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Estrutura da Comunidade Fitoplanctônica Em Recifes Artificiais da Plataforma Continental de Pernambuco, Brasil

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Previous issue date: 2012-02-24 / Em maio de 2006, três embarcações do tipo rebocadores (Mercurius, Saveiros e Taurus) foram afundadas, na plataforma continental de Pernambuco, num projeto intitulado Parque dos Naufrágios Artificiais de Pernambuco (PNAPE) e que envolveu as Universidades Federal de Pernambuco (UFPE), Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Universidade de Pernambuco (UPE), com o propósito de acompanhar o processo de colonização e sucessão ecológica nesses ambientes. Os naufrágios Mercurius e Saveiros, ambos medindo 29 m de comprimento, estão localizados a uma distância de 14,5 km e 13,5 km, respectivamente, do porto do Recife, na isóbata de 30 m de profundidade, e distam entre si aproximadamente 800 m. Nesse contexto, com o objetivo de estudar a comunidade fitoplanctônica nas adjacências desses recifes artificiais e verificar suas interrelações com os fatores abióticos, foi elaborada uma metodologia para coleta dos organismos planctônicos, na qual um mergulhador, utilizando equipamento SCUBA, realizou arrastos com rede de plâncton de 1 m de comprimento, 0,30m de diâmetro de boca 20 μm de abertura de malha, ao redor dos naufrágios e o mesmo procedimento a 50 m das estruturas a montante da corrente, ambos com duração de 3 minutos. Amostras de águas também foram coletadas com auxílio de uma garrafa de Nansen, para análise da biomassa fitoplanctônica (clorofila a), densidade (fito total) e variáveis hidrológicas (nitrito, nitrato, fosfato, silicato, pH, salinidade, oxigênio dissolvido). Foram ainda aferidos in situ a temperatura e transparência da água e direção das correntes. Quanto aos resultados, a direção da corrente predominou no sentido N-NO, a transparência da água variou de 11 a 27 m, o material em suspensão de 1,73 mg.L-1 a 12,80 mg.L-1; o valor médio da temperatura da água foi de 28,2oC na superfície e 27oC no ponto naufrágio; a salinidade apresentou uma média geral de 36,1 na superfície e 36,36 no naufrágio; a concentração de oxigênio dissolvido na água registrou uma média de 4,83 ml.L-1, no naufrágio Mercurius, e de 4,85 ml.L-1, no Saveiros; a média do pH para o período de estudo foi de 8,34, variando de 7,33 a 8,71; em relação aos sais nutrientes, o nitrito variou desde valores indetectáveis a 0,07 μM, o nitrato foi de valores indetectáveis a 1,99 μM, o fosfato variou de valores indetectáveis até 0,92 μM e a concentração de silicato foi de valores indetectáveis até 24,18 μM. Com relação à biomassa fitoplanctônica, a clorofila a registrou um mínimo de 0,47 mg.m-3 e um máximo de 5,39 mg.m-3, com uma média geral para o primeiro ano de afundamento de 1,59 mg.m-3 e de 2,03 mg.m-3 para o segundo ano. A estrutura da comunidade fitoplanctônica esteve representada por 93 táxons, desse total, a divisão Ochrophyta contribuiu com 57%, Dinoflagellata 34%, Cyanobacteria com 5%, Chlorophyta com 3% e Euglenozoa com 1% – sobressaindo os táxons Chaetoceros sp., Rhizoclonium sp., Oscillatoria sp. Thichodesmium thiebautii e Asterionellopsis glacialis. De acordo com a classificação ecológica, as espécies identificadas foram enquadraram em marinhas planctônicas oceânicas (59%); marinhas planctônicas neríticas (23%), ticoplanctônicas neríticas (16%) e estuarina 1%. A diversidade foi considerada muito alta na maioria das amostras (89%) e a equitabilidade esteve acima de 0,5 em 85% das amostras. Quanto à densidade fitoplanctônica os valores variaram de 4.000 Cél.L-1 a 205.000 Cél.L-1. A partir dos resultados e das observações in situ, comprovou-se que a criação dos recifes artificiais, na plataforma continental de Pernambuco, quando não influencia diretamente no incremento quali-quantitativo da comunidade fitoplanctônica, permite que uma série de processos ocorram (alteração da direção da corrente, formação de onda estacionária – “ressurgência local” –, revolvimento do fundo, aumento da atividade biológica, excreção animal/vegetal) que vão, consequentemente, proporcionar um cenário ideal para o florescimento das microalgas no local dos naufrágios.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12169
Date24 February 2012
CreatorsSANTOS, Douglas Henrique Cavalcanti dos
ContributorsPASSAVANTE, José Zanon de Oliveira, CUNHA, Maria da Glória Gonçalves da Silva
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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