interfere starting from the 1930 Revolution. In 1941 with the declaration of Stature Sugar Cane Farming, one of the most important decrees about suppliers protection, who were progressively losing land to mill owners.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-07032008-095359
Date20 December 2007
CreatorsMeira, Roberta Barros
ContributorsBacellar, Carlos de Almeida Prado
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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