Orientadores: Edgard Ferro Collares, Alba Regina Monteiro Souza Brito / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-05T21:01:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: A úlcera péptica acomete cerca de 10% da população mundial; inseridos dentro dessa porcentagem estão milhares de brasileiros. Essa patologia é causada por um desbalanço entre os mecanismos protetores e agressores da mucosa, e é resultado da associação de diversos fatores agressores endógenos (ácido, pepsina e bile), fatores exógenos predisponentes às condições de vida (estresse, fumo, álcool, uso continuo de drogas antiflamatórias não esteróides, ingestão de determinados alimentos e a presença do Helicobacter pylori) e a predisposição genética. Atualmente, as terapêuticas utilizadas no tratamento das lesões são: antiácidos, anticolinérgicos, antagonistas de receptores H2 para histamina, inibidores da bomba de próton, antibióticos e mais raramente alguns procedimentos cirúrgicos. A aplicação de qualquer esquema terapêutico com emprego de uma ou mais destas drogas ou procedimento cirúrgico pode ocasionar alguns efeitos colaterais e não obrigatoriamente é eficaz. A utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças vem se desenvolvendo na última década. Algumas plantas têm atividade antiulcerogênica. Há evidências que a alga Chlorella vulgaris pode modificar a resposta imune celular, tem atividade antitumoral, antimetastática e antiulcerogênica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antiulcerogênica da alga Chlorella vulgaris em modelos agudos e um modelo crônico de indução de úlceras. Ratos Wistar foram utilizados para determinação do esvaziamento gástrico (EG) e modelos de úlcera induzida por etanol e ácido acético, enquanto camundongos swiss foram utilizados para os modelos de úlcera através de ligadura do piloro e piroxicam. Para avaliar o efeito sobre o esvaziamento gástrico (EG) do extrato de Chlorella vulgaris (ECV) foi utilizada uma refeição de prova (RP) liquida com extrato nas concentrações de 50mg/mL e 100mg/mL do ECV. Para o estudo dos modelos agudos de ligadura do piloro, etanol e piroxicam e do modelo crônico, foram utilizadas as doses de 250, 500 e 1000mg/kg de ECV para a prevenção e o tratamento das lesões. No modelo crônico também foi utilizada a fração acetato obtida do ECV na dose de 5mg/100g e foi dosada a quantidade de fator de crescimento epidermal (EGF) produzido na região da úlcera. O estudo da toxicidade do ECV foi realizado através da medida de ganho de peso dos ratos e peso dos órgãos como rins, pulmões, fígado e coração, visto que os primeiros sinais da toxicidade dada por um extrato é a perda de peso corporal e dos órgãos.O ECV, nas concentrações empregadas, não interferiu no EG quando preparado como uma RP liquida em comparação com o veículo (água). O extrato não alterou nenhum dos parâmetros bioquímicos como pH, quantidade de H+ e peso do suco gástrico, no modelo de ligadura do piloro. O ECV não preveniu a formação de úlceras no modelo de piroxican, mas evitou a formação de lesões causadas por etanol nas doses de 500 e 1000 mg/kg. Esse efeito desapareceu quando o etanol foi empregado duas horas após o pré-tratamento com ECV na dose de 1000 mg/kg. No modelo de úlcera crônica o ECV, nas doses de 500 e 1000 mg/kg, foi capaz de diminuir significativamente as lesões causadas pelo ácido acético, não alterando no entanto, a quantidade de EGF produzida na zona de cicatrização, quando comparados ao controle água. Além disso, o tratamento prolongado com o ECV na dose de 500 mg/kg alterou significativamente a evolução do ganho de peso desses animais. Em conclusão, o ECV, como complemento alimentar, pode ser uma alternativa no tratamento da úlcera péptica gástrica / Abstract: About 10%of the world¿s population suffer from peptic ulcer, within this percentage we find thousands of Brazilians. This pathology is caused by an unbalance between the protection and attack mechanisms of the stomach lining, and is the result of the association of various endogenous attack factors (pepsin, acid, bile), exogenous factors pertaining to life style (stress, smoking, alcohol intake, continuous use of non-steroidal anti-inflammatory drugs, ingestion of certain types of food and the presence of Helicobacter Pylori) and genetic predisposition. Nowadays, the therapeutic methods used for the treatment of the lesions are: Anti-acids, anti-cholinergic, antagonist H2 receptors for histamine, proton bombs; certain surgical procedures are also applied, though much less frequently. Any therapeutic method that involves the use of one or more of the drugs and/or procedures above mentioned may cause some side effects and is not necessarily effective. The use of medicinal plants in the treatment of diseases has been developing over the past decade. Some plants have an anti-ulcer activity. There is evidence that the Chlorella vulgaris algae may modify cellular immune response, and there is also evidence to its anti-tumor, anti-metastasis, anti-ulcer activity. The objective of this present study was to evaluate the anti-ulcer activity of the Chlorella vulgaris algae acute models of ulcer induction and also in one chronic model of ulcer induction. Wistar rats were used to determine gastric emptying (GE) and in models of ulcer induced by ethanol and acetic acid, while swiss mice were used for the piloro ligature and piroxicam ulcer induction models. In order to evaluate the effect of the Chlorella vulgaris extract (ECV) on gastric emptying (GE) a liquid proof meal (PM) with the extract in the concentration of 50mg/l and 100mg/l was usedIn the study of the acute piloro ligature, ethanol and piroxicam models, and in the chronic model, dosages of 250, 500 and 1000mg/kg of ECV were used in the prevention and treatment of the lesions. In the chronic model the fraction of acetate obtained from the ECV in the dosage of 5mg/100g was also used, and the amount of epidermal growth factor (EGF) produced in the region of the ulcer was measured. The toxicity study of the ECV was done by measuring the weight gain of the rats and the weight of their organs i.e. kidneys, lungs, liver, and heart, once the first signs of toxicity by an extract are loss of body and organ weight. The ECV, in the concentration used, did not interfere with the GE when prepared as a liquid PM in comparison to the vehicle (water). The extract did not alter any of the biochemical parameters such as pH, amount of H+ and weight of the gastric juice in the piloro ligature model. The ECV did not prevent the formation of ulcer in the piroxicam model, but it prevented the formation of lesions caused by ethanol in the dosage of 500 and 1000mg/kg. This effect disappeared when ethanol was ministered two hours after the pre-treatment with ECV in the dosage of 1000mg/kg. The chronic ulcer induction model the ECV, in the dosage of 500 and 1000mg/kg, was able to significantly lessen the lesions caused by acetic acid, not altering, however, the amount of EGF produced in the scar tissue area when compared to the water control. Furthermore, the long-term treatment with ECV in the dosage of 500mg/kg significantly altered the evolution of weight gain of these animals. In conclusion, the ECV, as a dietary complement, may be an alternative in the treatment of gastric peptic ulcer / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Biologia Funcional e Molecular
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/314108 |
Date | 05 September 2005 |
Creators | Vinagre, Adriana Mendes |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Brito, Alba Regina Monteiro Souza, 1954-, Collares, Edgard Ferro, 1938-, Bacchi, Elfriede Marianne, Areas, Miguel Arcanjo, Hiruma-Lima, Clelia Akiko, Goes, Juvenal Ricardo Navarro |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 74f. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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