Orientador: Maria Aparecida Azevedo Pereira da Silva / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-08-12T23:35:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Este estudo teve por objetivos: i) avaliar as crenças e atitudes de homens que praticam musculação sobre substâncias ergogênicas; ii) desenvolver e validar uma escala de atitude sobre substâncias ergogênicas para homens que praticam musculação; iii) determinar a prevalência do consumo de ergogênicos na referida população; iv) estudar a imagem corporal desses indivíduos e, v) correlacionar a atitude dos citados indivíduos sobre substâncias ergogênicas com a imagem corporal e o consumo de ergogênicos dos mesmos. Participaram do estudo 100 homens praticantes de musculação, com idades entre 18 e 46 anos. Para avaliar o consumo de ergogênicos, os voluntários responderam a um questionário estruturado, auto-aplicado e anônimo. O desenvolvimento dos itens da escala de atitude sobre ergogênicos foi realizado através de entrevista com 25 indivíduos da população estudada. Na sequência, uma amostra de 100 indivíduos expressou seu grau de concordância a cada item através de uma escala estruturada de 7 pontos (1 = discordo muito; 7 = concordo muito). Para validar a escala desenvolvida foram utilizadas as seguintes metodologias: teste-reteste, consistência Interna e validade de construção. Os construtos de natureza similar aplicados foram: ¿Escala da Catexe Corporal¿, dismorfia muscular diagnosticada através de índices de proporcionalidade antropométrica (B/P), e questionário de dependência de exercício. Adicionalmente o consumo de ergogênicos foi também correlacionado com a atitude dos indivíduos. Os dados foram avaliados através de coeficiente de correlação de Pearson (r), a-Cronbach, ANOVA, Tukey, Wilcoxon ranksum test e Análise de Componentes Principais (ACP). A análise dos dados revelou que 68% dos entrevistados consumiam ergogênicos. Os consumidores tinham em média 27 anos, eram solteiros (82%), sem filhos (88%), possuíam curso superior (62%), e trabalhavam (78%). O consumo médio de ergogênicos foi igual a 3 ergogênicos/indivíduo e a maioria (62%) consumia os ergogênicos diariamente. Os ergogênicos mais consumidos eram os suplementos de proteína (65%), os carboidratos (50%) e os suplementos de aminoácidos (43%). Faziam uso de anabolizantes e estimulantes proibidos no Brasil 10% e 9% dos indivíduos, respectivamente. Os principais motivos para o uso dessas substâncias foram: ¿aumentar a massa muscular¿ e ¿garantir a performance esportiva¿. Apenas 3 % dos indivíduos recebiam orientação médica e 12%, de nutricionista. Uma escala de atitude sobre ergogênicos contendo 22 itens foi desenvolvida e validada. O coeficiente de Cronbach do questionário foi igual a 0,80, garantindo a confiabilidade interna do instrumento. Da mesma forma, o teste-reteste (1 mês) revelou alto grau de correlação entre as duas aplicações do questionário (r = 0,756; p<0,0001), indicando boa reprodutibilidade da escala. Alto grau de correlação foi encontrado entre: consumo de ergogênicos vs. atitude sobre ergogênicos (r = 0,515; p = 0,0007); índices de proporcionalidade antropométrica (B/P) vs. os escores da escala de atitude (r= 0,515; p=0,0007) e índices de proporcionalidade antropométrica (B/P) vs. consumo de ergogênicos (r = 0,690; p<0,0001), garantindo validade de construção à escala desenvolvida. Entre as crenças que melhor segmentaram os grupos destacaram-se: ¿praticantes de musculação devem usar suplementos proteicos¿ (p=0,002); ¿tomando suplementos proteicos consigo acelerar meus resultados na musculação¿ (p=0,014). A ACP dos dados gerados através da escala revelou 7 componentes com autovalores maiores que 1, explicando 59% da variância entre os escores gerados pelos indivíduos. Tanto os consumidores (95%) como os não consumidores de ergogênicos (100%) apresentaram alto grau de satisfação corporal, consequentemente, baixa correlação (r= - 0,284 p= 0,076) foi verificada entre catexe corporal e atitude com relação aos ergogênicos. Alta proporção (80%) dos praticantes de musculação consumidores de ergogênicos foi classificada com suspeita de apresentar dismorfia muscular. Finalmente, dependência de exercício foi detectada tanto entre os consumidores (30%), como entre os não consumidores de ergogênicos (15%). As informações e instrumento desenvolvido nesta pesquisa fornecem subsídios para o planejamento de programas educacionais sobre substâncias ergogênicas a serem implantados em escolas do Brasil / Abstract: This study aimed: i) to assess the beliefs and attitudes of male bodybuilders on ergogenic substances, ii) to develop and to validate a scale of attitude on ergogenic substances for male bodybuilders, iii) to determine the prevalence of consumption of ergogenics substances in the mentioned population, iv) to assess the body image of the cited men, v) to investigate the correlation between attitude towards ergogenics and both the subjects¿ body image and the substances consumption. Participated on the study 100 men, aging between 18 to 46 years, which practiced bodybuilding. To evaluate their consumption of ergogenics, volunteers answered a structured, self-applied and anonymous questionnaire. The development of the items of the attitude scale on ergogenics was carried through interviews with 25 individuals of the studied population. In the sequence, a sample of 100 individuals expressed their degree of egreement/disagreemente to each item using a structured scale of 7 points (1 = very disagree, 7 = very agree). To validate the scale developed the following methodologies were used: test-retest, internal consistency and construct validity. The similar constructs applied were: Body Cathexis Scale, anthropometric indices of proportionality (B/P), an indicator of muscle dysmorphia, and a questionnaire of exercise dependence. Additionally the consumption of ergogenics also was correlated with the attitude of the individuals. The data were evaluated through of the Pearson¿s (r) and a-Cronbach coefficients, ANOVA, Tukey, Wilcoxon rank-sum test and Principal components analysis (PCA). An analysis of the data revealed that 68% of interviewers were using of ergogenics. The consumers of ergogenics were on average 27 years old, single (82%), did not have children (88%), possessed high education (62%) and job (78%). The average consumption of ergogenics was equal to 3 ergogenics/individual; the majority (62%) consumed the ergogenics daily. The most consumed ergogenics were protein supplements (65%), carbohydrates (50%) and supplements of amino acids (43%). Approximately 10% and 9% of the men, respectively, were using anabolic steroids and stimulants banned in Brazil. The main reasons for using those substances were: "increase muscle mass" and "ensure sports performance". Only 3% of individuals received medical and 12% nutritionist supervision for the use of ergogenics. A scale of bodybuilders¿ attitudes and beliefs towards ergogenics, containing 22 items, was developed and validated. The a-Cronbach coefficient was equal to 0.80, ensuring adequate internal reliability to the scale. Similarly, the test-retest (1 month) showed high correlation between the two applications of the questionnaire (r = 0.756, p < 0.0001). This indicates that the developed scale presents good reproducibility. High correlation was found between: consumption of ergogenics vs attitude on ergogenics substances (r = 0.515, p = 0.0007); anthropometric indices of proportionality (B/P) vs attitude on ergogenics substances (r = 0.515, p = 0.0007) and anthropometric indices of proportionality (B/P) vs consumption of ergogenics (r = 0.690, p < 0.0001), ensuring construct validity to the scale developed in this research. Amongst the beliefs that most segmented the groups were: "bodybuilders should use protein supplements¿ (p = 0.002); and "taking protein supplements I can speed up my bodybuilding results" (p = 0.014). The PCA of the data obtained through the proposed scale generated 7 components showing eigenvalues greater than 1.0, explaining 59% of the variance among the individuals score. Both segments of bodybuilders, consumers of ergogenic (95%) and non-consumers (100%), showed high overall body satisfaction. As a consequence, low correlation (r = - 0.284 p = 0.076) was verified between the scores generated by the Body Cathexis Scale and the scores generated by the ergogenic attitude scale. High proportions (80%) of bodybuilders who consumed ergogenics were classified as suspects of presenting muscle dysmorphia. Finally, dependence of exercises was detected among consumers (30%) and non-consumers of ergogenics (15%). The information and instrument developed in this research provide subsidies to the preparation of educational programs on ergogenics to be implemented in Brazilian schools / Doutorado / Consumo e Qualidade de Alimentos / Doutor em Alimentos e Nutrição
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/254959 |
Date | 12 August 2018 |
Creators | Siqueira, Adriana Camurça Pontes |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Silva, Maria Aparecida Azevedo Pereira da, 1954-, Bolini, Helena Maria André, Behrens, Jorge Herman, Sampaio, Karina de Lemos, Almeida, Selma Bergara |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos, Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 217p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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