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Previous issue date: 2001-06-30 / In this study I sought to identify changes that have occurred in women s behavior over
the last thirty years, with the family being the main socializing agent. The study took as a
historical landmark the 1960s, analyzing the life experiences of women from this generation,
belonging to urban, intellectualized middle classes, in the practices and social relations they
establish. Although the period analyzed covers thirty years, I also sought to find out prospects this
group had for the future.
Two issues guided this focus: on one hand, discovering how political, economic and
cultural facts influenced the organization of their families of origin and how they absorbed and
reproduced them in their children s socialization. On the other hand, I was interested in finding out
how women that lived through a period of political authoritarianism, with the subsequent
confrontation of this context with the organization of civil society, incorporated the transformations
that occurred in the transmission of values to their children, especially in raising their daughters.
The hypothesis that guided my investigations was that, although there were continuities
in the way that families have socialized girls, intellectualized women belonging to a higherincome
social class, that were raised during a period of major national and global changes are
more apt to absorbing cultural innovations, overcoming prejudices and assuming new standards
of behavior. Historical and cultural processes that allowed for changes and constants in genderoriented
child rearing may thus become clearer. The empirical procedure sought to recover,
through the Life Story technique, this group s trajectory in its interrelation with the families of
origin and the ones they formed, investigating the transitions that allow for changes in women s
behavior, but that also maintained many inherited values, although they indicate possible
alternations in the near future.
The study showed that, despite the prevalence of the economic factor as the fuel for
changes, the ideals of feminism, identified in the beginning with the middle classes, have been
assimilated in recent decades in many cultural and ethical aspects by segments of women. They
influenced in relations between sexes and generations, in the way in which conjugal unions are
formed with greater emphasis on the quality of the relationship , in procreation and in issues
tied to authority and power in the family / Neste estudo busquei identificar as mudanças que vêm ocorrendo no comportamento
feminino nos últimos trinta anos, tendo a família como principal agente de socialização. A
pesquisa tomou como marco histórico a década de 1960, analisando as experiências de vida de
mulheres desta geração, pertencentes aos segmentos médios urbanos intelectualizados, em
suas práticas e nas relações sociais que estabelecem. Embora o período analisado tenha sido
demarcado em trinta anos, procurei também conhecer perspectivas que este grupo indicava para
o futuro.
Duas questões nortearam este enfoque: de um lado, conhecer como os fatos políticos,
econômicos e culturais influíram na organização de suas famílias de origem e como estas os
absorveram e reproduziram na socialização dos filhos. De outro, interessava saber como
mulheres que viveram um período de autoritarismo político, com posterior enfrentamento deste
contexto pela organização da sociedade civil, incorporaram as transformações que ocorreram
na transmissão de valores aos filhos, em especial, na educação das filhas.
A hipótese que orientou minhas investigações foi de que, embora haja continuidades na
forma como a família vem socializando as meninas, mulheres intelectualizadas, pertencentes a
uma camada com maior poder aquisitivo, que foram educadas num período de grandes
mudanças nacionais e mundiais, estariam mais propensas a absorver as inovações culturais,
superando preconceitos e assumindo novos padrões de conduta. Os processos históricos e
culturais que viabilizam as mudanças e permanências na educação de gênero poderiam, desse
modo, tornarem-se mais nítidos. O procedimento empírico procurou recuperar, pela técnica de
Histórias de Vida, a trajetória desse grupo, em sua inter-relação com as famílias de origem e de
constituição, investigando as transições que possibilitaram mudanças no comportamento
feminino, mas também mantiveram muitos valores herdados, embora indiquem possibilidades de
alterações no futuro próximo.
O estudo mostrou que, apesar da prevalência do fator econômico, como impulsionador
de mudanças, os ideais do feminismo, identificado em seu início com as camadas médias, têm
sido assimilados, nas últimas décadas, em muitos aspectos culturais e éticos pelos segmentos
femininos. Influíram nas relações entre os sexos e gerações, na forma de constituir uniões
conjugais, com maior ênfase na qualidade do relacionamento, na procriação e nas questões
ligadas à autoridade e ao poder na família
| Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/17743 |
| Date | 30 June 2001 |
| Creators | Coelho, Virginia Paes |
| Contributors | Martinelli, Maria Lúcia |
| Publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social, PUC-SP, BR, Serviço Social |
| Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
| Language | Portuguese |
| Detected Language | English |
| Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
| Format | application/pdf |
| Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP |
| Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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