Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestra em Desenvolvimento Socioeconômico. / Na era do conhecimento, as transformações ocorridas no cenário socioeconômico, exigiram das organizações a criação de novas formas para gerenciar seu capital intelectual e criar novos conhecimentos. No entanto, o foco destas teorias direciona apenas para o conhecimento interno das organizações e pouco se falava da criação do conhecimento interorganizacional por meio de redes interorganizacionais. Percebeu-se em algumas literaturas, que criar conhecimento além das fronteiras da organização pode trazer vantagens competitivas, pois permite um fluxo maior de troca de conhecimento. Desta forma este trabalho buscou compreender como a rede do Conselho Estadual da Mulher Empresária (CEME) contribui para a criação do conhecimento de mulheres empreendedoras de Santa Catarina, Brasil. Foram distinguidos os principais ativos de conhecimentos da rede, identificados os espaços e momentos dedicados para a criação do conhecimento e foi avaliada a relevância da rede para a criação de conhecimento das mulheres empreendedoras que participam do CEME. Para isto esta pesquisa de caráter qualitativo, caracterizada como um estudo de caso, por meio de entrevistas semiestruturadas, participação não participante e análise de documentos para coleta de dados. Após esta etapa foi realizada uma análise de conteúdo utilizando-se das categorias: ativos de conhecimento e espaços e momentos de conhecimento (ba) e utilizou o capital social como uma variável para compreender como a rede contribuiu para o processo de criação do conhecimento. Dos ativos de conhecimentos foram identificados ativos experienciais como histórias de vida, experiências e sentimentos, bem como, os ativos conceituais como o planejamento estratégico e projetos, também os ativos sistêmicos que se referem ao conteúdo de site, revistas, atas e manuais e por fim os ativos de rotina que são ligados à liderança, gestão do próprio negócio e comunicação. Entre os ambientes de criação do conhecimento identificados estão o originating ba que são visitas técnicas, viagens, confraternizações, almoços e coffee breaks, o Interacting ba com as reuniões formais, revistas e planejamento estratégico, percebeu-se que o Cyber ba, que são E-mails, Whatsapp, Skype, Hangout, site, banco de dados e o Exercising ba com os cursos e capacitações, mudanças nos conceitos de gestão e novas práticas nas organizações. Concluiu-se que para a rede criar estes espaços e criar novos ativos de conhecimento foi necessário um fortalecimento do capital social e que os conhecimentos gerados na rede promovem o desenvolvimento dos negócios das empreendedoras, bem como, o desenvolvimento político que envolve a participação delas nos cargos de tomadas de decisões de outras organizações, entidades e instituições.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesc.net:1/5854 |
Date | January 2018 |
Creators | Ezequiel, Karoline Brasil de Oliveira |
Contributors | Yamaguchi, Cristina Keiko, Watanabe, Melissa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNESC, instname:UNESC, instacron:UNESC |
Coverage | Universidade do Extremo Sul Catarinense |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.002 seconds