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\'Ponha-se no seu lugar\': processos de estigmatização de crianças na escola pública, a exclusão das singularidades e formas de reexistência / \"Put yourself in your place\": processes of stigmatization of children in the public school, exclusion of singularities and forms of reexistence

O presente trabalho pretende apresentar uma abordagem sobre os estigmas e os processos de exclusão de crianças na escola pública a partir da compreensão de um conflito entre o ideal normalizador e as expressões de múltiplas formas de ser no cotidiano escolar. A partir da perspectiva etnográfica das relações entre crianças e adultos no ambiente escolar, essa pesquisa propõe que a recusa aos processos de normalização defende formas singulares de vivenciar a experiencia escolar. O centro do conflito se apresenta quando as singularidades são lidas pelos adultos da escola enquanto desvio, indisciplina ou alguma característica negativa da criança, o que leva à formulação de estratégias que buscam conter e apagar do contexto o que é interpretado como desvio. A estigmatização e a rotulação de meninos e meninas enquanto inadequados a um ideal de escola harmônico e homogêneo leva ao uso de estratégias que, ancoradas em preconceitos e valores sócio históricos e culturais dos adultos buscam na violência simbólica formas de deslegitimar e excluir as singularidades do cotidiano escolar. O objetivo desta pesquisa é, portanto, desnaturalizar tais formas de violência que buscam o apagamento de expressões singulares e diversas do cotidiano escolar. Trata-se, sobretudo, de defender a escola enquanto o espaço das diferenças e das possibilidades de ser em substituição a uma forma disciplinar e normalizadora que, para além da escola enquanto instituição se faz presente nas práticas cotidianas. / The present work intends to present an approach on the stigmas and the processes of exclusion of children in the public school from the understanding of a conflict between the normalizing ideal and the expressions of multiple forms of being in the school routine. From the ethnographic perspective of the relationships between children and adults in the school environment, this research proposes that the refusal to normalization processes defends unique ways of experiencing the school experience. The center of the conflict presents itself when the singularities are read by the adults of the school as a deviation, indiscipline or some negative characteristic of the child, which leads to the formulation of strategies that seek to contain and erase from the context what is interpreted as a deviation. The stigmatization and labeling of boys and girls while inadequate to a harmonious and homogeneous school ideal leads to the use of strategies that, anchored in prejudices and socio-historical and cultural values of adults, seek in symbolic violence ways to delegitimize and exclude the singularities of daily life school. The aim of this research is, therefore, to denaturalize such forms of violence that seek to erase singular and diverse expressions of everyday school life. It is above all to defend the school as the space of differences and possibilities to be in place of a disciplinary and normalizing form that, in addition to school as an institution, is present in daily practices.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-16092019-154302
Date29 July 2019
CreatorsSilva, Mateus Rosalvo de Oliveira
ContributorsCarvalho, Francione Oliveira, Rocha, Eucenir Fredini
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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