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Edgar Allan Poe e Mário de Sá-Carneiro: os fantasmas e a criação literária do fantástico

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Previous issue date: 2016-03-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation proposes a reflection about the fantastic mode in literature in the light of a fundamental operation of the cognitive process: the phantasms produced by the imagination. The investigation occurs through a comparative reading between two narratives Edgar Allan Poe s Ligeia (1838) and Mário de Sá-Carneiro s The Great Shadow (1915) , having by theorical support the studies from Remo Ceserani (The Fantastic, 1996), Irène Bessière (Le récit fantastique la poétique de l incertain, 1974) and Giorgio Agamben (Stanzas: word and phantasm in western culture, 1977), as well as Poe s critical reflections found in The philosophy of composition (1845), The poetic principle (1850) and Marginalia (1849) about the links between imaginary phantasms and poetical creation. Taking into consideration the significative diferences between the two texts either by the temporal distance or by the fantastic characteristics (more notable in Ligeia ) , this project asks how the root of the fantastic mode in literature can relate with the imaginative phantasms produced in terms of plot and, more specifically, enunciation. The hypothesis is that both Ligeia and The Great Shadow point to the creation of phantasms by the imaginative faculty as the responsable for the effects of the fantastic. This happens though the singularity of a central enunciative process: the spectral apparitions in both plot and in the multiple visions of the narrator in the poetic-phantasmatic discourse, marked by the crisis in representation. The comparative analysis reveals that the phantasm-fantastic relation manifests itself in both texts, although in different terms: in Ligeia , the procedures of the fantastic mode are everywhere spectres, doubles, projections between light and shadow and terror caused by gothic ambience; and, underneath this plan, lies the narrator-author s phantasmatic discourse. In The Great Shadow , on the other hand, excels the sensationist-phantasmatic narration on the form of a diary, leaving the plot and its phantasmagoric ambiance in second plan / A dissertação desenvolve uma reflexão sobre o modo do fantástico na literatura à luz de uma operação basilar do processo cognitivo-imaginativo, advinda do pensamento clássico de Aristóteles: os fantasmas produzidos pela imaginação. A investigação se dá por meio da leitura comparativa entre duas narrativas Ligéia (1838), de Edgar Allan Poe e A Grande Sombra (1915), de Mário de Sá-Carneiro -, tendo por suportes teóricos os estudos de Remo Ceserani (O fantástico, 1996), Irène Bessière, (Le récit fantastique la poétique de l incertain,1974) e Giorgio Agamben (Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental, 1977), além das reflexões críticas de Edgar Allan Poe sobre os vínculos entre os fantasmas imaginários e a criação poética em A filosofia da composição (1845), The poetic principle (1850) e Marginália (1849). Indaga-se como, a partir das diferenças entre ambas as narrativas seja pela distância temporal, seja pelas marcas do fantástico, mais visíveis em uma ( Ligéia ) do que em outra ( A Grande Sombra ) , a raiz do modo literário do fantástico poderia se inscrever nos fantasmas imaginativos produzidos em nível de enredo e, mais especificamente, no de enunciação. A hipótese é a de que tanto Ligéia quanto A Grande Sombra apontam para a criação de fantasmas pela faculdade imaginativa como a responsável pelos efeitos estéticos do fantástico. Isso se dá por meio da singularidade de um processo enunciativo fundamental: aparições espectrais, tanto em nível de enredo quanto no das múltiplas visões do narrador e no do discurso poético-fantasmático, marcado pela crise da representação de referentes em ausência. A análise comparativa revela que a relação fantasma-fantástico se manifesta em ambos os textos, porém com pesos distintos: em Ligéia , dominam os operadores do modo fantástico espectros, duplos, projeções entre luz e sombra, ambientação e terror propiciados pelo gótico e, sob esse plano, subjaz o do discurso fantasmático do narrador-autor na sua corrente subjacente de sentido . Em A Grande Sombra , é o discurso sensacionista-fantasmático do diário de um narrador-autor que sobressai, deixando em segundo plano o enredo e sua ambientação fantasmagórica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14778
Date16 March 2016
CreatorsNestarez, Oscar Andrade Lourenção
ContributorsOliveira, Maria Rosa Duarte de
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, PUC-SP, BR, Literatura
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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