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Previous issue date: 2016-03-31 / Esta dissertação tem como argumento principal ―não basta Ser Surdo para ser professor‖. Ser surdo não pode ser a ÚNICA condição para que o sujeito possa advogar para si o ensino de Libras. É necessário assumirmos uma outra linguagem para pensar a docência do sujeito surdo de outro modo. A ideia é propor que a palavra SURDO não adjetive o professor, mas sim, que Surdo seja substantivo e que a docência seja uma prática dentre outras possíveis. Ou seja, ―o surdo que é professor‖. Apesar dessa condição facilitar a inserção do surdo (de professor e de vida) nesse mercado de trabalho (o da educação), o mesmo não pode deixar de se exigir (a si mesmo) a qualificação docente, até mesmo para que assuma o papel de docente para além de Ser Surdo. Tendo essa reflexão em vista, este trabalho questiona como o Estado vem incorporando os surdos no espaço escolar por meio das políticas de inclusão e analisa a história sob a ótica de como, em nosso tempo, tornou-se possível a formação do surdo como professor de Libras e, também, analisa os fatos que estabeleceram o interesse do Estado em governar os surdos por meio da identidade no exercício da docência, o que possibilitou investimentos de formação e contratação compulsória. Professores surdos são contratados para ocupar os espaços específicos da inclusão, como o espaço para atendimento educacional especializado (AEE) para discentes surdos. Este trabalho aborda como base teórica o conceito de governamentalidade de duas ferramentas analíticas: práticas de governamento e de subjetivação, a partir da perspectiva teórico-metodológica inspirada nos Estudos Foucaultianos. Essas práticas são utilizadas nesta pesquisa para visualizar o campo da inclusão, em que o Estado promove politicas para que os Professores Surdos sejam conduzidos a atuação no ensino de Libras. A metodologia de pesquisa adotada envolve a análise de práticas de subjetivação dos professores surdos por meio da análise das narrativas de experiências dos professores surdos, utilizando-se de três eixos principais de analise: subjetividade resistente, a subjetividade salvacionista e a subjetividade docente. Como conclusão, este trabalho propõe um outro olhar sobre a função de ser professor de Libras e o papel de despertar o interesse do discente surdo pela matéria e não pela identidade do Ser Surdo.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/8656 |
Date | 31 March 2016 |
Creators | CARVALHO, D. J. |
Contributors | CARVALHO, A. F., LOUREIRO, R., OLIVEIRA, E. C., MACHADO, L. M. C. V. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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