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Gênese e classificação de solos argilosos com horizonte B escurecido do sul do Brasil / Genesis and classification of clayey soil with darkness B horizon from south of Brazil

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Previous issue date: 2001-04-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Foram estudados química, física, mineralógica e micromorfologicamente um Alissolo Crômico Argilúvico (P2) e outro solo (P1), o qual, mesmo apresentando características intermediárias entre Espodossolo e Cambissolo, ainda não tem uma classificação taxonômica bem definida. Os solos, anteriormente classificados como Podzólicos Bruno-Acinzentados, são desenvolvidos a partir de argilito (P1) e riodacito (P2), de ocorrência pouco expressiva em áreas planálticas (720 e 570 m de altitude, respectivamente) e de domínio subtropical do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Apresentam como características comuns no horizonte B: topo escurecido, textura muito argilosa, acidez e alicidade marcantes. O solo P2, além do gradiente textural, apresenta cerosidade forte e abundante, confirmada pela presença de argilãs de iluviação revelada na análise micromorfológica, e estrutura em blocos, caracterizando um horizonte B textural típico. Estas feições não foram observadas em P1, cuja estruturação, já desenvolvida em blocos subangulares, moderada, média e pequena, presença de relíctos de material de origem e ausência de cerosidade e, ou, cutãs de iluviação indicam enquadramento como Bi. Em ambos os casos, o escurecimento do B sugere características intermediárias para horizonte espódico, mesmo se tratando de solo argiloso. Os teores de ferro extraídos pelo oxalato e pirofosfato do P1 correlacionaram- se com os percentuais de carbono das frações AH +AF (r=0,786** e 0,825**, respectivamente) para todo o perfil, assim como os teores de alumínio oxalato e pirofosfato da camada escurecida (r=0,998** e 0,952**, respectivamente). Para o P2, somente o ferro oxalato e pirofosfato se correlacionaram com os teores de carbono das frações AH + AF (r=0.976** e r=0,806**, respectivamente), o que sugere também migração e precipitação de complexos organometálicos no horizonte B, caracterizando o processo de podzolização. A frações AH e AF diminuíram em profundidade, apresentando um incremento no B escurecido, sendo os AH sempre em quantidades superiores. Os solos são eletronegativos e com elevados teores de alumínio trocável, possivelmente resultante da desestabilização de minerais 2:1 em meio ácido e sua conseqüente solubilização. A mineralogia da argila do P1 revelou a presença de ilita, interestratificado da mica-vermiculita e quartzo. No P2, a caulinita é o principal argilomineral, seguida de vermiculita com hidroxi entrecamadas e quartzo. A micromorfologia indicou caráter polifásico da iluviação na camada escurecida, com orgãs em processo de destruição ou incorporação na matriz do solo, como pápulas. Por outro lado, há uma iluviação/xantização atual. Apesar de a pobreza química da matriz mineral dos solos favorecer a preservação dos horizontes escurecidos, que se encontram em processo de destruição, estes são substituídos por plasma de natureza iluvial, com pouca contribuição de matéria orgânica. Por apresentarem características de horizonte B câmbico (P1) e de B textural (P2), juntamente com as de material espódico e textura muito argilosa, o enquadramento taxonômico destes solos tornou-se difícil. / A cromic clayey Alisol (P2) and another soil (P1), which is not found in the actual Brazilian classification system but with intermediate characteristic between Spodosol and Entisol, were chemical, physical, mineralogical and micromorphological studied. The soils, in the past, were denominated as 'Brown-Gray Podzolic’. They are developed from argillite (P1) and riodacite (P2) materials, presenting few profiles in the planaltic areas (720 and 570 m of altitude, respectively) of subtropical domain in Rio Grande do Sul and Santa Catarina. These soils have some common characteristics: dark colors at the top of B horizon, clayey texture, high acidity and high Al 3+ content. The P2 soil, beyond the textural gradient, presents strong and abundant clay skin, confirmed by the presence of illuviated argilans reveled by the micromorphological analysis, and block structure, characterizing a typical argillic B horizon. These aspects were not observed in P1, but the developed subangular block peds, mild, intermediate and small, presence of primary material and lack of clay skins suggest a better placement as cambic B horizon. In both soils, the darkness of B suggests intermediate characteristics to spodic horizon, even in clay soils. The content of iron extracted by oxalate and pyrophosphate in P1 is correlated to the percentage of carbon in the HA+ ixFA fractions (r = 0,786* and 0,825**, respectively) for all profiles, as well as the content of oxalate and pyrophosphate aluminum from the darkness layer (r = 0,998* and 0,952**, respectively). In P2 oxalate and pyrophosphate iron are only correlated to the percentage of carbon in the HA+ FA fractions (r = 0976** and r = 0,806**, respectively), suggesting migration and precipitation of organic-metal complexes in the B horizon, characterizing the podzolization process. The content of HA and FA fractions was reduced with depth, presenting an increase in the darkness B, being the content of HA always grater than the FA. The soils are electronegative and with high content of exchangeable aluminum, possibly due to the destabilization of 2:1 minerals in acid environment and its solubilization. The clay mineralogy of P1 shows presence of ilita, mica-vermiculite interestratificate and quartz. Kaolinite is the main clay mineral in P2, followed by vermiculite with hydroxide in the interlayers and quartz. The micromorphological study indicate an illuviation with polyphasic character in the darkness layer, with organs in process of disruption or incorporation in the soil matrix, with papules. On the other way, an actual illuviation is going on. Although the chemical poorness of the soils mineral matrix is giving support to the preservation of the darkness horizons, they are in process of disruption, being displaced by the plasma with illuvial nature, with small contribution of the organic matter. Due to the cambic and the argillic characteristics of the B horizon (P1) and (P2), respectively, with the spodic clayey material, it was difficult to find taxonomy class for these soils in the Brazilian soil classification system.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/10752
Date20 April 2001
CreatorsOenning, Isaias
ContributorsSchaefer, Carlos Ernesto Reynaud, Mendonça, Eduardo de Sá, Ker, João Carlos
PublisherUniversidade Federal de Viçosa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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