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Relações ecológicas entre Stegastes fuscus e outros peixes associados ao coral-de-fogo Millepora alcicornis utilizando diferentes métodos

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Previous issue date: 2014-03-27 / Hidrocorais ramificados do gênero Millepora desempenham importantes papéis ecológicos nos

recifes de corais do Atlântico Sul. De acordo com estudos anteriores uma grande proporção de

espécies de peixes recifais usam as ramificações das colônias como abrigo, reprodução e / ou

fonte de alimento. No entanto, pouca atenção tem sido dada à importância ecológica do coral-
de-fogo em relação à ecologia da comunidade de peixes que vivem a eles associados e na

competição intra / inter-específica de algumas espécies que ocorrem dentro do coral. O

estudo foi divido em dois capítulos, sendo o primeiro com o objetivo de analisar como o

volume das colônias de M. alcicornis e a competição exercida pelos indivíduos de Stegastes

fuscus pode afetar a comunidade de peixes associadas ao hidrocoral. O segundo capítulo teve

como objetivo comparar a eficiência do uso de diferentes metodologias (censo visual e câmera

de vídeo) na observação da abundância e riqueza da comunidade de peixes associadas ao

coral-de-fogo M. alcicornis. Para análises do primeiro capítulo, o presente estudo analisou a

influência do tamanho das colônias do coral (volume - m3) e a presença competitiva da espécie

Stegastes fuscus na comunidade de peixes recifais associados às ramificações dos corais-de-
fogo. De setembro de 2012 a abril 2013 estudos foram realizados no recife “Ilha do Norte”

localizado no litoral de Tamandaré-PE. 20 colônias do corais-de-fogo M. alcicornis foram

marcadas e medidas, buscando assim relacionar o volume da colônia com abundância e a

riqueza das espécies associadas. Os resultados mostraram que a abundância e a riqueza dos

peixes foram diretamente correlacionadas com volume colônias. Dentre as espécies

associadas, Stegastes fuscus foi a mais abundante. Essa espécie mostrou visíveis mudanças de

comportamento, quando associadas às colônias, a depender do tamanho do corpo. Por

exemplo, indivíduos menores de 6 cm foram vistos com maior frequência abrigando-se e

alimentando-se de corais e indivíduos maiores de 6 cm realizando interações agonísticas,

alimentando-se de algas e nadando ao redor do coral. Herbívoros errantes, onívoros e

comedores de invertebrados sésseis foram as guildas tróficas que os indivíduos de S. fuscus

preferiram manter interações agonísticas, provavelmente devido à sobreposição alimentar.

Colônias muito grandes mostraram ser importantes locais de abrigo para os indivíduos de S.

fuscus de menores que 6 cm. O comportamento agonístico foi mais frequente em colônias

categorizadas como muito grandes. Os demais padrões também variaram a depender do

volume da colônia. O presente estudo forneceu a primeira evidência de que através da

competição, a presença S.fuscus pode afetar na comunidade de peixes associadas com as

colônias de M. alcicornis. Os resultados também indicam que os indivíduos de S. fuscus usam

as colônias de corais-de-fogo como parte de seu território, abrigo e recurso alimentar. Para

análises do segundo capítulo, observações foram realizadas a partir de setembro de 2012 a

abril de 2013, também no recife “Ilha do Norte”. Nove colônias de M. alcicornis de diferentes

tamanhos foram escolhidas para análise e os dois tipos de metodologias (censo visual e

câmera de vídeo) foram utilizadas. Três réplicas de cada método de análise foram utilizadas

em cada colônia estudada. A fim de evitar possíveis erros metodológicos, os dois tipos de

metodologias foram realizadas sob as mesmas condições de maré, hora do dia e época do ano.

A riqueza e abundância dos peixes recifais associados às colônias do coral-de-fogo foram

analisadas tanto pelo censo visual quanto pelo uso de câmera de vídeo. Os resultados indicam

que ambas as metodologias registraram números semelhantes de abundância e riqueza de

espécies em cada colônia, não havendo assim diferença significativa a depender do método

utilizado. Contudo, pequenas diferenças relacionadas com a capacidade do uso de cada

método foram observadas. Pode-se afirmar que os dois tipos de metodologias utilizadas foram

eficazes na observação dos peixes associados às colônias de M. alcicornis. / Branching hydrocorals from the genus Millepora play important ecological roles in South

Atlantic reefs, where branching scleractinians are absent. According to previous studies, a high

proportion of reef fish species use branching fire-coral colonies as shelter, breeding and/or

feeding sites. Nevertheless, little attention has been given to the ecological importance of

branching fire-corals in regards to determinants of fish association and intra/interspecific

competition. The study was divided into two chapters, the first being with the aim of

examining how the volume of colonies of M. alcicornis and the competition performed by the

individuals Stegastes fuscus can affect the fish community associated with hydrocoral. The

second chapter aimed to compare the efficiency of using different methodologies (visual

census and video camera) on the observation of abundance and richness of the fish

community associated with the fire coral M alcicornis. The first chapter analyzed the influence

of coral colony size (colonies volume - m3) and presence of a high-competitive and extremely

aggressive damselfish (Brazilian endemic Stegastes fuscus) on the reef fish community

associated with branching fire-corals M. alcicornis. From September 2012 to April 2013 surveys

were conducted on tagged fire-coral colonies at Tamandaré Reefs, Northeast Brazil. The

abundance and richness of coral-associated fish was directly correlated with M. alcicornis coral

colonies volume. S. fuscus was the most abundant species associated with colonies showing

noticeable behavioral ontogenetic shifts according to body size (e.g. individuals smaller than 6

cm sheltering and feeding on corals and individuals larger than 6 cm performing agonistic

interactions, feeding on algae and swimming around the coral). Roving herbivores, omnivores

and sessile invertebrate feeders were the trophic guilds that suffered the most with agonistic

interactions, probably due food overlap. Very large colonies show to be important places of

refuge for individuals of S. fuscus smaller than 6 cm. The agonistic behaviors were more

frequent in proportion to the volume of the colonies increased. The other behavior patterns

also showed variation depending on the volume of the colony. The present study provided the

first evidence that through competition, S.fuscus presence may affect reef fish associated with

M. alcicornis. The results also indicate that S. fuscus individuals use M. alcicornis coral colonies

as part of their territory for shelter and foraging. For analysis of the second chapter, the

richness and abundance of associated reef fishes presented non-significant difference

depending on the used methodology. The present study represented the first one investigating

the use of different methodologies and their influence in the abundance and richness species

associated with coral colonies.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18915
Date27 March 2014
CreatorsLEAL, Isabela Carolina Silva
ContributorsARAÚJO, Maria Elisabeth de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Oceanografia, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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