Les gestionnaires des espaces protégés habités (EPH) impulsent des initiatives participatives de développement soucieuses de protéger les patrimoines naturels et culturels. Cette recherche vérifie si la participation institutionnalisée favorise la transformation des participants en éco-acteurs, auteurs d’initiatives ascendantes (éco-acteurisation), et alimente le développement territorial. Notre enquête a porté sur une analyse croisée de six initiatives de développement local issues de deux EPH. Elle met en évidence leurs fonctionnements et alimente quelques débats. La participation des acteurs locaux et habitants à la création et gestion de ces EPH est unanimement encouragée par le cadre international, les politiques publiques et les gestionnaires des EPH. La mise en œuvre révèle des situations très contrastées et imparfaites. Des marges de progrès subsistent, que ce soit au niveau de la quantité, diversité ou représentativité des acteurs concernés, de l’animation des dispositifs participatifs ou encore de la répartition des pouvoirs. Néanmoins ces initiatives - qui n’existeraient probablement pas sans ces incitations institutionnelles - tentent d’activer et de spécifier des ressources naturelles et/ou culturelles. L’éco-acteurisation est rarement "accomplie" mais souvent partiellement observée. Si ces initiatives ne correspondent pas exactement au concept de développement territorial, elles contribuent à en créer un terreau favorable et engendrent un certains mieux-être pour les acteurs concernés. Un des scénarios à envisager serait de transformer les EPH en des incubateurs à éco-acteurs, et leurs gestionnaires en des partenaires d’initiatives ascendantes. / Managers of Inhabited Protected Areas (IPA) promote participatory development initiatives in order to protect natural and cultural heritages. This research investigates if the institutionalized participation favors the transformation of the participants into eco-actors authors of bottom-up initiatives (the eco-actorisation), and supports the territorial development. Our qualitative survey focused on a cross-sectional analysis of six cases of local development initiatives from two IPAs. It seeks to highlight some favorable outcomes and to stir some debates. The participation of both local stakeholders and inhabitants in the creation and the management of these IPAs is unanimously encouraged by the international framework, the public policies and the IPAs managers themselves. Implementation reveals very contrasting and imperfect situations. Whether in terms of community and institutional engagement, participatory tools and methods or power dynamics: progress remains to be made. Yet, these initiatives - which would probably not exist without these institutional incentives - attempt to activate and specify natural and / or cultural resources. Eco-actorization is rarely "accomplished" but often partially observed. While six these initiatives do not exactly correspond to the concept of territorial development, they nonetheless contribute to creating a favorable soil for this development’ process, and a certain better-being for stakeholders involved. One of the scenarios to be considered would be to transform the EPH into eco-actors incubators, and their managers into partners of bottom-up initiatives. / Gestores de espaços protegidos habitados (EPH) impulsionam iniciativas participativas de desenvolvimento ambicionando a proteção dos patrimônios naturais e culturais. Esta pesquisa verifica se a participação institucionalizada promove a transformação dos participantes em eco-atores autores de iniciativas ascendentes (eco-atorização) e alimenta o desenvolvimento territorial. Nossa investigação qualitativa abrangeu uma análise cruzada de seis iniciativas de desenvolvimento local em dois EPH. Ela destaca o funcionamento delas e alimenta alguns debates. A participação dos atores locais e moradores na criação e gestão de EPH é incentivada por unanimidade pelo quadro internacional, as políticas públicas e os gestores de EPH. A implementação revela situações muito contrastantes e imperfeitas. Margens de progresso permanecem, sejam em termos de quantidade, diversidade e representatividade dos atores implicados, de animação dos dispositivos participativos ou da divisão de poderes. No entanto, essas iniciativas - que provavelmente não existiriam sem esses incentivos institucionais - tentam ativar e especificar recursos naturais e / ou culturais. A eco-atorização é raramente "cumprida", mas muitas vezes parcialmente observada. Se essas iniciativas não correspondem exatamente ao conceito de desenvolvimento territorial, elas ajudam a criar um "terreno" favorável a esse processo de desenvolvimento, e geram um certo melhor-estar para as partes interessadasUm cenário a considerar seria a de transformar os EPH em incubadoras aos eco-atores, e os gerentes em parceiros das iniciativas ascendentes.
Identifer | oai:union.ndltd.org:theses.fr/2017LIL10043 |
Date | 10 May 2017 |
Creators | Morère, Lucie |
Contributors | Lille 1, Universidade federal de Minas Gerais, Glon, Éric, Barros Pereira, Doralice |
Source Sets | Dépôt national des thèses électroniques françaises |
Language | French |
Detected Language | French |
Type | Electronic Thesis or Dissertation, Text |
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