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Avaliação de coliformes e vírus entéricos na água e no mexilhão (Mytella guyanensis) em área de manguezal da Baía de Vitória (ES)

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Previous issue date: 2009-07-17 / As áreas costeiras promovem benefícios diversos à população, porém, são largamente afetadas pelo influxo de esgoto sanitário sem tratamento, acarretando em prejuízo para a saúde da população. A contaminação por patógenos emergentes, tais como os vírus entéricos, é um agravante. Estes patógenos, podem ser encontrados em diversos ambientes, sobreviver por longos períodos, e causar diversas doenças. O sistema estuarino da Baía de Vitória, local de estudo deste trabalho, é um exemplo de área costeira afetada. Por isso, buscou-se avaliar a qualidade microbiológica da água e de mexilhões (sururu do mangue - Mytella guyanensis) em área de manguezal do sistema estuarino da Baía de Vitória, analisando 3 locais de coleta de água desse estuário ao longo de 14 meses de monitoramento (fevereiro/2008 a março/2009). Foram avaliados parâmetros físico-químicos (pH, turbidez, condutividade elétrica e Sólidos Dissolvidos Totais SDT), bacteriológicos (Coliformes Totais (CT) e E. coli) e virológicos (adenovírus, rotavírus e norovírus GII). Os vírus entéricos foram detectados por meio da técnica de PCR. Os resultados das análises físico-químicas revelaram maiores valores de turbidez e menores de condutividade e SDT nos meses mais chuvosos, especialmente no ponto mais próximo ao rio. Os resultados das análises bacteriológicas revelaram elevada contaminação do sururu, com densidades de até 106 NMP/25g de CT. Nas amostras de água, foram observadas densidades de até 105 NMP/100mL de CT, no ponto de coleta mais próximo ao cais do bairro. Valores mais elevados foram obtidos após eventos chuvosos. Quanto aos resultados das análises virológicas, adenovírus (AdV) foram detectados em 76,7% das amostras de água e de rotavírus (RV) em 88,1%. Nas amostras de sururu, AdV e RV foram detectados em 100% das amostras, evidenciando sua capacidade de concentrar partículas do meio circundante. O norovírus foi detectado em 4,8% das amostras de água e não foi detectado no sururu. A elevada contaminação fecal observada em pontos do estuário e do sururu indicam que esta área está sob impacto antropogênico. Assim, esta pesquisa torna-se um importante auxílio à decisões de implantação de medidas de proteção a este ambiente e na prevenção de surtos relacionados ao consumo de moluscos bivalves contaminados.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/10215
Date17 July 2009
CreatorsJUSTINO, J. F.
ContributorsCASSINI, S. T. A., RIGO, D., SATO, M. I. Z., KELLER, R. P.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Engenharia Ambiental, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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