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Fitossociologia e aspectos dendrológicos da goiabeira-serrana na bacia superior do Rio Uruguai / Phytosociology and dendrological aspects of feijoa in the upper watershed of Urugay River

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Previous issue date: 2006-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The specie Acca sellowiana (Berg) Burret, called Goiabeira-serrana or Feijoa is a native fruit tree occurring in highland of the south Brazil, abundantly found in the Planalto Serrano Catarinense region. The fruits have an exotic taste, which indicates a good potential to breeding for commercial purposes. First commercial orchards in Santa Catarina state were installed in high altitude such as the countryside of São Joaquim. Research done recently showed a high genetic diversity of Acca sellowina from wild sources. This can be because the variation of environment where Acca sellowiana occurs and its co-evolved opportunity and biological interactions with other local species. Orchards of Acca sellowiana under conventional system showed several pest and diseases problems not observed in the wild conditions. For example, the anthracnosis caused by Colletotrichum sp
has been the main cause of losses in several places. Also the spatiality and density of plants follow a conventional system, that could be conducive to increase fly fruit, Anastrepha fraterculus, and the anthracnose. This research was carried out in order to study phytossociology, dendrometric, and phytogeography aspects of Acca sellowiana in natural conditions of Planalto Serrano Catarinense region. Twenty-four ecossystem forest remained segment comprising 158 sample points throughout Planalto Serrano Catarinense region from August 2004 to September 2005 were visited and data were collected. The sample points were referred to adult plants of Feijoa, Acca sellowiana. Adult plants of Feijoa were recognised with presence of flower, fruits or when the trunk showed more than 15 cm of diameter. Phytossociological studies were done using square method of assessment modified from Mueller-Dembois and Ellenberg (1974). The species associated with Feijoa were identified by compared analysis with aid of local herbarium and current bibliography. Data collection concerning of ecosystem of forest remained segment included social position, location in relation to the border of ecosystem, frequency of interaction with ephyfita, microphauna and microphlora associated with Feijoa. Dendrometric data were measured considering the perimeter of trunk, the height of morphological inversion point, diameter of treetop, and the type of trunk. Sample points of feijoa, Acca sellowiana, were located between 715 m in Celso Ramos and 1692 m altitude in Urubici. The distribution of Feijoa was predominantly associated with Mata de Araucaria ecosystem type More than 50% of plants of Feijoa were inside of forest remained ecosystem, which social position was in the shadow or sub-canopy. Vascular epiphytic interactions were low and unvascular epiphytic were high. Fumagine occurred at middle incidence, as well as caterpillars. Incidence of leaf diseases was low in natural condition. Frequency analysis of associated tree species showed that, at least 32,7% occurred only once. Only Araucaria angustifolia occurred more than 50% of cases. In fact Araucaria angustifolia is predominant specie in the Planalto Serrano Catarinense region and trees were nearby Feijoa. The highest sociability index (0,377) of A. angustifolia with Feijoa confirmed this tendency. Other species with high sociability with Feijoa were Fagara rhoifolia (0,367), Podocarpus lambertii (0,350), Ocotea pulchella (0,320), Eugenia pyriformis (0,317) and Casearia sylvestris (0,308). The species of lowest sociability with Feijoa were: Parapiptadenia rigida, Xylosma tweedianum and Nectandra rigida. In conclusion, the Acca sellowiana occurs predominantly in region from 900 and 1300 m altitude and is associated to araucaria forest. The adult plant presents tortuous trunk, irregular canopy, 6,5 m height, high variability of perimeter and high variability of the height at morphological inversion point / A espécie goiabeira-serrana, Acca sellowiana (Berg) Burret, é uma frutífera nativa do Planalto Meridional Brasileiro, relativamente abundante na bacia superior do Rio Uruguai. Os frutos com sabor peculiar já há algum tempo vem despertando interesse em que a espécie possa ser domesticada para cultivos comerciais. Em Santa Catarina, seu cultivo comercial tem se iniciado recentemente na região de maior altitude, no município de São Joaquim. Trabalhos recentes mostraram a variabilidade genética a partir de progenitores selvagens. Isto pode estar associado à diversidade de ambientes em que a goiabeira-serrana ocorre, bem como de sua distribuição geográfica, considerando a co-evolução com a comunidade existente e as interações biológicas decorrente deste processo. Pomares de Acca sellowiana mantidos em monocultivo têm mostrado distúrbios ainda não relatados em seu hábitat natural, nos remanescentes florestais. A antracnose, por exemplo, decorrente do ataque de Colletrotrichum sp, tem sido causa de severas perdas e morte de plantas observadas em vários pomares. Por outro lado, os cultivos comerciais seguem padrão convencional de monocultivo, o que pode estar favorecendo a alta incidência não só da antracnose, mas também das mosca-das-frutas, Anastrepha fraterculus. Este trabalho teve o objetivo de estudar aspectos fitossociológicos e dendrológicos da goiabeira-serrana bem como características fitogeográficas dos ecossistemas onde a mesma ocorre naturalmente. O levantamento de dados foi realizado na região da bacia superior do Rio Uruguai, durante o período de agosto de 2004 a setembro de 2005, em expedições de estudo a 24 remanescentes florestais, compreendendo 158 pontos de observação centrados em indivíduos adultos da espécie Acca sellowiana. Consideraram-se como indivíduos adultos, plantas que apresentassem frutos, flores e/ou perímetro de fuste acima de 15 cm. O estudo fitossociológico foi realizado utilizando-se o método dos quadrantes modificado a partir do descrito por Mueller-Dombois e Ellenberg (1974). O ponto materializado de amostragem era a goiabeira-serrana, cujas distâncias entre os mesmos dependia dos indivíduos de goiabeira. Em relação ao ponto amostrado da goiabeira, tomaram-se dados da sua localização no remanescente florestal, posição social, freqüência de interação com epífitas e entomofauna associada. Os dados foram submetidos à análise de freqüência e ao cálculo do índice de sociabilidade. A identificação das espécies associadas foi feita por análise comparativa de sua morfologia com herbário local e bibliografia disponível. Os dados dendrométricos coletados foram o perímetro na altura do peito, a altura do ponto de inversão morfológica, diâmetro da copa, forma da copa e forma de fuste. Aspectos fitogeográficos foram obtidos pela altitude, declividade, localização e tipologia vegetal dos remanescentes florestais. Os pontos estudados, centrados em Acca sellowiana, encontraram-se distribuí dos entre 715 m, municí pio de Celso Ramos, a 1692 m de altitude no municí pio de Urubici, com maior freqüência nas altitudes de 900 a 1300 m. Sua distribuição esteve associada predominantemente a remanescentes florestais, cujo agrupamento vegetal era o da Mata de Araucária , em encostas com declividades acima de 16%. Os exemplares da goiabeira-serrana foram localizados em mais de 50%, na parte interna dos remanescentes florestais, cuja posição social foi maior na condição de sombra e seguida de sub-dossel. Nestas condições, a fumagina e lagartas desfoliadoras ocorreram em incidência média. Com relação a manchas foliares decorrentes do parasitismo de microorganismos, as mesmas ocorreram em baixa freqüência no hábitat natural. A análise de freqüência para as espécies associadas mostrou que pelo menos 32,7% das espécies levantadas nos quadrantes ocorreram em observações únicas. Apenas uma espécie, Araucaria angustifolia ocorreu em mais de 50% dos pontos amostrados. De fato, o remanescente florestal do tipo mata de araucária é predominante na região estudada, estando os exemplares de goiabeira-serrana próximos aos indiví duos de araucária. O índice de sociabilidade confirma esta tendência, visto ser o maior valor (0,377) entre as 52 espécies encontradas nos 158 pontos estudados. Outras espécies de alta sociabilidade são a Fagara rhoifolia (0,367), Podocarpus lambertii (0,350), Ocotea pulchella (0,320), 9 Eugenia pyriformis (0,317) e Casearia sylvestris (0,308). As espécies de menor sociabilidade à goiabeira-serrana, segundo o índice calculado, desconsiderando os eventos únicos, são: Parapiptadenia rigida, Lamanonia ternata, Actinostemon concolor, Eugenia uniflora, Ocotea puberula, Xylosma tweedianum e Nectandra rigida. Em resumo, a goiabeira-serrana tem alta sociabilidade com a Araucária angustifolia e Podocarpus lambertii. Localiza-se em ambientes de sub-dossel a sombra no interior dos remanescentes florestais. A planta adulta tem fuste levemente tortuoso a tortuoso com copa irregular a múltipla, altura média de 6,5 m e alta variabilidade de perí metro na altura do peito e do ponto de inversão morfológica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.udesc.br #179.97.105.11:handle/1234
Date23 February 2006
CreatorsLorenzini, Artur Raimundo
ContributorsBoff, Pedro
PublisherUniversidade do Estado de Santa Catarina, Mestrado em Produção Vegetal, UDESC, BR, Produção Vegetal
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC, instname:Universidade do Estado de Santa Catarina, instacron:UDESC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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