A presente tese pretende analisar uma importante dimensão da vida da classe trabalhadora em Porto Alegre: a pobreza e a escassez. A carestia, foco principal deste trabalho, é entendida não apenas como resultado econômico e aritmético, mas sim um fenômeno que altera relações políticas e sociais. Por sua natureza, ela altera também as formas às quais as classes sociais se organizam e lutam umas com as outras, estando no âmago de tensões da época. Em termos de recorte espacial e temporal, a cidade de Porto Alegre, durante o período democrático de 1945 a 1964, emerge como laboratório de análise para testar hipóteses e colocar à prova a ideia de que a carestia e a escassez de gêneros não eram somente processos econômicos, mas sim interrupções em práticas e relações que eram estabelecidas como norma. O que se pretende demonstrar aqui é que em diferentes instâncias, tais como o estudo estatístico, a política representativa e a jurisprudência da época, a chamada “economia popular” mostrou-se um campo de batalha entre trabalhadores, patrões e o Estado. / The following thesis intends to analyze an important dimension of the living of the working class in Porto Alegre: the poverty and the scarcity. Famine, the main focus on this work, is understood not only as an economic and arithmetical result, but yet as a phenomenon which changes political and social relations. For its nature, it also changes the forms by which social classes organize and struggle against each other, therefore becoming a central part in the tensions of this period. In terms of spatial and temporal frame, the city of Porto Alegre, during the democratic period of 1945 to 1964, rises up as a laboratory to analyze and test hypothesis, trying to prove the idea that famine and scarcity are not only economic process, but also interruptions in practices and relations that established themselves as norm. What I intend to show here is that in different instances, like the statistical studies, the representative politics and the jurisprudence of that time, the so-called “popular economy” showed herself as a battlefield between workers, patrons and State. / La presente tesis desea analizar una importante dimensión de la vida de la clase trabajadora en Porto Alegre: la pobreza y la escasez. La hambruna, foco principal de este trabajo, es entendida no sólo como resultado económico y aritmético, pero si como un fenomeno que cambia relaciones políticas y sociales. Por su naturaliza, ella cambia también las formas que las clases sociales si organizan y luchan unas con las otras, siendo el centro de las tensiones en este tiempo. En términos de marco de espacio y tiempo, la ciudad de Porto Alegre, durante el período democrático de 1945 a 1964, emerge como laboratorio de análisis para testar hipótesis e colocar por a prueba la idea de que la hambruna y la escasez de géneros no eran solo procesos económicos, pero si interrupciones en prácticas y relaciones establecidas como norma. Lo que se pretende demonstrar aquí es que en diferentes instancias, tales como el estudio estadístico, la política representativa y la jurisprudencia da la época, la llamada “economía popular” resultó ser un campo de batalla entre trabajadores, patrones y Estado.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/140414 |
Date | January 2016 |
Creators | Pureza, Fernando Cauduro |
Contributors | Petersen, Sílvia Regina Ferraz |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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