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Repercussões sócio-espaciais na zona da mata pernambucana : a transição da agricultura patronal para a agricultura familiar no Assentamento Ilhetas

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Previous issue date: 2012 / Usinas de Açúcar falidas, posteriormente desapropriadas, deram origem aos
territórios de assentamentos rurais na Zona da Mata Pernambucana, repercutindo
na transição da agricultura patronal para a agricultura familiar. Ao longo do século
XX os trabalhos agrícolas são baseados na relação patrão x empregado,
favorecendo a exploração da mão-de-obra agrícola, abuso de autoridade, opressão
social e alienação cultural. Todavia, as freqüentes falências de usinas na região
geraram uma massa de desempregados que, posteriormente, se aliam aos
movimentos rurais sindicalistas, reivindicando a posse das terras improdutivas
destas unidades. A chegada da Reforma Agrária na região desencadeia um conjunto
de repercussões sócio-espaciais que serão analisadas em profundidade no
Assentamento Ilhetas, situado no Município de Tamandaré. Este assentamento é
formado por ex-funcionários da massa falida da Usina Central Barreiros, os quais,
após a conquista das terras, passaram a desenvolver a agricultura familiar em seus
lotes. O presente trabalho adota o método dialético, enquanto os principais
procedimentos metodológicos baseiam-se na revisão bibliográfica e nas entrevistas
diretas. O objetivo geral é demonstrar que a partir da transição da agricultura
patronal para a agricultura familiar, no território dos assentamentos rurais da Zona
da Mata, houve melhorias nas condições de vida dos agricultores. Em relação ao
trabalho, a mão-de-obra assalariada passa a ser autônoma; os meios de produção
concentrados pelos patrões também passam a pertencer aos agricultores familiares;
o monopólio da indústria sucroalcooleira é reduzido com a expansão da agricultura
familiar; a plantação de cana-de-açúcar em assentamentos rurais configura um novo
sistema agrícola; a expansão dos minifúndios por meio dos projetos de
assentamentos repercute em mudanças na estrutura fundiária na Zona da Mata; a
relação dos agricultores com a terra é influenciada pela gestão do tempo; a unidade
territorial Engenho passa para a condição de Assentamento ou de AssentamentoEngenho;
a posse da terra fornecida aos agricultores acentua a cadeia de produção
em pequena escala na região, estimulando a policultura em detrimento da
monocultura; a passagem do trabalhador rural à condição de pequeno produtor
agrícola no território dos assentamentos representa uma melhoria das condições
sócio-econômica no campo, tais como renda, moradia e qualidade de vida. A
transição da agricultura patronal para a agricultura familiar constitui uma tendência
regional, porém, se processa de forma e intensidade distintas em cada local. A
experiência dos agricultores de Ilhetas, atravessando os dois modelos de agricultura,
permite analisar essa transição, reforçando a ideia de espaço contínuo, ativo,
reprodutor e dinâmico. Mudanças e permanências são elementos presentes nesse
processo, vindo à agricultura familiar oferecer melhorias de vida para os agricultores
se comparadas à agricultura patronal. Porém, a coexistência entre os dois modelos
torna o espaço rural híbrido.
Palavras-chave: Agricultura

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/10777
Date31 January 2012
CreatorsSILVA, Heverton Ralph Arcanjo Batista da
ContributorsBARBOSA, Aldemir Dantas
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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